Advogado Barry Roux foca sua argumentação nas atitudes positivas do atleta. Acusação diz que questões contratuais obrigavam o corredor a ser generoso
Oscar Pistorius
voltou ao tribunal de Pretória nesta terça-feira para mais um dia de
argumentações no caso do assassinato de sua namorada Reeva Steenkmap, no
ano passado, em uma semana que o atleta sul-africano espera, enfim,
ouvir sua sentença. Na continuação do que foi iniciado na segunda-feira,
a defesa focou sua argumentação na questão das obras de caridade que o
corredor ajudava, definindo-o como um sujeito carinhoso. Em
contrapartida, a promotoria desprezou os relatos do advogado de defesa,
Barry Roux, alegando que o fato é comum entre os esportistas mais
bem-sucedidos do mundo, que acabam ajudando instituições de caridade por
forças contratuais.
- É meramente um avanço de sua carreira para se envolver. Só estou dizendo que é uma coisa natural estar envolvido em trabalhos de caridade para os atletas, não é peculiar - afirmou Gerrie Nel.
Durante
o arrastado julgamento, as testemunhas de defesa continuaram a
responder às perguntas vindas do advogado de Pistorius e da acusação. A
assistente social Annette Vergeer demonstrou nervosismo em alguns
momentos, principalmente quando interpelada por Gerrie Nel, após
declarar que Oscar Pistorius na cadeia seria um risco à saúde do atleta.
- (Prendê-lo) não vai ajudá-lo, mas quebrá-lo como pessoa. Sua incapacidade e seu estado mental poderiam causar sua detenção, sem benefícios para ele, para a sociedade e para a família do falecido - disse Vergeer perante ao tribunal.
- Sua sentença é inadequadamente chocante - retrucou Nel.
O promotor da República revelou que a família de Reeva recusou uma oferta de Oscar Pistorius na casa dos £ 25 000 (R$ 96.057,50), que viria da venda do carro do desportista, por considerar que o dinheiro é "manchado de sangue". Nel ainda disse que a família vai devolver "cada centavo" dos salários mensais pagos por Pistorius.
A sessão segue nesta quarta-feira, ainda com a presença de Vergeer, quarta testemunha de defesa. Depois dela, a acusação vai apresentar outras duas, antes da sentença final.
Na sessão da segunda-feira, que marcou o retorno do astro paralímpico ao tribunal, três testemunhas foram ouvidas. A primeira foi a psicóloga pessoal de Pistorius, Lore Hartzenberg, que apontou o atleta como um homem devastado, emotivo e com remorso.
Em seguida, foi a vez do assistente social Joel Maringa. Ele recomendou que Pistorius sofresse a pena de prisão domiciliar por três anos, cumprindo 16 horas de serviço comunitário por mês. A sugestão foi tratada como imprópria pelo promotor Gerrie Nel.
O empresário de Oscar Pistorius, Peet Van Zyl, também falou brevemente sobre os feitos do paralímpico, listando para a a corte trabalhos de caridade, além de detalhes de sua carreira nas pistas.
No mês passado, a juíza responsável pelo caso de Pistorius, Thokozile Masipa, anunciou o seu veredito do episódio que chamou a
atenção do mundo desde o ano passado. Primeiramente, a corte inocentou astro paralímpico das acusações de assassinar de forma premeditada a namorada
Reeva Steenkamp. Depois, o tribunal o declarou culpado por
homicídio culposo, em que não há a intenção de matar.
Além da morte de Reeva, Oscar Pistorius foi julgado por outras três acusações: disparo de arma de fogo em público através do teto solar de um carro em novembro de 2012; outro disparo de arma de fogo em público, em um restaurante em janeiro de 2013; e posse ilegal de munição. O atleta foi considerado culpado pelo segundo e inocentado nos demais.
Lembre o caso:
No dia 14 de fevereiro de 2013, Oscar Pistorius deixou sua casa em Pretória escoltado por autoridades como principal suspeito de matar a sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, naquela madrugada. Em depoimento, o atleta alegou que ouviu barulhos e efetuou os disparos de arma de fogo após confundir a companheira com um ladrão. A promotoria, no entanto, acredita que o crime foi premeditado e executado após uma discussão do casal. Após uma semana de audiências, no ano passado, o juiz Desmond Nair garantiu a fiança ao medalhista paralímpico e anunciou que ele responderia pela morte de Reeva em liberdade.
FONTE:
http://glo.bo/1CgT7uC
- É meramente um avanço de sua carreira para se envolver. Só estou dizendo que é uma coisa natural estar envolvido em trabalhos de caridade para os atletas, não é peculiar - afirmou Gerrie Nel.
Oscar Pistorius esfrega o rosto
durante o julgamento desta terça-
feira (Foto: Reuters)
- (Prendê-lo) não vai ajudá-lo, mas quebrá-lo como pessoa. Sua incapacidade e seu estado mental poderiam causar sua detenção, sem benefícios para ele, para a sociedade e para a família do falecido - disse Vergeer perante ao tribunal.
- Sua sentença é inadequadamente chocante - retrucou Nel.
O promotor da República revelou que a família de Reeva recusou uma oferta de Oscar Pistorius na casa dos £ 25 000 (R$ 96.057,50), que viria da venda do carro do desportista, por considerar que o dinheiro é "manchado de sangue". Nel ainda disse que a família vai devolver "cada centavo" dos salários mensais pagos por Pistorius.
A sessão segue nesta quarta-feira, ainda com a presença de Vergeer, quarta testemunha de defesa. Depois dela, a acusação vai apresentar outras duas, antes da sentença final.
Oscar Pistorius no julgamento recebe
o apoio do irmão, Carl Pistorius,
ao fundo (Foto: Reuters)
Na sessão da segunda-feira, que marcou o retorno do astro paralímpico ao tribunal, três testemunhas foram ouvidas. A primeira foi a psicóloga pessoal de Pistorius, Lore Hartzenberg, que apontou o atleta como um homem devastado, emotivo e com remorso.
Em seguida, foi a vez do assistente social Joel Maringa. Ele recomendou que Pistorius sofresse a pena de prisão domiciliar por três anos, cumprindo 16 horas de serviço comunitário por mês. A sugestão foi tratada como imprópria pelo promotor Gerrie Nel.
O empresário de Oscar Pistorius, Peet Van Zyl, também falou brevemente sobre os feitos do paralímpico, listando para a a corte trabalhos de caridade, além de detalhes de sua carreira nas pistas.
A sentença do atleta deve sair ainda nesta semana (Foto: Reuters)
Além da morte de Reeva, Oscar Pistorius foi julgado por outras três acusações: disparo de arma de fogo em público através do teto solar de um carro em novembro de 2012; outro disparo de arma de fogo em público, em um restaurante em janeiro de 2013; e posse ilegal de munição. O atleta foi considerado culpado pelo segundo e inocentado nos demais.
Lembre o caso:
No dia 14 de fevereiro de 2013, Oscar Pistorius deixou sua casa em Pretória escoltado por autoridades como principal suspeito de matar a sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, naquela madrugada. Em depoimento, o atleta alegou que ouviu barulhos e efetuou os disparos de arma de fogo após confundir a companheira com um ladrão. A promotoria, no entanto, acredita que o crime foi premeditado e executado após uma discussão do casal. Após uma semana de audiências, no ano passado, o juiz Desmond Nair garantiu a fiança ao medalhista paralímpico e anunciou que ele responderia pela morte de Reeva em liberdade.
FONTE:
http://glo.bo/1CgT7uC
Nenhum comentário:
Postar um comentário