Vitória por 3 a 1 sobre Universidad de Chile soa como uma estreia colorada na Libertadores e serve como redenção para atletas como Jorge Henrique e Réver
Aguirre comemora vitória do Inter sobre La U(Foto: Alexandre Lops/Inter)
Além dos três pontos. A vitória do Inter por 3 a 1 sobre a
Universidad do Chile, na noite desta quinta-feira, teve um significado que
superou - de longe - a pontuação obtida. Tratou-se de um tipo de redenção para jogadores
questionados e até para o técnico Diego Aguirre, após a estreia
frustrada com derrota diante do Strongest, na Bolívia. O confronto no Beira-Rio marcou o primeiro
triunfo dos titulares em 2015 e serviu como estímulo para atletas como Réver,
Nilton e, principalmente, Jorge Henrique.
Principal surpresa na escalação de Diego Aguirre, Jorge
Henrique deu conta do recado. Foi importante na marcação, dando liberdade para
D’Alessandro se juntar ao ataque, e ainda marcou o segundo gol da partida. Para
o meia-atacante, foi como uma nova “estreia” com a camisa do clube gaúcho.
– Foi sensacional, um desabafo. Foi um começo de ano
difícil... Eu estava quase fora do Inter, mas consegui dar a volta por
cima com apoio dos
meus companheiros e treinador. Foi como uma estreia. Espero ter mais
sequência
e apoio da torcida – destacou, ao cruzar a zona mista no Beira-Rio.
Outra novidade foi na zaga. Sem Ernando, que sentiu desgaste
muscular, Réver fora escalado como titular e formou dupla com Alan Costa. Contratado
como um dos principais reforços da temporada, o defensor sabia que não poderia
falhar. Afinal, uma derrota seria “trágica”, como o zagueiro mesmo admitiu:
– Encaramos esse jogo como fundamental para nossa arrancada
para a Libertadores. Então, era oportunidade única. Se minha atuação, como a do
Nilton ou Jorge Henrique, não fosse como o treinador esperava, alguma coisa
trágica poderia acontecer. Os três poderiam não mais ser escalados.
Após o gol, Jorge Henrique abraça Diego Aguirre (Foto: Diego Guichard)
Até então, Réver havia sofrido com partidas irregulares. Foi
assim contra o São Paulo-RS, no final de semana, quando não teve atuação segura
e chegou a se atrapalhar com a bola em determinado momento.
Mas ninguém mais foi beneficiado com o resultado do que Diego
Aguirre. A vitória teve um sabor especial para o uruguaio e o ajudou a superar a primeira turbulência. Na entrevista
coletiva, o treinador havia admitido que estava em dívida com o torcedor. E o
comandante teve a confiança mostrada em campo quando Jorge Henrique foi
o abraçar no reservado, após o segundo gol.
Na visão de Alex, outro jogador que volta a ganhar espaço, Aguirre
mostrou coragem na partida. Afinal, o treinador sabia que seria questionado
quando escalou o time.
– O treinador teve a confiança de colocar o Jorge Henrique,
mesmo sabendo que seria contestado. Foi feliz pela escolha corajosa
– frisou.
Réver aplica carrinho e afasta a bola
(Foto: Diego Guichard)
Desta vez, Aguirre não escutou do presidente Vitorio Piffero
declarações com pitacos sobre a escalação, algo que vinha se repetindo em entrevistas coletivas. Pelo
contrário, o treinador recebeu pomposos elogios.
– O time efetivamente está se encontrando. Se nós não temos altitude,
temos atitude. Não foi uma vitória qualquer, foi uma bela vitória, estamos
muito satisfeitos. Foi dada oportunidade
a todos os jogadores, todos participaram. Agora, o Diego começa a montar a sua
equipe. Parece que escalo, mas não é verdadeiro – discursou Piffero.
Mas há ainda peças que não atingiram essa redenção
almejada. Expulso contra o Strongest, Nilmar ainda não mostrou o melhor
futebol, mas conta com a confiança do treinador. O mesmo serve para Anderson, que
acusa falta de ritmo de jogo. Quem sabe, possam retomar melhores atuações em campo no
próximo final de semana, no clássico Gre-Nal.
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