A CRÔNICA
por
Marcelo Hazan e Guto Marchiori
O Santos não foi brilhante. Longe disso. Jogou mal, demonstrou várias
deficiências, mas se superou. Arrancou o empate em 1 a 1 no tempo
normal, após sair em desvantagem no placar, e contou mais mais uma vez
com a estrela do goleiro Rafael nos pênaltis. Herói nas quartas de final
contra o Palmeiras, ele brilhou novamente e garantiu a classificação
alvinegra ao defender duas cobranças. O Peixe aguarda o vencedor do
clássico entre São Paulo e Corinthians, neste domingo, para saber quem
será o adversário na luta pelo inédito tetracampeonato estadual.
Roni, para o Mogi, e Edu Dracena, para o Santos, marcaram os gols no tempo normal. Nas penalidades, Cícero, André, Neymar, Léo e Edu Dracena marcaram para o Peixe (Miralles e Renê Júnior perderam). Pelo Mogi, Tiago Alves, Roger Gaúcho, Wagninho e Val converteram, mas Carlos Alberto, Juninho e Roni erraram.
Agora, o Mogi Mirim deve passar por uma reformulação. O time do interior só tem a Série C do Campeonato Brasileiro pela frente. Enquanto isso, o Santos volta as suas atenções para a segunda fase da Copa do Brasil. Na próxima quarta-feira, às 22h (de Brasília), enfrenta o Joinville-SC na Arena Joinville, no jogo de ida pela segunda fase da competição.
Mogi na frente
A expectativa de jogo aberto e lances de efeito dos dois lados ficou longe de ser confirmada no primeiro tempo. Ainda assim, o Mogi Mirim converteu a sua única oportunidade, mostrando por que tem o melhor ataque do estadual. Antes do gol do Sapão, perto do fim da etapa inicial, um jogo absolutamente equilibrado, mas nivelado por baixo.
Se o Santos não tinha lateral-direito de ofício e teve de improvisar o meia Felipe Anderson no setor, o Mogi conviveu com problema parecido. Mas no lado esquerdo. Logo aos seis minutos, João Paulo se machucou e foi substituído pelo volante Juninho.
Nada aconteceu nesse setor do campo. O jogo se concentrou do outro lado, com Neymar combinando jogadas com Cícero e Montillo pelo Santos, e o Mogi aproveitando a lentidão do veterano Léo, que não tem mais velocidade para acompanhar jogadores rápidos como Roni e Caramelo.
No Peixe, um zagueiro criou a principal chance da etapa inicial. Edu Dracena, logo aos três, aproveitou cruzamento de Miralles e cabeceou no contrapé de Daniel, que fez boa defesa. Miralles e Montillo, aliás, ficaram no quase em duas oportunidades, mas demoraram a definir os respectivos lances.
Empurrado por sua torcida, o Mogi Mirim rondava a área, conseguia faltas perigosas, mas não era efetivo nas finalizações. Faltava calibrar a mira. E isso aconteceu já no fim do primeiro tempo, aos 44 minutos. Pela direita do ataque, como sempre, atrás de Léo. Val cruzou na medida, e Roni se aproveitou da bobeira da zaga santista para completar para a rede. Explosão de alegria no lotado estádio Romildo Gomes Ferreira.
Muito vaiado e xingado pelos torcedores do Sapão, Neymar só assustou no fim da etapa inicial, em falta pela lateral esquerda defendida por Daniel. A sensação caipira foi para o vestiário na frente.
Rafael garante Peixe na final
No intervalo da semifinal, a torcida do Santos entrou em conflito com a Polícia Militar. Depois de dez minutos, os ânimos foram controlados, mas duas pessoas deixaram o estádio em uma ambulância. Quando a bola rolou, a deficiência santista na marcação pelo lado esquerdo da defesa continuou, e o Mogi cresceu de produção. Bem armada taticamente, a equipe de Dado Cavalcanti tinha a organização que faltava ao Alvinegro.
Em noite inspirada, o lateral-direito Caramelo quase achou novamente o caminho do gol pelo lado de Léo. Roger Gaúcho, ex-Peixe, só não ampliou porque foi travado na hora H por Edu Dracena. Na sequência, Montillo sentiu lesão na coxa esquerda ao dar uma arrancada e foi substituído por André. Assim, Neymar recuou para ajudar na armação, enquanto o centroavante formou dupla com Miralles na frente.
Uma mudança de posicionamento que não surtiu efeito. O Mogi seguia na pressão, comandando as ações, encurralando o Peixe e quase marcando com Henrique, que parou em Rafael. A intensidade e o volume do Sapão contrastavam com a desorganização santista. Mal posicionado, sem pegada, errando muitos passes, o Peixe dava a impressão de que não disputava uma decisão.
E como o futebol não é exato, foi neste momento que o time da Vila Belmiro empatou. Em falta cobrada por Neymar na intermediária, Cícero desviou, e Daniel salvou. No rebote, Miralles cruzou na medida, e Edu Dracena fez de cabeça, aos 31 minutos. Foi a primeira bola na rede do zagueiro, decisivo em mata-mata, neste ano.
O gol incendiou a torcida santista e silenciou os fãs do Sapão nos 15 minutos finais. O Mogi diminuiu o ritmo, cansou depois de tanta intensidade. Como o Peixe seguia sem a menor coordenação, a decisão acabou indo para os pênaltis. Na decisão, Rafael defendeu duas penalidades, batidas por Roni e Carlos Alberto, e garantiu o Peixe em mais uma final de Paulistão.
