Treinador do Tianjin Quanjian afirma que brasileiros têm a missão de ensinar futebol no novo mercado que tem feito estragos em equipes do país com propostas altas
O treinador Vanderlei Luxemburgo defendeu os profissionais
que estão deixando o futebol brasileiro para atuar na China, que nesta
temporada seduziu atletas como Renato Augusto, Jadson e Luis Fabiano, os
dois últimos na equipe do técnico, o Tianjin Quanjian, que disputará a
segunda divisão do país. Para Luxemburgo, os salários altos, muito acima do que se
paga no Brasil, não devem ser os únicos atrativos para a aventura em um
local onde o esporte ainda se desenvolve.
– Estamos ensinando, levando o nosso "know-how". Isso vai se proliferar em outros clubes. Vejo os chineses começando a melhorar. O mundo do futebol começa a olhar para eles de uma maneira diferente – disse o treinador, nesta quinta-feira, em Atibaia, onde sua equipe realiza pré-temporada.
Pentacampeão brasileiro, Luxemburgo disse ter recusado
propostas de equipes da primeira divisão da China para comandar um
projeto de longo prazo no Tianjin, que foi adquirido no ano passado por
um bilionário chinês. A expectativa é levar a equipe à elite e disputar a Copa
dos Campeões da Ásia – o espelho é o Guangzhou Evergrande, time de Luiz
Felipe Scolari, que em 2015 venceu o continental e disputou o Mundial de
Clubes.
– Tive três ou quatro convites para ser técnico da elite, nada me agradou. Mas chegou o projeto para tirar o time da segunda divisão, disputar a copa asiática, construir estádio, centro de treinamento. Acho que vou deixar um legado, vamos fazer o povo chinês conhecer uma comissão técnica de excelência, com nutricionista, fisioterapeuta.
LEIA MAIS:Ainda sem Luis Fabiano e Jadson, time de Luxa começa a treinar em Atibaia
O treinador criticou o momento do futebol brasileiro e eximiu os chineses de culpa nos desmanches que estão sendo feitos em clubes brasileiros – em especial, o Corinthians, que já perdeu Jadson e Renato Augusto, e ainda pode ficar sem Ralf, Gil e Vagner Love, todos titulares de Tite.
– Isso não tem nada a ver com a China. O Brasil causa prejuízo ao Brasil, que precisa se reorganizar, reconquistar credibilidade. A CBF teve a troca de três presidentes, recentemente. Cabe ao Brasil proteger sua matéria-prima, que está desprotegida desde o início da Lei Pelé – afirmou Luxemburgo.
O Tianjin Quanjian fica em Atibaia até o dia 3 de
fevereiro, quando retorna à China por um curto período antes de encerrar
a preparação na Coreia do Sul. A equipe inicia a disputa da segunda
divisão chinesa no dia 17 de março.
Até lá, pretende contratar mais um atleta brasileiro para completar a cota de três estrangeiros a que tem direito – Alexandre Pato, do Corinthians, é o alvo principal, mas Everton, do Flamengo, também interessa.
No Brasil, há a previsão de realização de amistosos. O Cruzeiro e o Vitória teriam feito contato para acertar uma partida antes do início dos estaduais.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2016/01/luxemburgo-defende-escolhas-pela-china-e-fala-em-deixar-legado-na-asia.html
– Estamos ensinando, levando o nosso "know-how". Isso vai se proliferar em outros clubes. Vejo os chineses começando a melhorar. O mundo do futebol começa a olhar para eles de uma maneira diferente – disse o treinador, nesta quinta-feira, em Atibaia, onde sua equipe realiza pré-temporada.
Luxemburgo comanda preparação do Tianjin
Quanjian em Atibaia (Foto: Agência FotoBR)
– Tive três ou quatro convites para ser técnico da elite, nada me agradou. Mas chegou o projeto para tirar o time da segunda divisão, disputar a copa asiática, construir estádio, centro de treinamento. Acho que vou deixar um legado, vamos fazer o povo chinês conhecer uma comissão técnica de excelência, com nutricionista, fisioterapeuta.
LEIA MAIS:Ainda sem Luis Fabiano e Jadson, time de Luxa começa a treinar em Atibaia
O treinador criticou o momento do futebol brasileiro e eximiu os chineses de culpa nos desmanches que estão sendo feitos em clubes brasileiros – em especial, o Corinthians, que já perdeu Jadson e Renato Augusto, e ainda pode ficar sem Ralf, Gil e Vagner Love, todos titulares de Tite.
– Isso não tem nada a ver com a China. O Brasil causa prejuízo ao Brasil, que precisa se reorganizar, reconquistar credibilidade. A CBF teve a troca de três presidentes, recentemente. Cabe ao Brasil proteger sua matéria-prima, que está desprotegida desde o início da Lei Pelé – afirmou Luxemburgo.
Jadson é um dos reforços trazidos por Luxa
(Foto: Alexandre Vidal - FotoBR)
Até lá, pretende contratar mais um atleta brasileiro para completar a cota de três estrangeiros a que tem direito – Alexandre Pato, do Corinthians, é o alvo principal, mas Everton, do Flamengo, também interessa.
No Brasil, há a previsão de realização de amistosos. O Cruzeiro e o Vitória teriam feito contato para acertar uma partida antes do início dos estaduais.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2016/01/luxemburgo-defende-escolhas-pela-china-e-fala-em-deixar-legado-na-asia.html
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