Ausente no jogo do título em 2013, líder em assistências assume protagonismo, marca quinto gol de cabeça da carreira e avisa: "Vamos atrás da Tríplice Coroa"
Põe na conta do craque. O título do Cruzeiro tem um herói, e um
herói bem ao estilo deste Cruzeiro de ser. Éverton Ribeiro não decidiu o
Brasileirão somente pelo gol marcado contra o Goiás. O baixinho de 1,74m que
voou para escorar de cabeça e estufar as redes de Renan decide sempre. É
regular, é letal. Ninguém deu mais passes para gol do que ele. Ninguém foi tão
determinante para o tetra quanto ele. O craque que prefere ser garçom pisou no
Mineirão na tarde de domingo para ser protagonista. E não deu outra. Gritou,
xingou, orientou, organizou o time e preencheu, em grande estilo, a lacuna
deixada pela ausência no jogo do título em 2013. O cérebro cruzeirense também
foi o coração.
Incansável, o camisa 17 corria de um lado para o outro em busca de espaços. A intermediária ofensiva pelo lado direito era o ponto de partida. Dali, saía em disparada fosse para driblar ou, de cabeça levantada, buscar um companheiro bem posicionado. Foi dali também que arrancou para escrever a história. Com a bola nos pés de Willian, os grandalhões do Goiás se preocuparam com Marcelo Moreno. Quando viram, o pequenino craque já estava testando firme para fazer o quinto gol de cabeça da carreira. Na comemoração, fez um L com os dedos para homenagear Luca, filho de um amigo que está para nascer, e regeu a torcida. Ordenou: "Cadê? Cadê? Levanta a faixa!". E viu a massa azul exibir o bandeirão confeccionado pelas esposas dos jogadores com os dizeres: "A Deus, toda glória."
Antes do gol, Éverton tentou, e muito, servir os companheiros. Líder em assistências do Brasileirão, ao lado de Conca, com 10, o meia levantou oito bolas na área, mas não deu certo. Após cobrança de escanteio, chegou a dar uma sonora bronca nos atacantes que ficavam passivos diante da marcação do Goiás.
Incansável, o camisa 17 corria de um lado para o outro em busca de espaços. A intermediária ofensiva pelo lado direito era o ponto de partida. Dali, saía em disparada fosse para driblar ou, de cabeça levantada, buscar um companheiro bem posicionado. Foi dali também que arrancou para escrever a história. Com a bola nos pés de Willian, os grandalhões do Goiás se preocuparam com Marcelo Moreno. Quando viram, o pequenino craque já estava testando firme para fazer o quinto gol de cabeça da carreira. Na comemoração, fez um L com os dedos para homenagear Luca, filho de um amigo que está para nascer, e regeu a torcida. Ordenou: "Cadê? Cadê? Levanta a faixa!". E viu a massa azul exibir o bandeirão confeccionado pelas esposas dos jogadores com os dizeres: "A Deus, toda glória."
Antes do gol, Éverton tentou, e muito, servir os companheiros. Líder em assistências do Brasileirão, ao lado de Conca, com 10, o meia levantou oito bolas na área, mas não deu certo. Após cobrança de escanteio, chegou a dar uma sonora bronca nos atacantes que ficavam passivos diante da marcação do Goiás.
- Vamos entrar (na área), car...!
Momentos de Éverton Ribeiro contra
o Goiás. Ausente ano passado, craque
comanda a festa do tetra
- Sempre que faço um gol de cabeça, brinco falando que é o meu forte. Sou baixinho e é difícil de fazer. É muito especial para mim. No ano passado, não pude jogar o jogo do título. Agora, entrei e ainda pude fazer um gol importantíssimo.
A contagem regressiva para o tetra tinha começado. Líder por 30 rodadas consecutivas, o Cruzeiro estava a 28 minutos da consagração. Em 2013, o suspenso Éverton Ribeiro viu do lado de fora a taça ser confirmada ainda com bola rolando em Salvador, no jogo com o Vitória. Agora, não. Estava ali, em campo, decidindo, e aproveitava cada momento. Segurava a bola nos seus pés, deixava o tempo passar, e, quando o relógio quase marcava 45, chegou a reger os gritos de campeão da torcida com as mãos para o alto. Transbordava felicidade.
Ao apito final, Alisson fez o que milhões que cruzeirenses gostariam. Invadiu o campo, abraçou Éverton e o ergueu. O craque, no entanto, quer mais. Ainda no gramado do Mineirão, em meio à comemoração, já pediu foco na final da Copa do Brasil, quarta-feira, contra o Atlético-MG, no mesmo palco. Bicampeão brasileiro e campeão mineiro, quer contornar ainda mais de azul o seu nome repetindo o feito histórico do time de 2003.
- Agora, só temos a Copa do Brasil para pensar. Somos bicampeões do Brasileiro e vamos atrás da Tríplice Coroa para essa torcida. Podem ter certeza que vamos dar o nosso máximo para conseguir a virada. Não tem cansaço, é entrega total.
Com 114 jogos, 24 gols e uma penca de assistências com a camisa do Cruzeiro, Éverton Ribeiro não para. Se a virada contra o Galo depois de perder por 2 a 0 no jogo de ida é complicada, põe na conta do craque. Ele já está acostumado a decidir.
Everton Ribeiro participa muito da partida:
levanta oito bolas na área e faz um gol
(Foto: Washington Alves / Light Press)
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