Roni, para o Mogi, e Edu Dracena, para o Santos, marcaram os gols no tempo normal. Nas penalidades, Cícero, André, Neymar, Léo e Edu Dracena marcaram para o Peixe (Miralles e Renê Júnior perderam). Pelo Mogi, Tiago Alves, Roger Gaúcho, Wagninho e Val converteram, mas Carlos Alberto, Juninho e Roni erraram.
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Emocionado com mais uma final de Paulista (desde que subiu para o
profissional, em 2009, ele nunca deixou de disputar uma decisão
estadual), Neymar se abaixou no gramado e pareceu chorar. Depois, saiu
correndo para para festejar com a torcida.Agora, o Mogi Mirim deve passar por uma reformulação. O time do interior só tem a Série C do Campeonato Brasileiro pela frente. Enquanto isso, o Santos volta as suas atenções para a segunda fase da Copa do Brasil. Na próxima quarta-feira, às 22h (de Brasília), enfrenta o Joinville-SC na Arena Joinville, no jogo de ida pela segunda fase da competição.
Edu Dracena festeja o gol de empate do Peixe contra o Mogi (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
A expectativa de jogo aberto e lances de efeito dos dois lados ficou longe de ser confirmada no primeiro tempo. Ainda assim, o Mogi Mirim converteu a sua única oportunidade, mostrando por que tem o melhor ataque do estadual. Antes do gol do Sapão, perto do fim da etapa inicial, um jogo absolutamente equilibrado, mas nivelado por baixo.
Se o Santos não tinha lateral-direito de ofício e teve de improvisar o meia Felipe Anderson no setor, o Mogi conviveu com problema parecido. Mas no lado esquerdo. Logo aos seis minutos, João Paulo se machucou e foi substituído pelo volante Juninho.
Nada aconteceu nesse setor do campo. O jogo se concentrou do outro lado, com Neymar combinando jogadas com Cícero e Montillo pelo Santos, e o Mogi aproveitando a lentidão do veterano Léo, que não tem mais velocidade para acompanhar jogadores rápidos como Roni e Caramelo.
No Peixe, um zagueiro criou a principal chance da etapa inicial. Edu Dracena, logo aos três, aproveitou cruzamento de Miralles e cabeceou no contrapé de Daniel, que fez boa defesa. Miralles e Montillo, aliás, ficaram no quase em duas oportunidades, mas demoraram a definir os respectivos lances.
Empurrado por sua torcida, o Mogi Mirim rondava a área, conseguia faltas perigosas, mas não era efetivo nas finalizações. Faltava calibrar a mira. E isso aconteceu já no fim do primeiro tempo, aos 44 minutos. Pela direita do ataque, como sempre, atrás de Léo. Val cruzou na medida, e Roni se aproveitou da bobeira da zaga santista para completar para a rede. Explosão de alegria no lotado estádio Romildo Gomes Ferreira.
Muito vaiado e xingado pelos torcedores do Sapão, Neymar só assustou no fim da etapa inicial, em falta pela lateral esquerda defendida por Daniel. A sensação caipira foi para o vestiário na frente.
Neymar faz festa após a classificação (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
No intervalo da semifinal, a torcida do Santos entrou em conflito com a Polícia Militar. Depois de dez minutos, os ânimos foram controlados, mas duas pessoas deixaram o estádio em uma ambulância. Quando a bola rolou, a deficiência santista na marcação pelo lado esquerdo da defesa continuou, e o Mogi cresceu de produção. Bem armada taticamente, a equipe de Dado Cavalcanti tinha a organização que faltava ao Alvinegro.
Em noite inspirada, o lateral-direito Caramelo quase achou novamente o caminho do gol pelo lado de Léo. Roger Gaúcho, ex-Peixe, só não ampliou porque foi travado na hora H por Edu Dracena. Na sequência, Montillo sentiu lesão na coxa esquerda ao dar uma arrancada e foi substituído por André. Assim, Neymar recuou para ajudar na armação, enquanto o centroavante formou dupla com Miralles na frente.
Uma mudança de posicionamento que não surtiu efeito. O Mogi seguia na pressão, comandando as ações, encurralando o Peixe e quase marcando com Henrique, que parou em Rafael. A intensidade e o volume do Sapão contrastavam com a desorganização santista. Mal posicionado, sem pegada, errando muitos passes, o Peixe dava a impressão de que não disputava uma decisão.
E como o futebol não é exato, foi neste momento que o time da Vila Belmiro empatou. Em falta cobrada por Neymar na intermediária, Cícero desviou, e Daniel salvou. No rebote, Miralles cruzou na medida, e Edu Dracena fez de cabeça, aos 31 minutos. Foi a primeira bola na rede do zagueiro, decisivo em mata-mata, neste ano.
O gol incendiou a torcida santista e silenciou os fãs do Sapão nos 15 minutos finais. O Mogi diminuiu o ritmo, cansou depois de tanta intensidade. Como o Peixe seguia sem a menor coordenação, a decisão acabou indo para os pênaltis. Na decisão, Rafael defendeu duas penalidades, batidas por Roni e Carlos Alberto, e garantiu o Peixe em mais uma final de Paulistão.
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