Com três mil trabalhadores e forte esquema de prevenção de acidentes, Khalifa está sendo remodelado para estar 100% seis anos antes da Copa
O
Catar abriu nesta quarta-feira, pela primeira vez à imprensa
internacional, os portões das obras do estádio Khalifa para mostrar como
está o trabalho para a Copa do Mundo de 2022. Com três mil funcionários
trabalhando diariamente no local, a expectativa é entregar a arena
pronta no final de 2016. Ou seja: quase seis anos antes de a bola rolar
no Mundial.
Repórteres que estão na cidade para participar do Congresso da Associação Internacional de Jornalismo Esportivo foram convidados pelo Comitê Organizador Local a conhecer a obra. O estádio foi inaugurado em 1976 e já passou por uma reformulação em 2004 para receber a Copa da Ásia de 2006. Agora, está sendo modernizado mais uma vez para atender às recomendações da Fifa e depois deverá ser aproveitado pelo Catar em outras competições esportivas.
Com rigoroso controle de segurança no trabalho, a organização diz que não há nenhum caso de acidente grave na obra há mais de 3 milhões de horas. Dentro do estádio, existem vários avisos de precaução aos trabalhadores, incluindo uma mão gigante com simulação de sangue e exemplos de tipos de acidentes que podem ser causados por descuido.
Ao ser consultado pelo GloboEsporte.com sobre o andamento e custo da reforma do estádio Khalifa, um dos dirigentes responsáveis pela organização da Copa no Catar evitou dar números e afirmou que o país não costuma analisar a obra em porcentagens, como era feito no Brasil (a cada mês, cada cidade-sede do Mundial de 2014 divulgava a evolução das arenas). A informação foi apenas de que a construção está na “fase final”.
- Está uma das coisas que aprendemos com o Brasil... Não divulgar esses números – brincou o dirigente.
Em novembro de 2010, o Brasil atuou no estádio Khalifa contra a Argentina e perdeu o amistoso por 1 a 0, com gol de Lionel Messi. Uma das principais novidades para a Copa será o sistema de refrigeração avançado, com ar-condicionado. Mesmo com o Mundial tendo passado do meio do ano, quando é muito quente neste região do planeta, para o período entre novembro e dezembro, o Catar decidiu manter a instalação da tecnologia para 2022.
O secretário-geral do Comitê Organizador do Mundial no Catar, Hassan Abdullah Al-Thawadi, acompanhou a visita com a imprensa e afirmou que tem acompanhado torneios ao redor do mundo para trazer a experiência ao país:
- Estamos trabalhando com todos para aprender o que acertaram e também para escutar os erros. Como o Super Bowl, olhamos para aprender e buscar experiência – disse o homem-forte da Copa no Catar.
A previsão do país é gastar, somente com instalações diretamente ligadas à Copa, cerca de US$ 30 bilhões (R$ 117 bilhões na cotação atual). Esta conta inclui os oito estádios previstos, estrutura ao redor e dentro das arenas (como ruas e refrigeração), 64 centros de treinamento, hotéis para as delegações e o centro internacional de imprensa. O comitê não divulga o valor individual de cada estádio.
Até o momento, a Fifa ainda não definiu quantos estádios serão usados no Mundial de 2022. O Catar trabalha com a hipótese de serem oito arenas, todas já sendo construídas ou reformadas.Além do Khalifa, há o Al Wakrah (40 mil) e Al Bayt (60 mil), com previsão para 2018; três deverão ser terminados em 2019: Qatar Foundation (40 mil), Al Rayyan (40 mil) e Ras Bu Abboud (40 mil); e a promessa catari é finalizar os dois últimos, Al Thumana (40 mil) e Lusail (80 mil), em 2020.
Para comparação com a Copa de 2014, que teve 12 arenas,o Ministério do Esporte brasileiro revelou que o investimento feito por causa do Mundial - de estádios a serviços de segurança - chegou a R$ 27,1 bilhões. Somente os estádios custaram R$ 8,333 bilhões (sendo que R$ 3,815 bilhões saíram dos cofres do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES - como empréstimo para as obras).
