sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Tererê, ídolo Gamarra e guia Romero: Balbuena é apresentado no Timão


Zagueiro paraguaio não larga garrafa de bebida típica de seu país ao vestir a camisa nesta sexta-feira. Conterrâneos facilitam adaptação ao Brasil




Por
São Paulo



Aos 24 anos, Fabián Balbuena chega ao Corinthians falando em “defender a camisa até a morte”. Popular entre os torcedores alvinegros antes mesmo de ter assinado por três anos com o clube, o zagueiro ganhou moral depois que recusou ouvir uma oferta do São Paulo porque já tinha dado sua palavra ao Timão.

Balbuena Corinthians (Foto: Diego Ribeiro)
Balbuena é apresentado nesta sexta-feira com 
garrafa de bebida típica do Paraguai 
(Foto: Diego Ribeiro)


Apresentado nesta sexta-feira pelo diretor adjunto Eduardo Ferreira, Balbuena não largou uma garrafa de tererê, infusão de erva mate em água fria típica do Paraguai. Sem largar suas raízes, o zagueiro quer ser importante no clube, ainda mais depois de ter rechaçado o rival.

– Estou trazendo tererê, a bebida oficial do Paraguai, e não posso ficar sem. Aqui é muito diferente do futebol paraguaio, mas estou consciente de que meu trabalho me trouxe até o Brasil. Agora estou no Corinthians, dei minha palavra ao Corinthians. Para mim é o que conta. A palavra de um homem tem de ter valor. Vou defender esta camisa até a morte – afirmou.

Balbuena vai vestir a camisa 4 do Corinthians. Feliz, ele se inspira em outro paraguaio que passou pelo clube e vestiu o mesmo número.

– Vários paraguaios passaram pelo Corinthians, e o Gamarra é muito conhecido no Paraguai e aqui também. Ele é um exemplo para mim desde criança – disse o defensor.
Bastante simpático, mas com uma fala rápida e difícil de entender, o paraguaio conversou com os jornalistas durante 20 minutos e falou sobre a missão de substituir Gil, a chance de trabalhar com Tite e a amizade com Ángel Romero, seu “guia” em São Paulo. Regularizado na CBF, o paraguaio pode estrear neste domingo, contra a Ferroviária, pelo Paulistão.


Confira a entrevista de Balbuena:

Adaptação e amizade com Romero– Todo mundo que trabalha aqui está fazendo com que eu me sinta em casa. Desde o primeiro dia que treinei, os técnicos me incentivaram e me deixaram bastante confiante. Romero é uma grande pessoa, não jogamos juntos, fomos rivais no Paraguai. Mas aqui ele está me ajudando muito, não só no clube, mas na cidade de São Paulo, que é muito grande e fácil de se perder (risos).

Reconstrução do Corinthians
– É uma equipe em recomposição, vários jogadores saíram do elenco que foi campeão, mas estão buscando uma reconstrução. O início do ano foi bastante bom, e fala-se muito bem de todos os jogadores que chegaram. No treinamento consigo ver isso.

Chance de trabalhar com Tite
– Muitos fatores pesaram para minha vinda, mas Tite é um deles. A filosofia dele sempre deu resultado. O trabalho do Tite é irretocável, ele é conhecido mundialmente, e isto também contou para eu estar aqui. Estou à disposição dele e estou aqui para somar.

Experiência em Libertadores
– Hoje em dia, os jogadores já não jogam só com o nome. O que decide é o que se faz no treinamento, tenho que demonstrar aqui que sou capaz de ser titular. Fui à final da Libertadores com o Nacional, em 2014, fui à seleção do Paraguai, mas nada disso garante que serei titular. Tem um elenco de grandes jogadores aqui, Yago, Vilson, Felipe...

Considera-se substituto de Gil?
– É uma forma de dizer, mas os quatro zagueiros que estão aqui apresentam a mesma condição. Todos vão fazer o melhor pela equipe.


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