Sem contrato, escanteados em seus clubes ou negociáveis, jogadores como Dagoberto, Jô, Kleber Gladiador e Felipe buscam novo destino na carreira
Três motivos principais travam negociações com esses jogadores: altos salários em alguns, histórico de indisciplina em outros, desempenho recente questionável em mais alguns – ou um misto das três razões. Mas eles seguem sendo alternativas no mercado para clubes que confiarem no rendimento deles e tiverem criatividade para negociar. A lista abaixo mostra 12 casos. Confira:
Borges
Borges não renovou com o Cruzeiro e é alternativa
para clubes que buscam atacante
(Foto: Agência Reuters)
Dagoberto
Dos últimos 14 Brasileirões, Dagoberto ganhou cinco: por Atlético-PR (2001), São Paulo (2007 e 2008) e Cruzeiro (2013 e 2014). É o jogador em atividade com mais conquistas do principal campeonato do país. Mesmo assim, está encostado. A Raposa não tem interesse em manter o atacante de 31 anos. Ele treina separado do restante do elenco. E não gosta nada disso.
- Dói. Dói porque eu tenho uma história no futebol – resumiu em entrevista ao GloboEsporte.com no dia 24.
O clube que quiser contar com ele por empréstimo provavelmente terá que pagar todo seu salário. O Cruzeiro não está disposto a bancar parte dos vencimentos.
Diguinho
Diguinho, bicampeão brasileiro pelo Fluminense,
busca novo clube (Foto: Fernando
Cazaes / Photocamera)
Ao término do Campeonato Brasileiro, terminou a relação entre Diguinho e o Fluminense. O volante defendeu a camisa tricolor por seis anos. Foi bicampeão brasileiro (2010 e 2012), mas também viveu momentos complicados. Antes, defendeu o Botafogo, onde também teve altos e baixos. Aos 31 anos, está livre no mercado.
Edinho
Edinho não conseguiu repetir no Grêmio o
sucesso que teve no rival Inter (Foto:
Lucas Uebel / Grêmio FBPA)
Multicampeão, bom de vestiário e, mesmo assim, afastado. O volante Edinho não alcançou no Grêmio o mesmo sucesso que teve no Inter, onde conquistou os títulos da Libertadores (2006), do Mundial (2006), da Recopa (2007) e da Sul-Americana (2008) – na última, como capitão da equipe. Também foi campeão brasileiro pelo Fluminense em 2012. É um jogador tipicamente de marcação – do tipo que rouba a bola e dá passe curto para se livrar logo dela. No Grêmio, pouco jogou no ano passado e agora sequer treina com o elenco que vai encarar a temporada. Viveu um episódio mal explicado – uma foto com uniforme do clube, bebendo cerveja, enviada a ex-colegas de Inter. Tem 32 anos. A diretoria tricolor quer negociá-lo para diminuir a folha salarial.
Fahel
A troca de diretoria, o rebaixamento do Bahia à Série B e o fim do contrato impulsionaram a saída de Fahel do clube tricolor. O volante, aos 33 anos, é mais um que está no mercado. Foram quatro anos no time baiano, onde se tornou um dos principais líderes do elenco – depois de exercer papel semelhante no Botafogo. Também teve longa experiência em Portugal, onde atuou por outras quatro temporadas.
Felipe
Sem jogar desde julho e demitido pelo Flamengo em janeiro, o goleiro Felipe é alternativa para quem busca um camisa 1. Tem 30 anos e experiência de sobra – antes do Rubro-Negro, jogou pelo Corinthians, onde foi do inferno (rebaixamento à Série B) ao céu (com a conquista da Copa do Brasil). Na Gávea, foi titular por quatro temporadas, ocupando o espaço deixado depois da prisão de Bruno. Apesar de não ter mais vínculo com o clube carioca, ainda negocia um acordo por causa de uma dívida de cerca de R$ 5 milhões.
Jô
Campeão da Libertadores em 2013, presente na Copa do Mundo em 2014, jogador dispensável em 2015. A situação de Jô mudou nos últimos anos. De destaque no principal título do Atlético-MG, o atacante passou a ser problema. Afastado por indisciplina no ano passado (junto com Emerson Conceição e André, acusados de levarem mulheres à concentração atleticana em Curitiba), o centroavante acabou reintegrado, mas a diretoria alvinegra segue interessada em negociá-lo, mesmo depois de vender Diego Tardelli.
