Quarteto brasileiro formado por Guilherme Guido, Felipe França, Nicholas dos Santos e Cesar Cielo conquista o título mundial em Doha, e faz a melhor marca da história
por Guilherme CostaDireto de Doha, no Catar
O campeão olímpico Cesar Cielo havia falado que o revezamento 4x50m medley do Brasil era um "Dream Team". E a prova veio na tarde desta quinta-feira, em que Guilherme Guido (costas), Felipe França (peito), Nicholas Santos (borboleta) e Cesar Cielo (livre) garantiram a medalha de ouro no Campeonato Mundial em piscina curta, que está sendo realizado em Doha, no Catar. De quebra, o time bateu o recorde mundial com 1m30s51, melhorando a marca feita pelos russos nas eliminatórias (1m32s78). O Brasil ainda conquistou mais dois ouros nesta quinta: um com Felipe França nos 100m peito e outro com o revezamento misto do 4x50m medley, formado por Etiene Medeiros, Felipe França, Nicholas Santos e Larissa Oliveira.
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- O mais bacana foi que estávamos brincando antes que esse era o revezamento paulista do Chico Piscina. Nós nos conhecemos há muito tempo. Foi muito legal nadar com eles. Pegar essa medalha vai deixar essa geração para a história com esse recorde. Se fosse para apontar algo diferencial para o nosso revezamento foi a parcial do Felipe França, foi algo anormal. Ele é um monstro - disse Cesar Cielo.
- Foi muito bacana nadar esse revezamento. Nós nos conhecemos desde os sete anos. Chegar a esse nível e bater recorde é muito gratificante - completou Guilherme Guido.
Cesar Cielo comemora a medalha de ouro no
revezamento (Foto: Satiro Sodré/SSPRESS)
O Brasil caiu na água favorito ao ouro. Na equipe, estavam o número 1 do ranking mundial dos 50m peito (Felipe França), o atual campeão mundial dos 50m borboleta em piscina curta (Nicholas Santos), o tricampeão mundial dos 50m livre em piscina longa (Cesar Cielo) e o dono do quarto tempo da temporada nos 50m costas, Guilherme Guido.
Brasil comemora a conquista do ouro no alto do
pódio (Foto: Satiro Sodré/SSPRESS)
É a primeira vez que essa prova é realizada em um Campeonato Mundial. Existe um lobby para que a disputa entre no programa dos Mundiais em piscina longa (50m) em 2017, mas ainda não há conversas para que o 4x50m medley passe a fazer parte do programa olímpico.
A medalha do revezamento 4x50m medley do Brasil é a 32ª do país na história dos Mundiais em piscina curta. Com o resultado, o Brasil chegou a 13 ouros, além de sete pratas e 12 bronzes. O maior vencedor do Brasil é Gustavo Borges, com dez pódios. Nenhum dos quatro do 4x50m medley é "marinheiro de primeira viagem" no pódio. Cielo e Nicholas chegaram à quinta medalha na carreira em mundiais de curta, Felipe atingiu o quarto pódio, e Guido o terceiro.
O Campeonato Mundial em piscina curta vai até domingo, em Doha, no Catar. Diariamente, as eliminatórias ocorrem às 4h30 (de Brasília) e as finais às 13h, com cobertura em tempo real do GloboEsporte.com e transmissão ao vivo do SporTV.
cielo lidera semi dos 50m livre
A medalha de ouro conquistada no revezamento 4x50m medley
ficou pouco tempo sobre o peito de Cesar Cielo. Logo depois de ouvir o hino
brasileiro, o campeão olímpico foi se trocar rapidamente para voltar à piscina
de Doha. Desta vez, o desafio era a semifinal dos 50m livre, sua especialidade.
Em "prévia da final" Cesar Cielo lidera a semifinal dos 50m livre no Mundial de Doha (Foto: Satiro
Sodré/SSPRESS)
Na mesma prova, o brasileiro Alan Vitória fechou a competição na 16ª posição, com a marca de 21s52.
guido, Macedo e etiene ficam fora do pódio
Guido encarou uma dura decisão e viu o australiano Mitchell Larkin confirmar o favoritismo para levar o ouro com o tempo de 49s57. O polonês Radoslaw Kawecki cresceu nos últimos metros e ficou com a prata (50s11), apenas um centésimo de segundo mais rápido que os dois medalhistas de bronze: o japonês Ryosuke Irie e o americano Matt Grevers. O brasileiro veio logo na sequência, empatado na quinta colocação com o alemão Christian Diener (50s21).
Ouro no revezamento, Guilherme Guido fica em
quinto nos 100m costas de Doha (Foto: Satiro Sodré/SSPRESS)
Na versão feminina da prova, Etiene Medeiros não conseguiu manter sua evolução. Depois de bater o recorde sul-americano primeiro nas eliminatórias e depois na semifinal, ela foi a sétima colocada, com o tempo de 57s72. O ouro ficou com a húngara Katinka Hosszu (55s03), a prata foi da australiana Emily Seebohm (55s31), e a ucraniana Daryna Zevina levou o bronze (55s54).
Etiene Medeiros fica em sétimo lugar nos 100m
costas de Doha (Foto: Satiro Sodré/SSPRESS)
brasileiros quebram recordes sul-americanos
- Um atleta que está em uma final, tem que pensar na medalha sempre. Eu sei que as as outras atletas têm nadado mais rápido do que eu, mas quem sabe amanhã não é meu dia? Se eu acertar a virada amanhã. dá para brigar - disse Daynara.
Daynara de Paula bate recorde sul-americano
e vai à final dos 50m borboleta
(Foto: Satiro Sodré/SSPRESS)
- Estou feliz pelo recorde, por ter feito a melhor prova, mas eu queria a final. Não dava para ser melhor agora, fiz tudo o que eu podia fazer - disse Larissa.
Mais dois recordes sul-americanos foram conquistados pelo Brasil na final do revezamento 4x200m livre. João de Lucca abriu o quarteto brasileiro e fez a melhor marca continental da prova individual (1min41s85) para liderar a decisão. Gustavo Godoy, Fernando Santos e Gabriel Ogawa também melhoraram seus tempos para dar o recorde sul-americano ao quarteto (6min54s53), só que viram os adversários os ultrapassarem, e o Brasil ficou na sexta posição. Em uma chegada equilibrada, Estados Unidos de Ryan Lochte foram os campeões (6min51s68), seguidos pela Itália (6min51s80) e pela Rússia (6min51s96).
espanhola brilha e leva terceiro ouro
- Esse Mundial está sendo um sonho para mim. Se me falassem, antes de começar a competição, que ia vencer essas três provas, e com esses tempos, eu não acreditaria - disse a espanhola.
Outra estrela a conquistar o ouro nesta quinta-feira foi a lituana Ruta Meilutyte. Aos 17 anos, a nadadora que é campeã olímpica e mundial em piscina longa levou o bi dos 50m peito no Mundial de piscina curta.
FONTE:
http://glo.bo/1FQ3TJX
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