Com atuação decisiva dos veteranos, Peixe consegue duas vitórias sobre o Verdão e comemora seu 21º título paulista em jogo com expulsões e emoção até o minuto final
Dance, Robinho! Dance funk, sambe, dê seus passinhos ao som do hino do Santos ou da ópera que você regeu na final do Campeonato Paulista. Dance sem remorso e sem a preocupação de que alguém veja maldade em sua alegria. Mesmo substituído minutos antes da decisão por pênaltis, o atacante fez a diferença a favor do Peixe, mais uma vez campeão. As duas vitórias sobre o bravo Palmeiras - 2 a 1 no tempo normal e 4 a 2 nas penalidades (veja os gols acima) - tiveram a marca de quem tem o gosto e o hábito de levantar taças e dar voltas olímpicas.
O Santos começou o ano perdendo jogadores. Um atrás do outro... Dois deles, Arouca e Aranha, para o Palmeiras. Não havia dinheiro para pagá-los. Assim como não há dinheiro que pague a alegria de ser campeão nos pênaltis na Vila Belmiro. Para montar seu elenco, a diretoria recorreu ao amor. Só atletas com um laço mais forte do que o profissional topariam continuar. Casos de Robinho e Renato. Só um apaixonado pelo Alvinegro Praiano, como Ricardo Oliveira, gostaria de voltar nesse cenário nebuloso.
Jogadores do Santos dão a volta olímpica na
Vila Belmiro após vencerem Palmeiras nos
pênaltis (Foto: Marcos Ribolli)
VEJA COMO FOI A FINAL DO PAULISTÃO
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O chapéu de Renato em Valdivia mostrou quem mandaria no meio-campo. O passe de Robinho para David Braz tirou dos santistas o primeiro grito de gol da tarde. A classe de Ricardo Oliveira ao ganhar de Vitor Hugo, ajeitar na coxa e fazer o segundo gol deu a impressão de que não havia mais nada a acontecer na Vila Belmiro. Mas havia...
Antes do intervalo, um destemperado Dudu se engalfinhou com Geuvânio, que tentou se desvencilhar. O árbitro Guilherme Cereta de Lima, sem critérios, sem calma, expulsou ambos (assista abaixo). Durante o intervalo, o Santos reviveu a gloriosa semifinal do Brasileirão de 1995 e não foi para o vestiário. Mas deu a impressão de ter deixado o campo quando o segundo tempo começou.
O Verdão dominou. Oswaldo de Oliveira não só manteve Valdivia, de atuação pífia na etapa inicial, como também puxou Zé Roberto para o meio-campo. Suas opções se justificaram no belo chute do lateral veterano, defendido com maestria no ângulo por Vladimir, e no lançamento do chileno que terminou em gol do lateral-direito Lucas.
Robinho e Elano, personagens históricos do Santos, comemoram título (Foto: Marcos Ribolli)
David Braz, Gustavo Henrique, Victor Ferraz e Lucas Lima converteram com maestria suas cobranças. Vladimir pegou a de Rafael Marques e viu o chute de Jackson explodir no travessão. Os gols de Cleiton Xavier e Leandro Pereira não bastaram ao Palmeiras. E como é o destino... Oswaldo de Oliveira perdeu sua segunda decisão consecutiva nos pênaltis: era ele o comandante do Peixe derrotado pelo Ituano no ano passado.
No outro banco, vibra Marcelo Fernandes, interino-efetivo-parceiro-campeão depois da demissão de Enderson Moreira. Entre todos os seus méritos está o de ter caído no gosto da "boleirada". Em algumas equipes, isso é mais do que necessário.
O funk não tem hora pra acabar. 21 vezes campeão paulista! O Santos é o novo velho campeão!
Torcida do Santos faz a festa durante final na
Vila Belmiro: público foi de 14.662 pagantes
(Foto: Marcos Ribolli)
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