Bicampeã olímpica assume papel de espelho no Minas e busca "entrosamento forçado" para ajudar equipe a crescer na Superliga feminina
Jaqueline participou da gravação do programa Altas Horas (Foto: Marcos Guerra)
- O Arthur ainda não foi para lá (Belo Horizonte), não tive tempo para levá-lo. Quando eu me estruturar, ele vai ficar comigo. Por enquanto ele está aqui (em São Paulo) com o Murilo, com a babá, com a minha mãe, com a mãe dele. Ainda bem que tenho uma estrutura familiar muito boa, que pode me ajudar, se não seria muito difícil ter de ir lá e deixá-lo sozinho. A gente fica nessas idas e vindas.
Faz parte da nossa profissão. Eu achei que eu não iria me adaptar a essa situação, tanto que no início falei que não sairia de perto dele, mas agora estou vendo que dá. Essa é a parte mais difícil, mas estou tendo um carinho tão grande, todo mundo me ajudando tão bem que eu não estou nem sofrendo muito nesse início - disse Jaqueline, nos bastidores do programa “Altas Horas”.
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A ponteira, que passou mais de um ano sem clube para dar à luz Arthur, está há quase duas semanas morando em Belo Horizonte. Quando não está treinando junto com as comandadas de Marco Queiroga, Jaque corre para encontrar e montar seu apartamento. Em breve Arthur se mudará para a capital mineira, mas o marido Murilo ainda ficará em São Paulo, já que defende o Sesi-SP.
Jaqueline aproveitou gravação em São Paulo
para encontrar Murilo e Arthur (Foto:
Marcos Guerra)
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Dentro de quadra, a adaptação também caminha com tranquilidade, apesar dos obstáculos. Depois de dois meses sem jogar desde o fim do Mundial, a ponteira ainda não está no ritmo ideal. Além disso, ela corre contra o tempo para ganhar entrosamento com as companheiras de equipe.
- Treinei pouco tempo. Demora meses para se entrosar, às vezes até anos. Temos de entrar no entrosamento forçado, não tem jeito. Vamos entrar na metade da Superliga, e eu preciso me adaptar e me entrosar o mais rápido possível. Estou adorando conhecer as meninas lá. Está sendo muito especial. As jogadoras mais novas me procuram para tirar dúvida de jogo. Eu acho superlegal. Uma experiência nova para mim - disse Jaque.
Jaqueline está ajudando o Minas a crescer na Superliga (Foto: Orlando Bento/Minas TC)
- O que elas poderem sugar de mim, de tudo por que passei, dos momentos ruins, dos momentos bons da seleção, por tudo na minha carreira, que não foi fácil por conta de contusões. Dei muitas voltas por cima. Eu tenho uma pessoa em que me espelho muito que é a Ana Moser, que teve todos esses problemas e conseguiu jogar em alto nível, não desisti pelo fato de saber que ela conseguiu, por que eu também não vou conseguir? Hoje estou aqui jogando e espero que possa servir de espelho para essas jogadoras mais novas.
Por estar fora de ritmo, Jaqueline ainda é reserva no Minas, mas já deu novo gás ao time. Antes lanterna da Superliga, a equipe mineira venceu as duas partidas em que a bicampeã olímpica esteve em quadra. O Minas tentará a terceira vitória seguida nesta sexta-feira, às 20h15 (de Brasília), contra o Rio do Sul, em Santa Catarina.
- Dá para esperar muitas surpresas do Minas. É uma equipe que vai crescer, que é jovem, mesclada com algumas jogadoras experientes. Podemos surpreender. Tem que ter muito trabalho, cabeça no lugar, porque sabemos que outras equipes são mais fortes que a nossa, mas vamos batalhar muito para surpreender - disse Jaqueline.
Arthur fica com Murilo em São Paulo enquanto
Jaque não monta apartamento em Belo
Horizonte (Foto: Marcos Ribolli)
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