OLIMPÍADAS RIO 2016
TÊNIS
Emocionado com classificação e apoio do público argentino, tenista não segura a emoção na Quadra 2, depois de eliminar espanhol com vitória por 2 sets a 0
Os amigos Gastón Morales e Gustavo Ibarra vieram de Buenos
Aires ao Rio para acompanhar a primeira Olimpíada na América do Sul. Não tinham
ingressos para a sessão de jogos de tênis desta sexta-feira. Na noite anterior,
porém, ao navegar em uma rede social, descobriram que havia uma carga extra de bilhetes.
Não tiveram dúvidas: adquiriram entradas a eles e aos filhos para ver Del Potro
em ação. O tenista gosta de público. Sabe usá-lo a seu favor. A combinação do
apoio, que tornou a Quadra 2, por vezes, um estádio de futebol, com um sólido
tênis, levou o argentino à semifinal do individual masculino. Foi o prêmio por
vencer o espanhol Roberto Bautista Agut por 2 sets a 0, parciais de 7/5 e 7/6 (7-4),
em duas horas e 11 minutos de jogo. O suficiente para chorar na comemoração.
- Delpo!, Delpo!, Delpo! - urravam os argentinos na saída do jogador da quadra, entre as lágrimas.
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Del Potro adotou tom humilde na entrevista. Manteve a ponderação, ao ser perguntado se esse era o melhor momento da carreira - ele já ganhou US Open. Mas disse que chora quase todos os dias, ao lembrar do quanto lutou para deixar os problemas clínicos de lado e voltar a jogar. Ao reconhecer o desgaste físico, brincou que o melhor é nem pensar no confronto:
- Não imaginava ter a semifinal com Nadal. Fiquei pensando no jogo a jogo, após superar Novak. Depois, tive o João Sousa e o Taro Daniel. Ontem (quinta), ao ver que iria encarar o Bautista fiquei assustado. Sabia que, pelo chaveamento, caso eu passasse, iria encarar ou Bellucci ou Rafa. Então, quanto menos eu pensar no Rafa, melhor ao meu corpo.
O jogo
- Delpo!, Delpo!, Delpo! - urravam os argentinos na saída do jogador da quadra, entre as lágrimas.
Juan Martin Del Potro chora ao vencer
Bautista e alcançar a semifinal da Rio
2016 (Foto: Toby Melville/Reuters)
Não é para menos. A próxima rodada, a ser disputada neste sábado, será diante
de Rafael Nadal, que eliminou o brasileiro Thomaz Bellucci.
Nada que seja
impossível a Del Potro, o homem que, depois de ser o número 4 do mundo,
ainda recupera a forma física, resultado de recente cirurgia no punho
esquerdo, mas tem no torneio da Rio 2016 a classificação diante de
Novak Djokovic. O argentino, superando Nadal, irá melhorar a marca
de Londres 2012, quando foi medalha de bronze.
- É
muito emocionante o que estou vivendo. A torcida me deixa sentido dentro
de quadra. Eles me ajudam a fazer o que tenho de fazer e, por vezes, um
algo a mais. É muito difícil segurar, então, chorei. Estou tirando
força de não sei onde. E isso devo ao torcedor - disse o emocionado Del
Potro, já na zona mista à imprensa.
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Del Potro adotou tom humilde na entrevista. Manteve a ponderação, ao ser perguntado se esse era o melhor momento da carreira - ele já ganhou US Open. Mas disse que chora quase todos os dias, ao lembrar do quanto lutou para deixar os problemas clínicos de lado e voltar a jogar. Ao reconhecer o desgaste físico, brincou que o melhor é nem pensar no confronto:
- Não imaginava ter a semifinal com Nadal. Fiquei pensando no jogo a jogo, após superar Novak. Depois, tive o João Sousa e o Taro Daniel. Ontem (quinta), ao ver que iria encarar o Bautista fiquei assustado. Sabia que, pelo chaveamento, caso eu passasse, iria encarar ou Bellucci ou Rafa. Então, quanto menos eu pensar no Rafa, melhor ao meu corpo.
O jogo
Juan Martin Del Potro comemora vitória que
o deixa entre os quatro melhores da Rio 2016
(Foto: REUTERS/Toby Melville)
O primeiro game pode até ter sido equilibrado, mas Del Potro
mostrou mais agressividade: 14 a quatro em winners, por exemplo. Aliou a isto,
a torcida. A chamou nos momentos complicados. A olhava, em busca de força. A fórmula deu certo. Até porque
Bautista tem ótimo nível, é o 17º do mundo. Depois de ceder o serviço quando
poderia ter fechado o set, conseguiu devolver a quebra e encerrar a primeira
parte em 7/5.
- Y, y, y, somos locales otra vez - comemorou o público,
uma referência a estar se sentindo em casa no Brasil, como fora na Copa do
Mundo de 2014.
Bautista, no segundo set, intensificou o jogo de fundo de
quadra. Fez Del Potro se movimentar mais, gerando cansaço ao argentino. Foi
assim que, depois de perder o serviço em game com apenas o segundo saque,
devolveu a quebra e igualou o placar. Del Potro acusou dores na perna direita.
Se agachou para alongar, por exemplo.
O jogo
continuou igual, com os dois
mantendo o serviço, em uma disputa tática muito intensa. Até o
tie-break. Com um mini break e um ace em sequência, o argentino começou
bem. Abriu 3 a 0. A torcida fez festa e muito barulho, a árbitra Mariana
Alves teve dificuldade de controlar. Del Potro a chamou de novo, pediu
apoio. Mas Bautista teve forças, empatou em 4 a 4, após dois erros do
sul-americano. Mas Del Potro é Del Potro. E tem a torcida. Levou o jogo.
Que jogo!
Torcida argentina fez Del Potro se sentir em
casa no Rio (Foto: REUTERS/Toby Melville)
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