Carol Won-Held passou por duas cirurgias no joelho quando praticava indoor e esteve perto de deixar esporte, mas migrou após fazer sua recuperação nas areias do Rio
Imagine
como deve ser para uma atleta de apenas 22 anos encarar a possibilidade
de ter de parar de disputar o esporte que sempre praticou? Pois foi
exatamente o que aconteceu com Carolina Won-Held, hoje com 23. Em
setembro de 2012, quando ainda jogava pelo São Bernardo na quadra,
sofreu uma grave lesão no joelho esquerdo e precisou passar por uma
cirurgia. Bem na fase final da recuperação, em agosto de 2013, já em um
clube diferente, o Barueri, voltou a sofrer com o problema. As opções
eram uma segunda operação ou abandonar a modalidade. Foi duro, mas o
amor pelo esporte falou mais alto.
Quando
o time paulista soube da necessidade de uma nova intervenção cirúrgica,
mandou a jogadora embora. Sem clube, Carol voltou para o Rio de Janeiro
para fazer sua recuperação perto da família. Na Cidade Maravilhosa,
teve contato com o vôlei de praia e acabou deixando a quadra em 2014
para migrar para a modalidade.
- Não precisava operar se não quisesse jogar mais. Me questionei se devia ficar estudando, parar de jogar, mas não deu. Cheguei à conclusão de que se tivesse de operar 20 vezes para jogar, eu faria. Comecei a recuperação na areia. O Marcinho (preparador) me incentivou a tentar o vôlei de praia. Fui gostando, estava em abril, e a Superliga estava acabando, então fui jogar o sub-23 na areia. No segundo torneio, o Challenger, com a Elize (Maia), fui campeã - lembrou a atleta de 1,82m, que jogava como ponteira e até teve um período como líbero na quadra.
Na verdade, Carol conta que já havia praticado o vôlei de praia bem nova. Mas a quadra surgiu como uma opção mais viável quando criança, já que, na areia, os atletas precisam se bancar, enquanto no indoor há todo o respaldo do clube. A carioca deu seus primeiros passos no Botafogo e foi para o Fluminense. Depois, teve convocações para a seleção brasileira na base.
Foi vice-campeã mundial juvenil no Peru, em 2011, e campeã sul-americana juvenil na Colômbia, um ano antes. No infanto, levou o título mundial na Tailândia, em 2009, e sagrou-se campeã sul-americana no Peru, em 2008. Antes de passar por São Bernardo e Barueri, ela teve uma trajetória no Rio de Janeiro e passou pelo Minas. Na equipe carioca, foi treinada por Bernardinho.
Com
o vitorioso comandante da seleção brasileira masculina, Carol diz que
teve uma oportunidade única em sua formação. Afinal, ele a treinou com
apenas 16 anos. Ela fala que o principal da filosofia de trabalho de
Bernardinho que guarda até hoje é querer ganhar sempre.
- Era quinta ponteira no primeiro ano. Às vezes não viajava com o time e, no meio da viagem, ele tinha uma reunião no Rio e voltava para dar treino só pra mim e para a segunda líbero. É um cara diferenciado. Enquanto todo mundo descansa, para ele não tem isso. Sempre quer mais, nunca está bom. Essa é a imagem que fica e eu sempre vou querer mais também.
Atualmente, Carol é comandada pelo técnico Tiê Santana e treina em Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro, com a parceira Rafaela. No início, ela lembra que sofreu um pouco com o clima, já que no vôlei de quadra os atletas não estão sujeitos a isso. Além disso, a jogadora afirma que uma das dificuldades da areia é que, quando se está em um dia ruim, não há como ser substituída a exemplo do indoor.
Ao lado da companheira, ela teve a chance estrear na elite do vôlei de praia nacional justamente na última etapa do Circuito Brasileiro 2014/2015, em Salvador, na Bahia, e chegou até as oitavas de final neste fim de semana. Feliz, ela já faz planos para o futuro.
Carol joga vôlei de praia atualmente e faz dupla
com Rafaela (Foto: Paulo Frank / CBV)
- Não precisava operar se não quisesse jogar mais. Me questionei se devia ficar estudando, parar de jogar, mas não deu. Cheguei à conclusão de que se tivesse de operar 20 vezes para jogar, eu faria. Comecei a recuperação na areia. O Marcinho (preparador) me incentivou a tentar o vôlei de praia. Fui gostando, estava em abril, e a Superliga estava acabando, então fui jogar o sub-23 na areia. No segundo torneio, o Challenger, com a Elize (Maia), fui campeã - lembrou a atleta de 1,82m, que jogava como ponteira e até teve um período como líbero na quadra.
Na verdade, Carol conta que já havia praticado o vôlei de praia bem nova. Mas a quadra surgiu como uma opção mais viável quando criança, já que, na areia, os atletas precisam se bancar, enquanto no indoor há todo o respaldo do clube. A carioca deu seus primeiros passos no Botafogo e foi para o Fluminense. Depois, teve convocações para a seleção brasileira na base.
Carol Won-Held do vôlei de praia, na época
da quadra (Foto: Reprodução / Facebook)
Foi vice-campeã mundial juvenil no Peru, em 2011, e campeã sul-americana juvenil na Colômbia, um ano antes. No infanto, levou o título mundial na Tailândia, em 2009, e sagrou-se campeã sul-americana no Peru, em 2008. Antes de passar por São Bernardo e Barueri, ela teve uma trajetória no Rio de Janeiro e passou pelo Minas. Na equipe carioca, foi treinada por Bernardinho.
É um cara diferenciado.
Enquanto todo mundo descansa, para ele não tem isso
Carol sobre Bernardinho
- Era quinta ponteira no primeiro ano. Às vezes não viajava com o time e, no meio da viagem, ele tinha uma reunião no Rio e voltava para dar treino só pra mim e para a segunda líbero. É um cara diferenciado. Enquanto todo mundo descansa, para ele não tem isso. Sempre quer mais, nunca está bom. Essa é a imagem que fica e eu sempre vou querer mais também.
Atualmente, Carol é comandada pelo técnico Tiê Santana e treina em Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro, com a parceira Rafaela. No início, ela lembra que sofreu um pouco com o clima, já que no vôlei de quadra os atletas não estão sujeitos a isso. Além disso, a jogadora afirma que uma das dificuldades da areia é que, quando se está em um dia ruim, não há como ser substituída a exemplo do indoor.
Ao lado da companheira, ela teve a chance estrear na elite do vôlei de praia nacional justamente na última etapa do Circuito Brasileiro 2014/2015, em Salvador, na Bahia, e chegou até as oitavas de final neste fim de semana. Feliz, ela já faz planos para o futuro.
- Penso em muita coisa para minha carreira. Meu primeiro objetivo quando
entrei era jogar uma etapa de Open e foi algo que consegui (em Salvador). O segundo é me
manter. Na quadra os
resultados vêm rápido, aqui é muita dupla ganhando uma etapa e perdendo outra.
Há muitos altos e baixos. Manter a regularidade é
difícil, mas é meu objetivo, sempre ficar entre as grandes.
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