sábado, 25 de outubro de 2014

Geninho admite dor de perder em casa, mas garante: “Desistir, nunca”

Técnico do Leão avalia que não foi uma partida ruim, mas que erros que não costumavam aparecer foram decisivos para o revés diante do Joinville


Por Florianópolis



Dos últimos 18 pontos disputados na Série B, o Avaí conquistou apenas três. A queda de produção ligou o alerta há muito tempo no Leão, que nesta sexta-feira acumulou nova derrota. Diante do Joinville, na Ressacada, teve muitas dificuldades e foi batido por 3 a 0 (veja os melhores momentos no vídeo). 

Para o técnico Geninho, a derrota tem um peso grande, independentemente de ter ocorrido ante um rival estadual, mas pelo que significa dentro da competição. O treinador, no entanto, reforçou que o momento não é de desistir. 

- Eu acho que a derrota dói pela derrota em si, perder três pontos dentro da sua casa, independente de ser o Joinville. Era um jogo em um momento importante, as coisas estão se definindo. Você ter perdido o jogo dói, desperdiçamos a chance de três pontos em casa, mas desistir, nunca – reforçou. 


O Avaí volta a campo na próxima terça-feira, diante do Luverdense, em Lucas do Rio Verde. Para a partida, Thiago Carleto é desfalque, expulso contra o JEC. 
Abaixo, confira a íntegra da entrevista coletiva de Geninho

Geninho Avaí (Foto: Jamira Furlani/Avaí FC)
Geninho vê o Avaí escorregar em "momento 
importante" na Série B (Foto: Jamira 
Furlani/Avaí FC)


Recuperação
Tem que buscar, se você não tiver forças fica difícil, falamos no vestiário. Se não tiver força, para agora. Ficou mais difícil do que em outras rodadas, mas de repente podemos não depender mais das nossas forças, você tem que esperar tropeços. É altamente preocupante o fato de em seis jogos vencer só um e cometer os erros do passado. Eu não acho que o Avaí fez um jogo muito ruim, pecamos em jogadas que sabíamos que o adversário faria. Não foi diferente do que eles vêm fazendo nos últimos jogos, marcação e bolas enfiadas. 


Dificuldade em fazer gols 
O grande problema do Avaí é a incapacidade de fazer gol. Se não tem achado uma bola parada, não faz gol. E em um campeonato difícil, é complicado, você martela e não bota para dentro. Se não faz, não vence. Temos dificuldades de transformar o volume em gols e isso é preocupante. Você tem uma reta em que precisa de vitórias. 


O que mudar no ataque 
Tem que mudar, alguma coisa tem que mudar em relação ao que a gente está fazendo. É difícil, mas não é impossível. Estou tentando de todas as maneiras, dou chances, jogo com três atacantes, pela produção em treino, não podemos demorar a encaixar. Todos os jogos, em casa e fora, tem que buscar pontos. É preocupante a situação de não fazer os gols, mas desistir, nunca. Com certeza vou passar a noite acordado pensando nisso, temos dois dias para treinar e fazer o jogo contra o Luverdense. 


O que faz acreditar 
Quem sabe, não desaprende. Quem anda de bicicleta, anda de bicicleta em qualquer hora. Quem fez aquela performance de 12 jogos sem perder, ele pode voltar. Se não tivesse jogado nada no campeonato ou oscilado, era mais difícil, mas nenhum time faz 12 jogos sem perder. Alguma qualidade de bom o Avaí tinha. Um time com aquela performance não pode terminar de forma melancólica. Vamos continuar, mesmo que a gente saia do G-4, não vamos ficar distantes, tem que lutar. É nessa hora que você mostra força, entregar é típico do covarde. Nessa hora cada um tenta buscar soluções e faço com quem trabalhe comigo pense nisso. 


Jogadores no departamento médico 
Eu estava conversando com o departamento médico. O Roberto ainda não, talvez contra o Oeste. O Bruno Maia parece que teve estiramento. O Pablo vai ser reavaliado no domingo, mas dificilmente tem condição de jogo, a mesma situação com Marquinhos e Eduardo Costa, que reclamaram de dores no joelho. O Pablo tem uma chance pequena, ele tem uma lesão pequena, mas se essa lesão não estiver cicatrizada, pode perder ele para o resto do campeonato.


Permanência no cargo 
O grupo tenta, eu tenho que elogiar em relação ao que você passa. Ruim quando você vê rebeldia, não faz o que o treinador pede. Em alguns jogos temos vacilado, a marcação da bola parada, estamos cometendo alguns erros de posicionamento. Mas não posso falar nada em relação ao desempenho do grupo. Com a minha situação eu não me preocupo, em sair ou não. Se alguém achar que não estou ajudando, eu saio. Se acharem que posso ajudar, eu continuo. E não fico só por ficar, eu fico enquanto eu acho que posso ajudar. Eu me preocupo em relação ao Avaí, não ao Geninho. 


Poder contar com a dupla Pablo e Antonio Carlos 
Seria muito bom, é uma dupla afinada, os titulares, com uma performance boa na retaguarda e também na frente. Você ganharia em poder defensivo e ofensivo. Quando a coisa está ruim, tudo acontece. Tivemos o problema do Antonio, que ninguém esperava e a lesão do Pablo. Não sei se terei os dois tão rápido.




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