quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Luxemburgo defende escolhas pela China e fala em deixar legado na Á


Treinador do Tianjin Quanjian afirma que brasileiros têm a missão de ensinar futebol no novo mercado que tem feito estragos em equipes do país com propostas altas




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Atibaia, SP



O treinador Vanderlei Luxemburgo defendeu os profissionais que estão deixando o futebol brasileiro para atuar na China, que nesta temporada seduziu atletas como Renato Augusto, Jadson e Luis Fabiano, os dois últimos na equipe do técnico, o Tianjin Quanjian, que disputará a segunda divisão do país. Para Luxemburgo, os salários altos, muito acima do que se paga no Brasil, não devem ser os únicos atrativos para a aventura em um local onde o esporte ainda se desenvolve.

– Estamos ensinando, levando o nosso "know-how". Isso vai se proliferar em outros clubes. Vejo os chineses começando a melhorar. O mundo do futebol começa a olhar para eles de uma maneira diferente – disse o treinador, nesta quinta-feira, em Atibaia, onde sua equipe realiza pré-temporada.

Vanderlei Luxemburgo Tianjin Quanjian (Foto: Agência FotoBR)
Luxemburgo comanda preparação do Tianjin 
Quanjian em Atibaia (Foto: Agência FotoBR)


Pentacampeão brasileiro, Luxemburgo disse ter recusado propostas de equipes da primeira divisão da China para comandar um projeto de longo prazo no Tianjin, que foi adquirido no ano passado por um bilionário chinês. A expectativa é levar a equipe à elite e disputar a Copa dos Campeões da Ásia – o espelho é o Guangzhou Evergrande, time de Luiz Felipe Scolari, que em 2015 venceu o continental e disputou o Mundial de Clubes.
– Tive três ou quatro convites para ser técnico da elite, nada me agradou. Mas chegou o projeto para tirar o time da segunda divisão, disputar a copa asiática, construir estádio, centro de treinamento.  Acho que vou deixar um legado, vamos fazer o povo chinês conhecer uma comissão técnica de excelência, com nutricionista, fisioterapeuta.


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O treinador criticou o momento do futebol brasileiro e eximiu os chineses de culpa nos desmanches que estão sendo feitos em clubes brasileiros – em especial, o Corinthians, que já perdeu Jadson e Renato Augusto, e ainda pode ficar sem Ralf, Gil e Vagner Love, todos titulares de Tite.

– Isso não tem nada a ver com a China. O Brasil causa prejuízo ao Brasil, que precisa se reorganizar, reconquistar credibilidade. A CBF teve a troca de três presidentes, recentemente. Cabe ao Brasil proteger sua matéria-prima, que está desprotegida desde o início da Lei Pelé – afirmou Luxemburgo.

Jadson Tianjin Quanjian (Foto: Alexandre Vidal - FotoBR)
Jadson é um dos reforços trazidos por Luxa 
(Foto: Alexandre Vidal - FotoBR)


O Tianjin Quanjian fica em Atibaia até o dia 3 de fevereiro, quando retorna à China por um curto período antes de encerrar a preparação na Coreia do Sul. A equipe inicia a disputa da segunda divisão chinesa no dia 17 de março.

Até lá, pretende contratar mais um atleta brasileiro para completar a cota de três estrangeiros a que tem direito – Alexandre Pato, do Corinthians, é o alvo principal, mas Everton, do Flamengo, também interessa.

No Brasil, há a previsão de realização de amistosos. O Cruzeiro e o Vitória teriam feito contato para acertar uma partida antes do início dos estaduais.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2016/01/luxemburgo-defende-escolhas-pela-china-e-fala-em-deixar-legado-na-asia.html

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