Técnico do Leão avalia que não foi uma partida ruim, mas que erros que não costumavam aparecer foram decisivos para o revés diante do Joinville
Dos
últimos 18 pontos disputados na Série B, o Avaí conquistou apenas três.
A queda de produção ligou o alerta há muito tempo no Leão, que nesta
sexta-feira acumulou nova derrota. Diante do Joinville, na Ressacada,
teve muitas dificuldades e foi batido por 3 a 0 (veja os melhores momentos no vídeo).
Para
o técnico Geninho, a derrota tem um peso grande, independentemente de
ter ocorrido ante um rival estadual, mas pelo que significa dentro da
competição. O treinador, no entanto, reforçou que o momento não é de
desistir.
-
Eu acho que a derrota dói pela derrota em si, perder três pontos dentro
da sua casa, independente de ser o Joinville. Era um jogo em um momento
importante, as coisas estão se definindo. Você ter perdido o jogo dói,
desperdiçamos a chance de três pontos em casa, mas desistir, nunca –
reforçou.
O
Avaí volta a campo na próxima terça-feira, diante do Luverdense, em
Lucas do Rio Verde. Para a partida, Thiago Carleto é desfalque, expulso
contra o JEC.
Abaixo, confira a íntegra da entrevista coletiva de Geninho
Geninho vê o Avaí escorregar em "momento
importante" na Série B (Foto: Jamira
Furlani/Avaí FC)
Recuperação
Tem
que buscar, se você não tiver forças fica difícil, falamos no
vestiário. Se não tiver força, para agora. Ficou mais difícil do que em
outras rodadas, mas de repente podemos não depender mais das nossas
forças, você tem que esperar tropeços. É altamente preocupante o fato de
em seis jogos vencer só um e cometer os erros do passado. Eu não acho
que o Avaí fez um jogo muito ruim, pecamos em jogadas que sabíamos que o
adversário faria. Não foi diferente do que eles vêm fazendo nos últimos
jogos, marcação e bolas enfiadas.
O
grande problema do Avaí é a incapacidade de fazer gol. Se não tem
achado uma bola parada, não faz gol. E em um campeonato difícil, é
complicado, você martela e não bota para dentro. Se não faz, não vence.
Temos dificuldades de transformar o volume em gols e isso é preocupante.
Você tem uma reta em que precisa de vitórias.
Tem
que mudar, alguma coisa tem que mudar em relação ao que a gente está
fazendo. É difícil, mas não é impossível. Estou tentando de todas as
maneiras, dou chances, jogo com três atacantes, pela produção em treino,
não podemos demorar a encaixar. Todos os jogos, em casa e fora, tem que
buscar pontos. É preocupante a situação de não fazer os gols, mas
desistir, nunca. Com certeza vou passar a noite acordado pensando nisso,
temos dois dias para treinar e fazer o jogo contra o Luverdense.
Quem
sabe, não desaprende. Quem anda de bicicleta, anda de bicicleta em
qualquer hora. Quem fez aquela performance de 12 jogos sem perder, ele
pode voltar. Se não tivesse jogado nada no campeonato ou oscilado, era
mais difícil, mas nenhum time faz 12 jogos sem perder. Alguma qualidade
de bom o Avaí tinha. Um time com aquela performance não pode terminar de
forma melancólica. Vamos continuar, mesmo que a gente saia do G-4, não
vamos ficar distantes, tem que lutar. É nessa hora que você mostra
força, entregar é típico do covarde. Nessa hora cada um tenta buscar
soluções e faço com quem trabalhe comigo pense nisso.
Eu
estava conversando com o departamento médico. O Roberto ainda não,
talvez contra o Oeste. O Bruno Maia parece que teve estiramento. O Pablo
vai ser reavaliado no domingo, mas dificilmente tem condição de jogo, a
mesma situação com Marquinhos e Eduardo Costa, que reclamaram de dores
no joelho. O Pablo tem uma chance pequena, ele tem uma lesão pequena,
mas se essa lesão não estiver cicatrizada, pode perder ele para o resto
do campeonato.
O
grupo tenta, eu tenho que elogiar em relação ao que você passa. Ruim
quando você vê rebeldia, não faz o que o treinador pede. Em alguns jogos
temos vacilado, a marcação da bola parada, estamos cometendo alguns
erros de posicionamento. Mas não posso falar nada em relação ao
desempenho do grupo. Com a minha situação eu não me preocupo, em sair ou
não. Se alguém achar que não estou ajudando, eu saio. Se acharem que
posso ajudar, eu continuo. E não fico só por ficar, eu fico enquanto eu
acho que posso ajudar. Eu me preocupo em relação ao Avaí, não ao
Geninho.
Seria
muito bom, é uma dupla afinada, os titulares, com uma performance boa
na retaguarda e também na frente. Você ganharia em poder defensivo e
ofensivo. Quando a coisa está ruim, tudo acontece. Tivemos o problema do
Antonio, que ninguém esperava e a lesão do Pablo. Não sei se terei os
dois tão rápido.
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