Caso não marque contra Gana nesta quinta-feira, em Brasília, camisa 7 de Portugal deixará Copa sem gols, assim como aconteceu com outros três melhores do mundo
O
fantasma apareceu em 2002. Repetiu a eficiência quatro anos depois. Foi
persistente na África do Sul em 2010. Resta a Cristiano Ronaldo
exterminá-lo. A partir das 13h desta quinta-feira, o maior craque da
atualidade joga não só para garantir Portugal nas oitavas de final, mas
também por Luis Figo, Ronaldinho Gaúcho e Messi. O gajo entra em campo
para corrigir uma injustiça temporal que assola os últimos vencedores do
prêmio de melhor jogador do mundo em anos de Copas. Todos eles deixaram
o torneio sem gols. Cabe a CR7 acabar com isso.
A maldição, na verdade, começou nos Estados Unidos em 1994, quando Roberto Baggio chutou por cima do travessão a chance de ser o herói do tetracampeonato mundial. Na Copa seguinte, um mal-estar horas antes da final tirou de Ronaldo a chance de acabar com a história antes que ela se fortalecesse. Os dois só têm um alento em relação aos sucessores: marcaram gols, lideraram as duas equipes e alcançaram a decisão, trajetória bem diferente dos demais.
Esperança portuguesa em 2002, Figo naufragou ainda na primeira fase, ao ser eliminado para Coreia do Sul e Estados Unidos. O meia era o craque mais badalado do planeta pelos feitos com o Real Madrid, mas não repetiu as atuações com a camisa da seleção, vista antes da Copa como candidata à sensação. Não foi, muito por causa da ausência do camisa 7.
O que parecia um acidente de percurso virou tradição em 2006. Na pele de melhor do mundo, Ronaldinho sucumbiu com o badalado quadrado mágico do Brasil (completado por Kaká, Adriano e Ronaldo). Limitou-se a passes laterais e deixou a magia no Barcelona, por quem tinha vencido tudo nos dois anos anteriores. Se antes do Mundial falava-se que o Gaúcho alcançaria Pelé, a análise pareceu absurda após o sumiço do camisa 10 contra a França, nas quartas de final.
O número também não deu sorte a Lionel Messi na Copa da África do Sul, em 2010. Líder de uma seleção argentina pouco inspirada, La Pulga bem que tentou. Foi o que mais finalizou entre os comandados de Maradona, mas não conseguiu acabar com a sina. Culpa dos goleiros e dessa maldição. Despediu-se nas quartas de final contra a Alemanha, quase aos prantos em campo e sem entender o que havia lhe acontecido. Genial no Barcelona, mas sem inspiração para comandar os hermanos.
É este peso que está nas costas de Cristiano Ronaldo, principal esperança de manter Portugal na Copa do Brasil. Após desbancar o rival argentino na eleição dos melhores do mundo, o craque português chegou ao auge com a camisa do Real Madrid, ao vencer a Liga dos Campeões. Mas a que custo? Assim como Figo, Ronaldinho e Messi, CR7 teve uma temporada desgastante do ponto de vista físico e paga o preço justamente no momento em que a seleção mais precisa.
O camisa 7 ainda tem uma chance de superar os antecessores. Um gol contra Gana pode não ser suficiente para manter o país no Mundial, mas serve para enfatizar o quanto Ronaldo é diferente dos outros. Mostrar, ele já mostrou que é acima da média. Agora, é hora de comprovar.
Cristiano Ronaldo joga por fim de maldição que
assola os últimos melhores jogadores do mundo
(Foto: Getty Images)
A maldição, na verdade, começou nos Estados Unidos em 1994, quando Roberto Baggio chutou por cima do travessão a chance de ser o herói do tetracampeonato mundial. Na Copa seguinte, um mal-estar horas antes da final tirou de Ronaldo a chance de acabar com a história antes que ela se fortalecesse. Os dois só têm um alento em relação aos sucessores: marcaram gols, lideraram as duas equipes e alcançaram a decisão, trajetória bem diferente dos demais.
Esperança portuguesa em 2002, Figo naufragou ainda na primeira fase, ao ser eliminado para Coreia do Sul e Estados Unidos. O meia era o craque mais badalado do planeta pelos feitos com o Real Madrid, mas não repetiu as atuações com a camisa da seleção, vista antes da Copa como candidata à sensação. Não foi, muito por causa da ausência do camisa 7.
O que parecia um acidente de percurso virou tradição em 2006. Na pele de melhor do mundo, Ronaldinho sucumbiu com o badalado quadrado mágico do Brasil (completado por Kaká, Adriano e Ronaldo). Limitou-se a passes laterais e deixou a magia no Barcelona, por quem tinha vencido tudo nos dois anos anteriores. Se antes do Mundial falava-se que o Gaúcho alcançaria Pelé, a análise pareceu absurda após o sumiço do camisa 10 contra a França, nas quartas de final.
Messi e Ronaldinho passam Copa em branco
depois de serem eleitos pela Fifa: azar de
sobra (Foto: Getty Images)
O número também não deu sorte a Lionel Messi na Copa da África do Sul, em 2010. Líder de uma seleção argentina pouco inspirada, La Pulga bem que tentou. Foi o que mais finalizou entre os comandados de Maradona, mas não conseguiu acabar com a sina. Culpa dos goleiros e dessa maldição. Despediu-se nas quartas de final contra a Alemanha, quase aos prantos em campo e sem entender o que havia lhe acontecido. Genial no Barcelona, mas sem inspiração para comandar os hermanos.
É este peso que está nas costas de Cristiano Ronaldo, principal esperança de manter Portugal na Copa do Brasil. Após desbancar o rival argentino na eleição dos melhores do mundo, o craque português chegou ao auge com a camisa do Real Madrid, ao vencer a Liga dos Campeões. Mas a que custo? Assim como Figo, Ronaldinho e Messi, CR7 teve uma temporada desgastante do ponto de vista físico e paga o preço justamente no momento em que a seleção mais precisa.
O camisa 7 ainda tem uma chance de superar os antecessores. Um gol contra Gana pode não ser suficiente para manter o país no Mundial, mas serve para enfatizar o quanto Ronaldo é diferente dos outros. Mostrar, ele já mostrou que é acima da média. Agora, é hora de comprovar.
Craque português só tem dois gols em Copas,
ambos marcados em 2006, quando ainda era um
garoto (Foto: Reuters)
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