Jô tem o salário mais alto do elenco e contrato válido até 2018. O Galo calcula que possa economizar cerca de R$ 9 milhões se vendê-lo. Seu empresário, Joseph Lee, já foi autorizado a buscar uma equipe na China para ele. Mas se algum clube brasileiro se interessar em abrir os cofres, poderá ter um dos melhores centroavantes do país – mas que vem colecionando mais problemas do que gols ultimamente.
Jorge Henrique
Jorge Henrique não está nos planos do Inter
para a temporada (Foto: Alexandre
Lops/Internacional)
A passagem de Jorge Henrique pelo Inter foi decepcionante – a ponto de o clube não querer mais saber dele e de a torcida não sentir um pingo de saudade. O rendimento do meia-atacante não fez sombra à imagem deixada por ele no Corinthians. Na conquista do título mundial, em 2012, o atleta foi absolutamente fundamental no esquema montado por Tite para desbancar o Chelsea. Antes, também tivera bons momentos no Botafogo. Aos 32 anos, ele argumentou lesão muscular, não participou da pré-temporada do Colorado e irritou a diretoria por ser visto em um baile funk durante o tratamento. Está à disposição de clubes interessados. O Vasco surgiu como possível destino.
Julio Cesar
Julio Cesar foi um dos quatro jogadores afastado
pelo Botafogo no Brasileirão (Foto: Satiro
Sodré / SSPress)
Do quarteto afastado pelo Botafogo durante o Campeonato Brasileiro, sob argumento de divergências com a diretoria, o lateral-esquerdo Julio Cesar é o único sem clube – Emerson Sheik retornou para o Corinthians, que também contratou o lateral-direito Edílson, e Bolívar acertou com o Novo Hamburgo. Aos 32 anos, o experiente atleta, com passagens também por Flamengo, Fluminense, Cruzeiro e Grêmio, está no mercado. Pesa contra ele o histórico de muita rotatividade nos clubes que defende – mas, por tratar-se de uma posição de poucas opções, pode ser uma alternativa.
Kleber Gladiador
Kleber Gladiador foi um dos principais atacantes do futebol brasileiro nos últimos anos e agora vive uma encruzilhada: pertence ao Grêmio, que pretende negociá-lo, mas enfrenta dificuldades para encontrar alguém que pague por ele (o salário seria superior a R$ 600 mil). Na última temporada, o atleta esteve no Vasco e ajudou o clube a retornar para a Série A, mas ficou longe de ter desempenho empolgante. Viveu bons momentos no começo da carreira, no São Paulo, e depois em Palmeiras e Cruzeiro. Também passou pelo Dínamo de Kiev, da Ucrânia. Jogador de personalidade forte, envolveu-se em polêmicas fora de campo (com fortes críticas a Luiz Felipe Scolari, não por acaso o responsável por mantê-lo afastado agora no Grêmio) e protagonizou repetidos momentos de destempero dentro das quatro linhas. Tem 31 anos.
Marcos Assunção
Portuguesa foi o último clube de Marcos
Assunção, em passagem de três meses
(Foto: Anderson Rodrigues / Ag. Estado)
Há pouco mais de dois anos, Marcos Assunção foi eleito o melhor jogador da Copa do Brasil, conquistada pelo Palmeiras. E agora está sem clube. A última equipe do volante de 38 anos foi a Portuguesa, com quem rescindiu contrato em setembro, três meses depois de chegar ao clube. Estava na reserva. Especialista em cobranças de faltas, o volante defendeu alguns dos principais clubes do Brasil (Santos, Flamengo, Palmeiras), teve passagem produtiva pela Europa (Roma e Betis) e defendeu a Seleção. No mês passado, ofereceu-se para jogar no Joinville, cujo superintendente de esportes é César Sampaio, seu amigo pessoal. O clube não demonstrou interesse.
Paulo Baier
O artilheiro dos pontos corridos quer mais uma temporada na carreira – e aí ponto final. Paulo Baier, 40 anos, dono de 106 gols no Brasileirão desde que o campeonato passou a ser disputado na atual fórmula, em 2003, busca a última equipe de sua longa trajetória. No ano passado, esteve no Criciúma, rebaixado à Série B – e passou boa parte da temporada na reserva. Seu contrato foi rescindido antes do término da competição. Vem jogando partidas na várzea em Ijuí-RS, sua terra natal, enquanto analisa propostas.
fFONTE:
http://glo.bo/1EFuk91
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