Jorginho pede árbitro mais experiente nas partidas: "Houve erros gritantes"

Técnico vascaíno reclama de lances marcados por Luis Teixeira Rocha e diz que, na reta final, campeonato necessita de profissionais com mais bagagem em campo

Por Thiago Lima

Florianópolis

Após o empate do Vasco por 1 a 1 com o Avaí na manhã deste domingo, na Ressacada (veja os melhores momentos no vídeo clicando no LINK da FONTE, no final da Postagem abaixo), Jorginho saiu na bronca mais coma arbitragem do que com o fato de ter sofrido o gol de empate aos 40 minutos do segundo tempo, quando tinha a vitória na mão. O técnico cruz-maltino lamentou os lances polêmicos assinalados por Luis Teixeira Rocha, principalmente o pênalti para os catarinenses no segundo tempo. O treinador cobrou uma atitude da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em relação à experiência dos profissionais nas rodadas finais da competição.

- Realmente aconteceram erros que foram capitais no jogo e a única coisa que eu gostaria de falar da arbitragem é que temos que ver isso, até mesmo a CBF analisar. É a segunda vez que este árbitro está apitando no Brasileiro somente. É uma questão muito importante, que deixo sempre com a diretoria.

Mas, um jogo tão importante quanto este, as duas equipes lutando por objetivos parecidos, então, era essencial que tivéssemos um árbitro mais experiente. Claramente, podemos ver que aconteceram erros gritantes. Daqui para frente, as coisas vão afunilar cada vez mais. Tentamos ter equilíbrio, mas quando eu vi o pênalti bem fora da área fiz algo que nunca tinha feito, que foi correr em direção ao quarto árbitro. Peço até desculpas para ele. Mas foi absurdo - reclamou o comandante vascaíno.

Jorginho ficou na bronca com o árbitro do jogo 

na Ressacada (Foto: CRISTIANO ANDUJAR/

AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO)

Além de reclamar do pênalti marcado para o Avaí - Madson estava fora da área quando a bola bateu em seu braço -, os vascaínos também pediram pênalti de Nino Paraíba em Jorge Henrique no fim do primeiro tempo. Com o resultado, o Cruz-Maltino na penúltima posição do Campeonato Brasileiro. O time de Jorginho se reapresenta em São Januário na terça-feira e volta a campo só no dia 15, quando receberá a Chapecoense às 19h30 (de Brasília), no Maracanã, e não poderá contar com Martín Silva, Madson, Jorge Henrique e Rafael Silva, todos suspensos.


Confira abaixo outros trechso da entrevista de Jorginho:

EXPULSÕES
Perdemos jogadores importantes, agora a gente tem que estar mais tranquilo, pensar direitinho naquilo que a gente vai fazer. Perdemos dois jogadores basicamente da mesma posição. Lamentamos essa situação. O próprio Martín (Silva), o Madson também por ter tomado o terceiro cartão amarelo. Lamento a gente não poder contar com toda a equipe que era o nosso planejamento de ter esses jogadores para esse período de oito a dez dias que a gente vai ter.

EMPATE
Lamentamos muito também ter deixado esses dois pontos. A coisa estava caminhando, a gente poderia ter matado o jogo , inclusive com o próprio Rafael (Silva), mas não aconteceu. Muito importante não sair daqui com uma derrota, e poderia até ter acontecido no final, já que eles fizeram uma pressão muito grande, colocaram jogadores como o André (Lima), muito bom na bola parada, e dificultou bastante para a gente.

A gente estava tendo uma superioridade numérica no meio de campo, isso facilitou muito para a gente. Quando eles entenderam isso, congestionaram mais o meio de campo. A gente não pode de forma nenhuma parar, mesmo assim eles deram espaço para a gente trabalhar essa bola, fizemos ligações diretas desnecessárias e aí sofremos a pressão. A gente precisa manter um jogo regular no primeiro e segundo tempo"

Jorginho, técnico do Vasco

VASCO RIFOU A BOLA NO 2º TEMPO?
Eles (Avaí) mudaram também a forma de jogar. A gente estava tendo uma superioridade numérica no meio de campo, isso facilitou muito para a gente. Quando eles entenderam isso, congestionaram mais o meio de campo. A gente não pode de forma nenhuma parar, mesmo assim eles deram espaço para a gente trabalhar essa bola, fizemos ligações diretas desnecessárias e aí sofremos a pressão. A gente precisa manter um jogo regular no primeiro e segundo tempo. E não foi. A equipe no primeiro tempo foi muito bem e caímos de produção. Não pode de forma nenhuma se perder assim. Depois a gente conseguiu equilibrar novamente, mas aconteceu toda a confusão por causa do pênalti. As duas equipes se descontrolaram, houve pressão muito grande por parte da torcida em cima do árbitro, estava querendo compensar alguma coisa. Sinceramente não posso dizer se foi pênalti a nosso favor, mas o que a gente viu foram erros gritantes que atrapalharam muito o jogo. E o campo está horrível, não tem a menor condição.

PERÍODO SEM JOGOS
Importante para trabalhar. Pelos desfalques que a gente tem para montar a equipe de uma outra forma. Principalmente a questão do Jorge Henrique e do Rafael (Silva), jogador que um entra no lugar do outro. O Martín (Silva) é outro, deu para ver a importância, experiência dele nesse jogo. Mas é isso. A gente está na luta, vamos continuar trabalhando.

DESCONTROLE DOS JOGADORES
Como você consegue se controlar diante de absurdos que todo mundo viu? Um metro fora da área, absurdo. Então eu tentei segurar os jogadores, mas teve um momento que não tinha condições. O cartão do Madson por exemplo, se ele não ficou no lugar determinado, deveria ter sido chamado a atenção antes, não na hora do pênalti.

MENSAGEM PARA A TORCIDA
Quero agradecê-los. Presença deles aqui foi fundamental. Eles não desistiram em nenhum momento, aplaudiram o tempo todo, incentivando a equipe, foi uma situação nossa, na realidade. Nós não fomos competentes para segurar o resultado.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/2015/10/jorginho-pede-arbitro-mais-experiente-nas-partidas-cbf-tem-que-analisar.html