quarta-feira, 17 de agosto de 2016

As razões para não tratar o golpe como golpe



FONTE
http://jornalggn.com.br/categoria/autor/luis-nassif









Maior especialista em análises da opinião pública, com a ascensão das novas classes sociais, Renato Meirelles, ex-Data Popular, bem que alertou amigos da esquerda para não utilizarem o termo "golpe" no período inicial da tentativa de impeachment.
A lógica era simples. Parte relevante dos que foram às ruas não endossavam de maneira alguma Michel Temer e a camarilha dos 6. Não eram de esquerda ou direita. Simplesmente não queriam mais Dilma Rousseff. Golpistas eram os que engendravam o golpe. Mas tratando como golpe, generalizava-se a acusação para os manifestantes, promovendo o seu afastamento na frente anti-Temer.
Especialmente nos dias que se seguiram ao episódio dantesco da votação na Câmara, havia um boa possibilidade para a proposta de novas eleições. Foi o que ele tentou mostrar aos partidos políticos que apoiavam Dilma e aos próprios conselheiros da presidente. Obviamente, em vão.


Agora, na Carta aos Brasileiros, provavelmente Dilma irá colocar a alternativa das novas eleições. Mas, como sempre, com um atraso que compromete totalmente a viabilidade da proposta.

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