Raymond Whelan foi solto na madrugada desta terça no Rio. Ele é diretor de empresa que tem contrato com a Fifa para venda de entradas do Mundial
O habeas corpus foi concedido pela desembargadora Marília de Castro Vieira, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). A soltura do inglês dependia da chegada à delegacia do oficial de justiça com o alvará, o que aconteceu no decorrer da madrugada. O passaporte de Raymond Whelan, que não havia sido entregue à polícia, foi entregue pelos advogados durante a noite, segundo eles para mostrar que não havia qualquer intenção de seu cliente de deixar o pais.
Raymond Whelan tem 64 anos e é consultor executivo da Match Services, empresa que tem contrato com a Fifa para comercialização de bilhetes do Mundial até 2023. Ele estava hospedado no Copacabana Palace onde os agentes encontraram 82 ingressos do torneio, vips e comuns, além de um computador e um celular em seu quarto durante o procedimento de busca e apreensão. Ele teve seu passaporte apreendido e tinha a prisão temporária de cinco dias decretada.
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De acordo com as informações da polícia, Ray é o facilitador de uma quadrilha chefiada pelo empresário argelino Mohamadou Lamine Fofana, detido na semana passada - no celular de Fofana, seu número estava salvo como Ray Brasil. Segundo o delegado Fábio Barucke, responsável pelo caso, Whelan foi flagrado em escutas telefônicas - autorizadas pela justiça - negociando ingressos com o argelino.
Pelo artigo 41-G do Estatuto do Torcedor, a pena para o crime de "fornecer, desviar ou facilitar a distribuição de ingressos para venda por preço superior ao estampado no bilhete" é de dois a quatro anos de prisão, além de multa. Em nota oficial, a Fifa afirmou que "continua colaborando plenamente com as autoridades locais e fornecerá todos os detalhes solicitados para auxiliar nesta investigação em andamento".
Ray Whelan foi preso no
Capacabana Palace,
hotel em que estava
hospedado (Fábio
Motta / Agência Estado)
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