No clube de coração de seu filho, centroavante ajuda Santos a vencer o Paulistão e esquece derrota em Libertadores há 12 anos: "A pior marca que deixei"
Aos 34 anos,
Ricardo Oliveira não tinha títulos como jogador profissional no futebol
brasileiro até o fim da tarde deste domingo. A demora, porém, compensou.
Campeão paulista pelo Santos após vencer o Palmeiras nos pênaltis, na Vila
Belmiro, o centroavante não poderia ter ambiente melhor para comemorar.
Após a
confirmação da taça, Ricardo não segurou a emoção. Para ele, o primeiro título
no Brasil tinha de ser no Santos, clube que defendeu em 2003 e deixou após uma
dura derrota na final da Taça Libertadores daquele ano, contra o Boca Juniors.
Artilheiro do Paulista 2015, Ricardo Oliveira
comemora gol na decisão contra o Palmeiras
(Foto: Marcos Ribolli)
– Saí do Santos
triste, em 2003, porque perdi a final da Libertadores com o Morumbi lotado, a
pior marca que deixei no Brasil. Voltar depois de 12 anos para essa casa, o
time de coração do meu filho, ser campeão. Não poderia ser melhor – comemorou o
atacante.
Revelado pela
Portuguesa, Ricardo fez a maior parte de sua carreira no exterior. Em 2006,
pelo São Paulo, ele deixou o clube antes da derrota na final da Libertadores
daquele ano, contra o Internacional, e participou apenas dos jogos iniciais do
Campeonato Brasileiro, que seria conquistado pelo clube do Morumbi.
No exterior, os
títulos são bem maiores: Campeonato Espanhol e Copa da Uefa pelo Valencia, Copa
do Rei pelo Betis, Liga dos Campeões pelo Milan, e três copas diferentes no
Al-Jazira, dos Emirados Árabes.
Agora, porém,
Ricardo só quer saber do Santos. De contrato renovado até o fim de 2017, ele
avisou que nunca pensou em trocar de clube durante as negociações.
– Pra quem
tentou semear alguma contenda, desde o início sempre falei ao Santos que meu coração
estava aqui. Renovei contrato por dois anos e meio por causa disso – avisou.
O centroavante
termina o Paulistão em alta, com a artilharia garantida: 11 gols marcados.
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