Novo técnico tricolor é apresentado no Fazendão e diz que sabe das dificuldades atravessadas pelo clube no início da temporada 2013
O técnico
Cristóvão Borges mal chegou ao Bahia e já tem uma difícil missão pela frente: evitar uma campanha vexatória na Série A do Campeonato Brasileiro. O péssimo desempenho no primeiro semestre, com eliminações precoces na Copa do Nordeste e Copa do Brasil, além de uma caminhada desastrosa no Campeonato Baiano, colocam o Tricolor na condição de sério candidato ao rebaixamento antes mesmo do início da competição.
Apesar da crise e descrença da torcida, o novo comandante do Tricolor mantém a serenidade. Apresentado esta tarde no Fazendão, ao lado do presidente Marcelo Guimarães Filho e do diretor de futebol Anderson Barros, Cristóvão Borges disse que sabe das dificuldades em que o clube se encontra e avisou que o Bahia tem condições de sair do fundo do poço.
- Nós estamos chegando aqui para unir forças, porque sabemos das dificuldades. Sou cria daqui, conheço o clube e sei da força que tem. É um clube de tradição, que tem uma torcida impressionante. Estou muito feliz de estar qui como treinador e não tenho dúvidas de que vamos sair dessa. Teremos que ter dedicação total e já estamos trabalhando há algum tempo pra que a gente possa se recuperar - disse.
A sucessão de fracassos dentro de campo trouxe consequências para o elenco tricolor. Logo após a goleada sofrida para o Vitória, por 7 a 3, 14 jogadores foram dispensados pelo clube, entre eles o meia Paulo Rosales e o zagueiro Danny Morais. Às vésperas da estreia no Brasileirão, no domingo, contra o Criciúma, outros atletas podem deixar o Bahia, mas Cristóvão prefere não adiantar a possível lista de jogadores que não estão nos planos do clube.
- Já venho conversando com o presidente e com o Anderson Barros há alguns dias. Nomes não interessam agora, mas vamos tomar atitudes pertinentes a isso. Claro que a equipe precisa ser reforçada. O campeonato é duro e sabemos que precisamos ficar mais fortes. É necessário ter um grupo mais forte e maior para ter tranquilidade – avalia o novo comandante.
Além de comandar a reformulação do elenco, Cristóvão precisará conviver com os protestos da torcida do Bahia. Na semana passada, cerca de seis mil tricolores foram à Arena Fonte Nova para pedir a renúncia do presidente Marcelo Guimarães Filho e a democratização do clube. Para o treinador, a pressão da torcida em clube de massa não é novidade, já que ele treinou o Vasco entre 2011 e 2012.
- A responsabilidade é a mesma porque é clube de massa. A exigência e a pressão são as mesmas. Estou feliz de estar aqui e essas dificuldades nós vamos tentar sair. Sabemos que precisamos melhorar e vamos trabalhar para isso. O Bahia é um clube que tem força e tradição - declarou.
Cristóvão Borges era esperado em Salvador no último domingo para assistir ao Ba-Vi que deu o título de campeão baiano ao Vitória. No entanto, o técnico não conseguiu chegar a tempo em Salvador. Mesmo longe da capital baiana, o treinador afirma que viu o jogo pela TV e garante ter ficado empolgado com a atuação do time.
- O jogo de ontem me deu orgulho de ver, porque a gente sabe o que eles estavam vivendo. Cheguei aqui mais motivado, com mais confiança - disse.
Logo após a primeira coletiva como treinador do Bahia, Cristóvão Borges arregaçou as mangas e começou a trabalhar. Ele se reuniu com todo o elenco e depois comandou uma atividade com os jogadores que não atuaram no Ba-Vi do último domingo.
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