Repórteres que estão na cidade para participar do Congresso da Associação Internacional de Jornalismo Esportivo foram convidados pelo Comitê Organizador Local a conhecer a obra. O estádio foi inaugurado em 1976 e já passou por uma reformulação em 2004 para receber a Copa da Ásia de 2006. Agora, está sendo modernizado mais uma vez para atender às recomendações da Fifa e depois deverá ser aproveitado pelo Catar em outras competições esportivas.
Estádio Khalifa tem previsão de ficar pronto
no final de 2016 (Foto: Thiago Dias)
Estádio Khalifa com avisos de
segurança aos funcionários
(Foto: Thiago Dias)
Com rigoroso controle de segurança no trabalho, a organização diz que não há nenhum caso de acidente grave na obra há mais de 3 milhões de horas. Dentro do estádio, existem vários avisos de precaução aos trabalhadores, incluindo uma mão gigante com simulação de sangue e exemplos de tipos de acidentes que podem ser causados por descuido.
Ao ser consultado pelo GloboEsporte.com sobre o andamento e custo da reforma do estádio Khalifa, um dos dirigentes responsáveis pela organização da Copa no Catar evitou dar números e afirmou que o país não costuma analisar a obra em porcentagens, como era feito no Brasil (a cada mês, cada cidade-sede do Mundial de 2014 divulgava a evolução das arenas). A informação foi apenas de que a construção está na “fase final”.
- Está uma das coisas que aprendemos com o Brasil... Não divulgar esses números – brincou o dirigente.
Em novembro de 2010, o Brasil atuou no estádio Khalifa contra a Argentina e perdeu o amistoso por 1 a 0, com gol de Lionel Messi. Uma das principais novidades para a Copa será o sistema de refrigeração avançado, com ar-condicionado. Mesmo com o Mundial tendo passado do meio do ano, quando é muito quente neste região do planeta, para o período entre novembro e dezembro, o Catar decidiu manter a instalação da tecnologia para 2022.
O secretário-geral do Comitê Organizador do Mundial no Catar, Hassan Abdullah Al-Thawadi, acompanhou a visita com a imprensa e afirmou que tem acompanhado torneios ao redor do mundo para trazer a experiência ao país:
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- Estamos trabalhando com todos para aprender o que acertaram e também para escutar os erros. Como o Super Bowl, olhamos para aprender e buscar experiência – disse o homem-forte da Copa no Catar.
A previsão do país é gastar, somente com instalações diretamente ligadas à Copa, cerca de US$ 30 bilhões (R$ 117 bilhões na cotação atual). Esta conta inclui os oito estádios previstos, estrutura ao redor e dentro das arenas (como ruas e refrigeração), 64 centros de treinamento, hotéis para as delegações e o centro internacional de imprensa. O comitê não divulga o valor individual de cada estádio.
Até o momento, a Fifa ainda não definiu quantos estádios serão usados no Mundial de 2022. O Catar trabalha com a hipótese de serem oito arenas, todas já sendo construídas ou reformadas.Além do Khalifa, há o Al Wakrah (40 mil) e Al Bayt (60 mil), com previsão para 2018; três deverão ser terminados em 2019: Qatar Foundation (40 mil), Al Rayyan (40 mil) e Ras Bu Abboud (40 mil); e a promessa catari é finalizar os dois últimos, Al Thumana (40 mil) e Lusail (80 mil), em 2020.
Para comparação com a Copa de 2014, que teve 12 arenas,o Ministério do Esporte brasileiro revelou que o investimento feito por causa do Mundial - de estádios a serviços de segurança - chegou a R$ 27,1 bilhões. Somente os estádios custaram R$ 8,333 bilhões (sendo que R$ 3,815 bilhões saíram dos cofres do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES - como empréstimo para as obras).
Estádio Khalifa, em Doha, no Catar.
Palco de jogos da Copa do Mundo
de 2022 (Foto: Thiago Dias)
FONTE:
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