Temporada que abriu novo ciclo olímpico foi de conquistas nos mais diversos esportes
Era o primeiro. Talvez por isso as previsões apontassem expectativas mais tímidas, até um tanto temerosas. Ao deixar Londres com algumas decepções, o Brasil se preparou para um ano de poucas glórias. Mas, no passo inicial rumo aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, os resultados superaram o esperado, nos esportes mais variados. Foi um ano de vitórias nas águas, com Cesar Cielo, Poliana Okimoto, Robert Scheidt, Jorge Zarif e Isaquias Queiroz . Também foi um ano de conquistas nas quadras de vôlei, com a seleção feminina e as novas rainhas da areia, Talita e Taiana. Houve espaço para a ginástica, com Arthur Zanetti; para o atletismo, com Alan Fonteles ; e para o judô, com Rafaela Silva . Já no fim do ano, o handebol deu ainda mais grandeza à temporada com a vitória no Mundial da Sérvia. Em um 2013 com oito títulos mundiais, com 27 medalhas no total, o esporte brasileiro ganha fôlego e confiança para encarar os passos seguintes rumo ao ano mais importante da história.
- Eu acho que o brasileiro acordou e viu que 2016 é a nossa chance. Começamos o ciclo olímpico da melhor forma possível. Não poderia ter sido melhor. Acho que o primeiro passo foi dado e foi realmente muito vitorioso. Espero que 2014 seja melhor, 2015 melhor ainda, e que em 2016 consigamos dar um show no Rio. Estamos no caminho certo, e esse ano foi uma prova disso - disse Cielo.
Cesar Cielo
Cesar Cielo brinca com suas medalhas de ouro em Barcelona (Foto: Satiro Sodré/CBDA)
- Foi um ano de superação. Tive de superar as cirurgias nos joelhos, um ano olímpico não muito bom. Então, tive de ter paciência para conquistar o que queria conquistar e soltar toda a energia do estresse que passei. Foi um ano de superação e que me dá confiança para os próximos anos.
Poliana Okimoto
Assim como Cielo, Poliana deixou Londres com uma sensação amarga. Por conta de uma hipotermia, a maratonista aquática abandonou a prova dos 10km quando era uma das favoritas. As críticas vieram, mas a atleta soube reagir. No Mundial de Barcelona, saiu com três medalhas, uma de cada cor. Nos 5km, ficou com a prata. Dias depois, em sua principal prova, os 10km, conquistou o ouro. Na prova por equipes, ainda conseguiu o bronze, garantindo um desempenho espetacular do país na modalidade. Foi considerada a melhor do mundo por uma revista americana e terminou 2013 eleita como a melhor atleta olímpica do Brasil.
Poliana Okimoto mostra medalhas conquistadas
em Barcelona (Foto: Satiro Sodré / CBDA)
Arthur Zanetti
Zanetti entrou em 2013 com o desafio de se manter no topo. Ouro nos Jogos de Londres, o grande nome da ginástica brasileira da atualidade tinha a missão de garantir mais uma conquista no Mundial da Antuérpia. Lá, o Rei das Argolas voltou a dominar seus rivais. Depois de um período de declarações polêmicas, dando a entender, inclusive, que poderia disputar os Jogos de 2016 por outro país por conta da falta de apoio, o ginasta brilhou e garantiu o título mundial, além do ouro em todas as outras competições que disputou no ano.
Vôlei feminino
Logo no início do ano, José Roberto Guimarães alertava: será um ano irregular. Não foi. Depois da conquista do bicampeonato olímpico em Londres, as meninas voltaram a dominar as quadras em 2013. Na temporada, a seleção conquistou absolutamente tudo o que disputou. Foram cinco títulos no total: os torneios de Montreux e Alassio, o Grand Prix, o Sul-Americano e a Copa dos Campeões. Eleita melhor do ano, Thaisa festejou o desempenho da equipe logo no primeiro passo do ciclo olímpico, mas ressalta que ainda há muito o que fazer rumo a 2016.
- É bom que começamos o ciclo olímpico confiantes, mas temos de colocar o pé no chão. Temos ficar cada vez melhores. Temos de treinar muito, porque será cada vez mais complicado.
<sup>Seleção festeja título do Grand Prix
</sup>(Foto: Agência AP)
Robert Scheidt
Scheidt festeja título na Vela (Foto: Divulgação)
Jorge Zarif
Foi um ano de afirmação para uma das maiores promessas da vela brasileira. Em julho, Jorge Zarif conquistou o Mundial júnior da classe Finn. Um mês depois, deu fim a um jejum de 41 anos ao vencer o Mundial adulto da mesma categoria. Encarado como uma das maiores apostas para os Jogos de 2016, o velejador, de 20 anos, ainda fechou o ano como melhor atleta olímpico do país. Depois de fazer campanha na faculdade, superou os favoritos Cesar Cielo e Arthur Zanetti para ficar com prêmio.
Jorge Zarif conquistou o Mundial da classe Finn
(Foto: Marcos Guerra)
Alan Fonteles
Fonteles brilhou no Mundial de Atletismo em Lyon (Foto: Marcio Rodrigues / Mpix / Cpb)
Isaquias Queiroz
Foi um ano de conquistas para o jovem baiano. No Mundial de Canoagem Velocidade e Para canoagem, realizado em Duisburg, na Alemanha, Isaquias foi campeão da prova C1 Masculino 500m. Lá, também levou o bronze nos 1.000m, prova que está no programa dos Jogos Olímpicos de 2016. O atleta chegou a reclamar da falta de reconhecimento depois das conquistas, mas voltou atrás e se mostrou confiante para os próximos anos antes do maior evento do esporte, no Rio de Janeiro.
Isaquias Queiroz conquistou o bronze no
Mundial de Canoagem em Duisburg,
Alemanha (Foto: Divulgação)
Taiana e Talita
Talita e a parceira Taiana tiveram um ano
perfeito (Foto: Divulgação)
Rafaela Silva
Rafaela Silva foi campeã mundial (Foto: Fotocom)
Handebol
O final de 2013 guardou uma das melhores surpresas do ano. Nas últimas competições, com o dinamarquês Morten Souback à frente, a seleção de handebol mostrou uma evolução admirável. Mas, em dezembro, as meninas da equipe deram um passo à frente. Com uma campanha admirável na Sérvia, conquistaram o inédito título mundial, elevando a equipe a um novo patamar.
Brasil festeja título no pódio (Foto:
Cinara Piccolo / Photo&Grafia)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2014/01/retrospectiva-2013-pais-festeja-titulos-mundiais-no-primeiro-passo-para-2016.html
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