BLITZ ALVINEGRA X VOLUME VASCAINO
Donos
das melhores campanhas do Campeonato Carioca até o momento, Vasco e
Botafogo se enfrentam neste domingo, às 19 horas, em São Januário, tendo
de um lado o melhor ataque e de outro a melhor defesa da competição.
Mas não são apenas esses os números que chamam a atenção do
Espião Estatístico*
do GloboEsporte.com. Além do potencial ofensivo dos cruz-maltinos,
líderes do Grupo A, com 16 pontos, e do defensivo dos botafoguenses,
únicos que seguem com 100% de aproveitamento e lideram o Grupo B, com 18
pontos, outras características podem ajudar a decifrar os caminhos para
cada equipe vencer o clássico.
Meia Gegê abriu o placar aos 6 minutos contra o Fluminense (Reprodução: Twitter)
Colombiano Riascos já fez três gols após o intervalo das partidas (Foto: André Durão)
O
Botafogo pode não vir se destacando pela quantidade de gols marcados -
tem apenas o sétimo melhor ataque -, mas isso não necessariamente
significa falta de ímpeto ofensivo. Na comparação com o Vasco, por
exemplo, nota-se como o Glorioso precisa, em média, de bem menos tempo
para abrir vantagem no placar. Dos 10 gols do Botafogo, oito (80%) foram
antes do intervalo, sendo quatro (40%) até os 12 minutos do primeiro
tempo. O Vasco é praticamente o oposto, tornando-se muito mais decisivo
na etapa final. O time de Jorginho fez 11 (78,6%) de seus 14 gols no
segundo tempo, sendo oito (57%) dos 33 minutos em diante.
Apesar
dessa diferença do momento em que fazem seu primeiro gol, os dois times
costumam abrir o placar em seus jogos. O Botafogo, no caso, jamais
esteve atrás no marcador neste estadual. Já o Vasco só saiu perdendo uma
vez em seis rodadas, justamente na única partida que não conseguiu
vencer, o empate em 2 a 2 com o Friburguense.
VASCO: FORÇA PARA ENTRAR NA ÁREA
vasco: força para entrar na área
Na
análise dos gols dos times, nota-se que a bola aérea ofensiva do o
Vasco mostra-se mais efetiva, com seis gols tendo nascido assim, contra
três do Botafogo. A diferença mais clara entre os dois times na hora de
construir seus gols, no entanto, é a capacidade de penetração de quem dá
o passe para gol. No Vasco, o autor das assistências estava dentro da
área em 63,7% dos lances (7 dos 11, excluídos da análise os três
marcados de pênalti). No Botafogo, ao contrário, o passe para gol
costuma vir de fora da área. Foi assim em 87,5% dos gols alvinegros
(sete dos oito, excluídos os dois convertidos de pênalti).
Nenê (esq.) já fez quatro gols e deu quatro
assistências (Foto: MARCELLO
DIAS/FUTURA PRESS
/ESTADÃO CONTEÚDO)
Os
destaques individuais em termos de ataque são evidentes no Vasco: além
do artilheiro Riascos, com cinco gols, Nenê confirma o status de estrela
da companhia, com quatro gols e quatro assistências já acumulados. No
Botafogo, por enquanto, os méritos estão mais divididos. Luis Henrique,
Gegê e Gervasio Núñez fizeram dois gols cada. Outros quatro jogadores
marcaram uma única vez. E é o lateral-direito Luis Ricardo quem desponta
como garçom, sendo autor de quatro assistências.
botafogo: em busca do time ideal
O
Botafogo tem três jogadores - o goleiro Jefferson e os laterais Luis
Ricardo e Diogo Barbosa - que jogaram todos os minutos até agora. No
Vasco, por exemplo, só Martín Silva ficou em campo todo o tempo. Ainda
assim, Ricardo Gomes testou bastante seu time, sempre variando dois ou
três nomes na escalação alvinegra - só repetiu os titulares da primeira
para a segunda rodada. Suas substituições, que não seguiram um padrão
muito rígido, também serviram para avaliar: ao todo, dez jogadores
diferentes foram lançados no decorrer dos jogos. E as trocas mais comuns
aconteceram apenas duas vezes, como Luis Henrique por Ribamar ou Gegê
por Leandrinho.
Por já ter uma base de 2015, Vasco revezou
mais por necessidade, caso das suspensões de Luan e Rodrigo na zaga, que
deram chance a Rafael Vaz e Jomar. Ao contrário de Ricardo Gomes,
Jorginho também tendeu a repetir mais as mudanças durante as partidas,
fazendo quatro vezes a troca de Jorge Henrique por Eder Luis. E se o
Bota teve dez, o Vasco teve só seis nomes revezando-se entre os
substitutos, destaque para Yago Pikachu, que entrou cinco vezes durante
os jogos, quatro delas no intervalo, em mais um exemplo dos padrões de
Jorginho.
Jovem Ribamar é um dos jogadores que Ricardo
Gomes experimentou até a 6ª rodada (Foto:
Vitor Silva/SSPress/Botafogo)
glorioso leva menos cartões
No
aspecto disciplina, o Botafogo vai bem. Recebeu apenas nove cartões
(todos amarelos), enquanto o Vasco levou o dobro, 18 (17 amarelos e um
vermelho, com Luan). Rodrigo e Nenê já cumpriram suspensão por amarelos.
Mas Nenê também costuma motivar cartões nos adversários: foram três dos
19 provocados pelo Vasco, mesmo número de Eder Luis e Jorge Henrique.
No Botafogo, o volante Airton é o destaque, tanto para receber amarelos
(foram dois), quanto para forçar cartões no rivais, o que aconteceu três
vezes.
A quantidade pequena de gols sofridos impede uma
avaliação muito aprofundada dos pontos fracos de cada defesa. O Botafogo
sofreu somente dois. O Vasco foi vazado quatro vezes. Cada um sofreu um
gol de contra-ataque. O Bota falhou em duas bolas aéreas, um cruzamento
e um lançamento direto para a área, enquanto o Vasco em uma. O
Cruz-maltino também cometeu um pênalti, aproveitado pelo Friburguense.
Cada time tomou metade de seus gols no primeiro tempo e metade no
segundo.
*A equipe do Espião Estatístico é formada por Bruno Marques, Guilherme Marçal, Igor Gonçalves, Leandro Silva e Valmir Storti.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/rj/futebol/campeonato-carioca/noticia/2016/02/choque-de-lideres-veja-numeros-de-vasco-e-botafogo-antes-do-classico.html
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