Time baiano já carimbou o rebaixamento de dois times desde que voltou para a Série A. No Brasileirão de1996, Esquadrão foi responsável por degola da equipe carioca
No domingo, a equipe das Laranjeiras vai até a Fonte Nova, em Salvador, para encarar o Bahia, rival que já não tem grandes ambições na Série A, mas que nos últimos anos se tornou o "fiel da balança" do Z-4. Uma espécie de carrasco que aguarda fielmente a ordem para executar a próxima vítima.
Bahia tem histórico de selar rebaixamentos para a
Segundona (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Segundona (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Desde que voltou para a elite do futebol nacional, em 2010, o Bahia selou o rebaixamento de duas equipes para a Série B do Campeonato Brasileiro. Em 2011, o Tricolor baiano encarou o Ceará na última rodada da competição nacional. O Alvinegro precisava desesperadamente de um triunfo, além de torcer contra rivais diretos – situação semelhante à do Fluminense na atual edição do Brasileirão. Impiedoso, o Bahia não se comoveu com a situação do rival e venceu o jogo no estádio de Pituaçu por 2 a 1, resultado que rebaixou o Vozão.
No
estádio, a torcida do Esquadrão fazia a festa e provocava os jogadores
do Ceará. A massa azul, vermelha e branca entoava o grito “Ão, ão, ão!
Segunda Divisão”, afronta que o torcedor do Fluminense certamente não
quer ouvir no próximo domingo. No ano de retorno à Série A, o time
baiano mostrava uma vocação para algoz até então desconhecida, mas que
se repetiria na temporada seguinte.
Em 2012, o Bahia
teve o Atlético-GO pela frente na última rodada do Brasileirão. Desta
vez, o adversário já estava rebaixado, mas o Tricolor, mesmo fora de
casa, colocou o último prego no caixão ao vencer o Dragão
. O grito do torcedor tricolor não se fez ouvir no Serra Dourada, mas
em Salvador, contudo, ele rugia como um ensurdecedor trovão. Tricolores
dos quatro cantos da capital baiana comemoravam a permanência do time na
Série A e a recém-adquirida fama de carrasco, que este ano pode se
efetivar de vez como uma marca, dessas que demoram para se apagar.
Neste domingo, o time de Cristóvão Borges
terá a chance de manter a fama de algoz impiedoso. O treinador já
reuniu o elenco e pediu seriedade para o jogo contra o Fluminense. O
time baiano sabe do desespero do adversário, mas não se importa. Tem
seus próprios planos para a competição. Terminar a Série A na parte de
cima da tabela de classificação pela primeira vez na era dos pontos
corridos virou uma meta. Não vale título, mas funciona como motivação
para o 'carrasco' do Brasileirão.
Torcida do Fluminense aguarda desfecho do Brasileirão (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
– É
o que esperamos e planejamos. Até porque, quando entramos em campo, não
entramos para perder ou empatar. Entramos com toda a seriedade, porque
nosso nome está em jogo. Então temos que ir sempre pensando em fazer o
nosso melhor. Mesmo não fazendo um bom campeonato, podemos chegar em
nono lugar, melhor colocação do clube nos pontos corridos. Então tenho
certeza de que o grupo está totalmente focado, totalmente determinado a
fazer um grande jogo no domingo, uma grande festa com o torcedor, para
que possamos conseguir uma vitória e a nona colocação, uma classificação
na parte de cima da tabela – assegurou o zagueiro Demerson, que não pretende perdoar os pecados do Fluminense no jogo da Fonte Nova.
O
técnico Cristóvão Borges garante que o Bahia encara o Fluminense com
força total. O treinador até fechou os treinos marcados para os dias que
precedem a partida. O machado do Tricolor baiano se aproxima do pescoço
do Fluminense, que pode começar a próxima semana degolado.
– Nós
vamos com o melhor que temos, para fazer uma grande festa e encerrar o
campeonato de forma bonita, porque os jogadores e a torcida merecem isso
– diz o treinador baiano, que não cansa de repetir que a torcida do
Bahia merece respeito e está à espera de um triunfo no domingo. Até a
noite da última terça-feira, mais de 18 mil ingressos haviam sido vendidos para o confronto.
01
de olho no passado
Não
é a primeira vez que Bahia e Fluminense ganham ares de protagonistas na
fuga do rebaixamento numa edição do Campeonato Brasileiro. Em 1996, o
time baiano não encarou o Tricolor das Laranjeiras na última rodada da
Série A, mas acabou se livrando e vendo o rival despencar para a Segunda
Divisão.
Na
ocasião, as duas equipes lutavam para escapar da zona de degola. Com 20
pontos, o Esquadrão de Aço era o primeiro time fora da área de corte.
Um ponto atrás, na penúltima colocação da tabela de classificação, o
Tricolor das Laranjeiras via o perigo da queda de muito perto – o
Brasileirão era disputado por 24 clubes, e apenas os dois últimos eram
rebaixados.
Para escapar, o Fluminense enfrentava o Vitória na última rodada. O jogo estava inicialmente programado para o Barradão. No entanto, o Rubro-Negro baiano transferiu o confronto para Cariacica, no Espírito Santo. A mudança foi vista com desconfiança pela torcida do Bahia.
Especulações sobre a facilitação da partida para rebaixar o rival vieram à tona, e o Tricolor das Laranjeiras aproveitou. Tupãzinho, Paulo Roberto e Leonardo marcaram para a equipe carioca, que venceu por 3 a 1, resultado que poderia livrar o time do rebaixamento em caso de derrota do Bahia.
O Bahia, entretanto, não perdeu. O time baiano encarou o Flamengo em São Januário e, pela segunda vez na história do competição, bateu o Rubro-Negro carioca fora de casa. O placar de 1 a 0, gol de Edmundo, salvou o Tricolor da Boa Terra da queda. Para deixar a torcida pó de arroz com uma pulga atrás da orelha, dois jogadores do Flamengo foram expulsos e Romário perdeu um pênalti no confronto, que efetivou o primeiro dos dois rebaixamentos do Fluminense para a Série B.
Clique aqui e assista a vídeos do BahiaPara escapar, o Fluminense enfrentava o Vitória na última rodada. O jogo estava inicialmente programado para o Barradão. No entanto, o Rubro-Negro baiano transferiu o confronto para Cariacica, no Espírito Santo. A mudança foi vista com desconfiança pela torcida do Bahia.
Especulações sobre a facilitação da partida para rebaixar o rival vieram à tona, e o Tricolor das Laranjeiras aproveitou. Tupãzinho, Paulo Roberto e Leonardo marcaram para a equipe carioca, que venceu por 3 a 1, resultado que poderia livrar o time do rebaixamento em caso de derrota do Bahia.
O Bahia, entretanto, não perdeu. O time baiano encarou o Flamengo em São Januário e, pela segunda vez na história do competição, bateu o Rubro-Negro carioca fora de casa. O placar de 1 a 0, gol de Edmundo, salvou o Tricolor da Boa Terra da queda. Para deixar a torcida pó de arroz com uma pulga atrás da orelha, dois jogadores do Flamengo foram expulsos e Romário perdeu um pênalti no confronto, que efetivou o primeiro dos dois rebaixamentos do Fluminense para a Série B.
FONTE
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/bahia/noticia/2013/12/com-destino-do-flu-nas-maos-bahia-pode-manter-historico-de-carrasco.html
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