segunda-feira, 13 de maio de 2013

Galo atropela o Cruzeiro e fica muito próximo do bicampeonato mineiro


Sem dar chances ao adversário, Atlético-MG, sob o comando do craque Ronaldinho, faz 3 a 0 no Independência e encerra invencibilidade celeste

  • o nome do jogo
    Ronaldinho
    Como quase sempre acontece, o meia foi o maestro em campo. Com ótimos passes, deixou os companheiros na cara do gol e contribuiu para o placar.
  • deu errado
    marcação
    A defesa cruzeirense não conseguiu conter os avanços do ataque atleticano. Perdidos, os volantes e zagueiros sucumbiram ao time alvinegro.

  • como fica
    vantagem
    Com o resultado, o Galo pode até perder por dois gols de diferença para ganhar o título mineiro, o segundo consecutivo, sob o comando de Cuca.
A CRÔNICA

por GLOBOESPORTE.COM

Um estava invicto no Independência havia 33 jogos. O outro mantinha a sua invencibilidade na temporada, com 14 vitórias e um empate. Os retrospectos indicavam um jogo equilibrado, repleto de grandes lances e gols para os dois lados, mas não foi o que aconteceu. A primeira partida da decisão do Campeonato Mineiro, neste domingo, teve o Atlético-MG dominando o Cruzeiro e vencendo por 3 a 0 - placar que poderia ser ainda maior, dadas as chances incríveis perdidas.

Após a vitória sobre o São Paulo por 4 a 1, pela Taça Libertadores, o Galo ratificou a grande fase vivida na temporada e não tomou conhecimento do adversário. Jô, no primeiro tempo, e Tardelli e Marcos Rocha, no segundo, marcaram os gols da vitória. O Cruzeiro teve Bruno Rodrigo expulso e atuou quase todo o segundo tempo com um jogador a menos.

O Atlético-MG poderá até perder por dois gols de diferença na segunda partida e ainda assim garantirá o título mineiro, o segundo consecutivo. As equipes voltarão a se encontrar no próximo domingo, às 16h (de Brasília), no Mineirão. A torcida do Cruzeiro será maioria no estádio, com direito a 90% dos ingressos. Aos torcedores do Galo restarão 10%.

Jô e Tardeli comemoram, Altético-MG x Cruzeiro (Foto: Cristiane Mattos/Agência Estado)Jô e Tardeli comemoram gol sobre o Cruzeiro (Foto: Cristiane Mattos / Agência Estado)

Ronaldinho Gaúcho, mais uma vez, comandou o Galo. Antes do jogo, esteve com a mãe, Dona Miguelina, e, assim que o juiz apitou o início da partida, com passes precisos, colocou os companheiros na cara do gol e se tornou o pesadelo dos zagueiros celestes. Os dois primeiros gols partiram dos pés dele. A torcida atleticana, em grande maioria no estádio, já que apenas 10% dos ingressos foram destinados aos cruzeirenses, vibrou muito, empurrou o time e soltou o grito de "é campeão". O público foi de 19.442 pagantes, com R$ 704.210 de renda.

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- Temos que continuar respeitando o adversário. Mas melhoramos. Não fizemos como na Libertadores, quando deixamos para o segundo jogo. Estou muito feliz pela atuação da equipe e pela minha própria atuação - afirmou Ronaldinho Gaúcho.

A arbitragem foi um capítulo à parte. Os atleticanos reclamaram muito de Luiz Flávio Oliveira, que não teria marcado três pênaltis para o Galo, no primeiro tempo. No segundo, expulsou Bruno Rodrigo, aos oito minutos. Com cãimbras, na segunda etapa, teve que deixar o campo e foi substituído por Pablo Santos, que conduziu a partida nos últimos 15 minutos.

Ficou barato

Mesmo no Independência, o Cruzeiro começou melhor e pressionou bastante. Porém, foi uma falsa impressão, por apenas cinco minutos. A partir daí, só deu Atlético-MG. O time passou a se impor, criou inúmeras chances e somente não goleou por falhas nas finalizações. Foram pelo menos seis oportunidades claríssimas de marcar. Fábio, feito um louco, cobrava mais empenho da defesa cruzeirense, completamente perdida em campo. Ronaldinho, com extrema liberdade, conduzia o Atlético-MG sobre o rival.

O primeiro gol do Galo saiu aos 14 minutos. Everton, pela esquerda, tinha a bola dominada, mas bobeou e perdeu-a para Marcos Rocha. Com a defesa desarrumada, o Atlético-MG aproveitou. O lateral tocou para Ronaldinho, que, de primeira, encontrou Jô dentro da área. O atacante dominou com a direita e tocou com a esquerda, para o fundo das redes de Fábio.

Os atleticanos ainda reclamaram de três penalidades não marcadas pelo árbitro Luiz Flávio Oliveira. Em pelo menos dois lances, tinham razão. No primeiro, Ronaldinho foi agarrado por Ceará, mas levou vantagem e finalizou. No segundo, Bruno Rodrigo segurou a camisa de Réver, em uma cobrança de escanteio.

Título garantido?

Insatisfeito, Marcelo Oliveira fez duas alterações no intervalo. Punidos com cartões amarelos, Everton e Éverton Ribeiro deixaram o campo, para a entrada de Egídio e Ricardo Goulart. A intenção também era corrigir os problemas do primeiro tempo, já que os dois foram muito mal. O Cruzeiro até tentou, mas o Galo continuava melhor.

Aos oito minutos, em um contra-ataque puxado pelo goleiro Victor, Ronaldinho Gaúcho dominou de costas para o gol, girou sobre Bruno Rodrigo e foi derrubado. O zagueiro, que já havia sido advertido no primeiro tempo, foi expulso. O treinador celeste tirou Dagoberto para a entrada de Paulão, que recompôs a zaga.
Mesmo em inferioridade, o Cruzeiro assustou. Aos 14 minutos, Diego Souza, da intermediária, soltou uma bomba. A bola explodiu na trave esquerda de Victor, que já estava batido. Mas foi um lance isolado. O Galo continuou soberano em campo e mais próximo do segundo gol. E ele veio aos 26 minutos. Ronaldinho Gaúcho, de novo, pela direita, cruzou para a área. Jô ganhou a disputa com Paulão, e a bola sobrou para Diego Tardelli, que concluiu: 2 a 0.

Aos 33 minutos, o Galo chegou ao terceiro. Tardelli cobrou da direita, Jô cabeceou na trave, e, no rebote, Marcos Rocha - o mesmo que havia feito um gol contra na estreia das duas equipes na temporada - estufou as redes celestes.


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