FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/globo-e-datafalha-doparam-o-traira
Janio: interino não quer se mexer
Do artigo de Janio de Freitas, na Fel-lha: "Temer está imóvel e não é cobrado a se mexer":
O governo está imóvel. E não quer se mexer. Sob a proteção de imprensa e TV dopadas com tranquilizantes, o grupo de Michel Temer fala, recebe simpatia, não faz e não é cobrado.
Nenhuma das medidas com alguma importância, propaladas sem cessar em mais de dois meses, teve os primeiros passos efetivados. Nada do anunciado sequer passou da garganta para o papel: não se sabe de um só projeto, entre os temas de razoável expressão, que já esteja esboçado para discussão ao menos nos ministérios interessados.
No país das urgências, a paralisia administrativa é intencional. Pedida mesmo, como norma geral, por Temer e por Eliseu Padilha, que é quem, de fato, tem nas mãos as rédeas do governo –cabendo a Geddel Vieira Lima as relações políticas e a Temer sentar-se na cabeceira. E o ministro do novo milagre brasileiro? Henrique Meirelles entrou ocupando as páginas e telas, mas o seu estilo Antonio Palocci, de falar sem dizer, esgota-se com a repetição do vazio, além de verbal, operacional. Ainda que possa ter alguma perplexidade, não tem culpa de que o seu ministério seja uma grande casa de repouso.
Algumas vezes foi dito que Temer & cia. esperavam a definição da Câmara sobre Eduardo Cunha, já aos tombos. A Olimpíada passou a ser a explicação: entra-se em um momento especial, tenso e festivo, sobretudo tumultuoso. Mas a origem do marasmo é outra: está em interesse pessoal de Temer e no interesse político dos instalados no Poder. Os problemas do país são do país e da população; o deles é assegurar o impeachment de Dilma Rousseff.
(...)
Nenhuma das medidas com alguma importância, propaladas sem cessar em mais de dois meses, teve os primeiros passos efetivados. Nada do anunciado sequer passou da garganta para o papel: não se sabe de um só projeto, entre os temas de razoável expressão, que já esteja esboçado para discussão ao menos nos ministérios interessados.
No país das urgências, a paralisia administrativa é intencional. Pedida mesmo, como norma geral, por Temer e por Eliseu Padilha, que é quem, de fato, tem nas mãos as rédeas do governo –cabendo a Geddel Vieira Lima as relações políticas e a Temer sentar-se na cabeceira. E o ministro do novo milagre brasileiro? Henrique Meirelles entrou ocupando as páginas e telas, mas o seu estilo Antonio Palocci, de falar sem dizer, esgota-se com a repetição do vazio, além de verbal, operacional. Ainda que possa ter alguma perplexidade, não tem culpa de que o seu ministério seja uma grande casa de repouso.
Algumas vezes foi dito que Temer & cia. esperavam a definição da Câmara sobre Eduardo Cunha, já aos tombos. A Olimpíada passou a ser a explicação: entra-se em um momento especial, tenso e festivo, sobretudo tumultuoso. Mas a origem do marasmo é outra: está em interesse pessoal de Temer e no interesse político dos instalados no Poder. Os problemas do país são do país e da população; o deles é assegurar o impeachment de Dilma Rousseff.
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