Seleção tem início ruim, mas melhora ainda dentro do primeiro set e fecha jogo inaugural da etapa de São Paulo com fácil 3 sets a 0. Tailândia é o rival de sábado
Aconteceu o que quase todo mundo previa. Sem nenhuma dificuldade, a seleção brasileira de vôlei feminino estreou com vitória sobre a Bélgica, na segunda fase do Grand Prix de vôlei feminino. Em 1h21m, as comandadas de Zé Roberto fizeram 3 sets a 0 (25/17, 25/16 e 25/14) no Ginásio do Ibirapuera, que contou com 5.665 presentes na tarde de sexta-feira. O bom público para horário deve-se ao feriado prolongado na cidade de São Paulo em decorrência da Revolução Constitucionalista de 1932. O resultado positivo manteve os 100% de aproveitamento do Brasil na competição. Ao todo, são quatro vitórias.
- O time da Bélgica nos preocupava, pois tem jogado de igual para igual com as melhores seleções do mundo. Não estava completo, mas é chato, difícil de jogar contra. Tem boa defesa, bloqueio se posiciona bem, passe bastante razoável. Por isso, abriu no começo do primeiro set. Eu me preocupei naquele momento. Depois, a equipe começou a encaixar o saque, posicionou melhor, a defesa passou a tocar em mais bolas, os contra-ataques passaram a sair em mais velocidade. No contexto geral, eu gostei como o time se comportou - analisou o técnico Zé Roberto
Veja como foi o Tempo Real do jogo
Mais uma vez o time de Zé Roberto sobrou nos bloqueios. Carol foi o destaque, com quatro pontos dos 15 que a equipe anotou no fundamento. As europeias conquistaram seis em toda a partida. O trio do Rio de Janeiro foi o ponto alto do duelo. Gabi, Carol e Juciely foram as principais pontuadoras, com 13, 11 e 10 respectivamente. A levantadora Dani Lins chamou atenção com seis pontos, sendo três em ataques. Após 15 anos como ponteira, Sassá entrou em quadra como líbero para participar dos últimos dois ataques do confronto.
- Foi uma emoção, uma ansiedade de quando eu tinha começado a jogar. Estava bastante apreensiva para entrar desde que o Zé me disse que ia colocar para jogar no terceiro set. Valeu a pena. Só de estar aqui no ambiente de jogo já é diferente de treinamento. Agora, é esperar por amanhã e ver se as oportunidades continuam aparecendo - disse a "caloura" Sassá.
Carol fecha a porta para adversária
(Foto: Divulgação / FIVB)
- Sempre tem o que melhorar e cada bola tem que ser jogada como a última. Cometemos vários erros no primeiro set, o que fez que a Bélgica abrisse. Gostei do bloqueio e do posicionamento da defesa. As belgas estão jogando muito bem. Hoje no vôlei, assim como no futebol, não tem ninguém bobo. Nós pudemos colocar bastante gente no jogo e gostei mais do que qualquer outra coisa. Sobre a partida contra a Tailândia, é sempre perigoso porque joga com muita velocidade e muitas combinações no ataque. A gente tem que sacar bem - declarou Zé Roberto.
Começo difícil, mas fácil vitória para o Brasil
O final foi tranquilo, mas a primeira metade do set não foi nada boa para o Brasil. Sem força de ataque e frágil na defesa, a equipe viu as belgas abrirem (4/0), em um jogo consciente de contra-ataque, quase sempre com a oposta Kaja Grobelna. Pelo lado verde e amarelo, apenas a dupla do Rio de Janeiro Carol e Gabi pontuou antes da primeira parada técnica (8/4). Pouco acionadas, Joycinha e Fernanda Garay pararam quase sempre no bloqueio ou defesa rival. Garay só marcou um ponto em toda parcial de ataque; Joyce, nenhum (apenas um de bloqueio). Na parte final, as inexperientes europeias apresentaram altos e baixos e erraram mais do que deviam contra as bicampeãs olímpicas. As chutadas no meio de Dani Lins para Carol e Juciley deram o conforto necessário para um 25/17 sem mais dose de sofrimento.
Jogadoras comemoram mais um ponto
(Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)
O susto do primeiro set não se repetiu no segundo. Mais concentradas e agressivas, as brasileiras dominaram as ações durante toda parcial e não deram chances às belgas. Fernanda Garay cresceu no ataque. O bloqueio continuou firme. A distribuição de jogo de Dani Lins permitiu uma variação de pontos entre as atletas. Nem mesmo três paralisações seguidas para vídeo chat tirou o ritmo das comandadas por Zé Roberto. Sem mexer na equipe até então, o tricampeão olímpico colocou Monique e Jaque em quadra para os últimos pontos levando a torcida ao delírio. Monique foi a responsável por dar números finais à tranquila vitória (25/16).
Aquele que seria o último e mais tranquilo set do jogo foi o momento onde Zé Roberto pôde dar ritmo às atletas. Monique e Natália entraram no começo, e Adenízia, Bárbara, Ana Tiemi, Jaque e Sassá, debutando como líbero, após 15 anos como ponteira, foram colocadas no meio. As mexidas não alteraram o volume da equipe (8/2), que sempre teve larga vantagem. As belgas chegaram a se animar com alguns erros bobos cometidos pelas brasileiras, mas sabiam que uma virada era missão muito árdua para essa promissora e jovem geração. Uma explorada experiente de Jaque no bloqueio encerrou a tranquila partida (25/14).
Brasil passa pela Bélgica sem dificuldades
(Foto: Divulgação / FIVB)
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