Com grafias diferentes, Corintians e Palmeira duelam pelo Campeonato Potiguar no mesmo dia em que clássico original foi disputado em São Paulo
O maior clássico do Campeonato Paulista ganhou neste domingo uma versão
genérica no interior do Rio Grande do Norte. Corintians-RN e
Palmeira-RN mediram forças no Estádio Marizão, na cidade de Caicó, a 256
quilômetros de Natal e a mais de 2.700 de São Paulo, que viu, no mesmo
dia, o confronto original entre Corinthians e Palmeiras.
A diferença começa pela grafia dos clubes - o alvinegro potiguar não
tem o "h", enquanto o Palmeira é sem a letra "s" - e passa pelos nomes
das "estrelas" em campo: o dérbi potiguar, que terminou em 1 a 1, teve
Messi, Romário, Rivaldo e Diego Maradona.
O goleiro Messi, do Palmeira, se chama Jamerson e ganhou o apelido de Messinho (Foto: Jocaff Souza)
Pelo lado corintiano, a responsabilidade de vestir a camisa 10 é de
Rivaldo, xará do pentacampeão mundial que defendeu o Timão e o Verdão.
Mas as coincidências param por aí e o jogador explica o porquê.
- O nome foi minha mãe que colocou e não tem qualquer ligação com
aquele outro Rivaldo. Espero que o meu futebol possa ser parecido com o
dele - brincou o meia, autor do gol do Corintians no empate deste
domingo (assista aos gols da partida).
Pelo lado palmeirense, três astros do futebol internacional tinham seus genéricos em campo. O atacante baixinho que veste a 11 só poderia se chamar Romário. O lateral-direito, que mais parece um velocista, atende pelo nome de Diego Maradona. E havia ainda um Messi, que não é atacante, mas fecha o gol alviverde. O goleiro explica que o apelido foi adaptado pelos amigos do time, mas o nome original foi dado pela mãe.
- Meu nome é Jamerson e minha mãe me chama de Messinho. Quando comecei a jogar futebol profissionalmente, os jogadores passaram a me chamar de Messi. Mas a semelhança é só no nome mesmo, infelizmente - lamentou o goleiro.
Gol de Rivaldo e festa do Corintians no clássico genérico no Rio Grande do Norte (Foto: Jocaff Souza)
No comando do Corintians, assim como no xará paulista, está um gaúcho. Gilberto Gaúcho é o técnico do Galo do Seridó, time que já havia
treinado em 2012. Neste ano, ele começou o torneio no Potiguar de
Mossoró, mas foi demitido após uma sequência de três derrotas. De volta à
velha casa, Gilberto acredita que pode ter um bom desempenho no
Estadual.
Assim como Tite no Timão, um gaúcho comanda o Corintians-RN (Foto: Jocaff Souza)
- Temos bons jogadores e vamos mudar nosso estilo de jogo. Como um bom
gaúcho, vou implantar um esquema com uma boa marcação para subirmos na
tabela da competição - falou o treinador corintiano, conterrâneo de
Tite.
O técnico do Palmeira é um velho conhecido do futebol potiguar. Tecy Ângelo, ex-jogador e ídolo do ABC, foi efetivado na última semana na equipe de Goianinha, após a demissão de Baltazar Germano. Em sua primeira experiência à frente de uma equipe profissional, ele sabe da responsabilidade e das cobranças que a função exige, mas conta que já está calejado.
- Já tenho uma experiência na área. Joguei por muito tempo, principalmente aqui no Rio Grande do Norte e estou calejado quanto à forma de jogo das equipes daqui. Agora tenho tudo para mostrar o que sei e vou me empenhar bastante para conquistar bons resultados - explicou o técnico do Palmeira.
Paixão dividida
Na arquibancada do Marizão, dois amigos e as mesmas paixões. Rafael Alves Silva, consultor de vendas, e Aldenyr Pereira Dantas, vigilante, ambos com 29 anos, torcem para o Corintians-RN e, diferentemente do que se possa imaginar, escolheram o Palmeiras paulista como clube de coração. Em meio aos poucos mais de 200 torcedores alvinegros que estiveram no estádio, Rafael era o único que vestia uma camisa verde - afinal, no mesmo horário, o Verdão fazia o clássico original com o Timão, em São Paulo.
Alcenyr e Rafael torcem para o Palmeiras em SP e para o Corintians no RN (Foto: Jocaff Souza)
- Sou torcedor do Corintians desde que nasci, assim como minha família.
Mas em São Paulo, eu torço para o Palmeiras... Meu sangue é até verde -
brinca Rafael, mostrando o braço.
Alcenyr explica que a falta de um time de "peso" na região foi decisiva pela escolha do alviverde paulista.
- Sou torcedor do Galo aqui em Caicó, mas em São Paulo sou Porco. Assim como nós, muitos daqui da cidade torcem para outros clubes porque os times do Seridó não disputam muitas competições durante o ano e, consequentemente, não conseguem troféus - conta o vigilante.
Mesmo sem a presença de títulos, Rafael reitera a paixão pelo time da sua terra.
- Sempre vou torcer pelo Galo, mesmo que o time seja muito irregular, como o deste ano. Nós somos apenas torcedores, mas sabemos quando um time não está bem. O Corintians não consegue manter um equilíbrio e, quando tem a vitória na mão, sempre deixa escapar - lamenta o torcedor.
Situação complicada na tabela
A 'Fiel' do Corintians-RN levou pouco mais de 200 torcedores ao Marizão (Foto: Jocaff Souza)
Debaixo de uma chuva que não deu trégua por um minuto, Corintians e
Palmeira mostraram um futebol de muita raça, mas de pouca habilidade.
Rivaldo abriu o placar em cobrança de pênalti, ainda no primeiro tempo, e
Bruninho marcou para o Verdão do Agreste na segunda etapa, deixando
tudo igual.
O resultado acabou não sendo bom para nenhum time. O Corintians ocupa a sexta colocação, com 12 pontos, e o time de Goianinha está logo atrás, na sétima posição, com 11 pontos.
Restando apenas três rodadas para o fim do primeira fase do Campeonato Potiguar, as duas equipes lutam pela classificação. Apenas os seis primeiros colocados avançam para se juntar a ABC e América-RN na segunda fase.
O goleiro Messi, do Palmeira, se chama Jamerson e ganhou o apelido de Messinho (Foto: Jocaff Souza)Pelo lado palmeirense, três astros do futebol internacional tinham seus genéricos em campo. O atacante baixinho que veste a 11 só poderia se chamar Romário. O lateral-direito, que mais parece um velocista, atende pelo nome de Diego Maradona. E havia ainda um Messi, que não é atacante, mas fecha o gol alviverde. O goleiro explica que o apelido foi adaptado pelos amigos do time, mas o nome original foi dado pela mãe.
- Meu nome é Jamerson e minha mãe me chama de Messinho. Quando comecei a jogar futebol profissionalmente, os jogadores passaram a me chamar de Messi. Mas a semelhança é só no nome mesmo, infelizmente - lamentou o goleiro.
Gol de Rivaldo e festa do Corintians no clássico genérico no Rio Grande do Norte (Foto: Jocaff Souza)Assim como Tite no Timão, um gaúcho comanda o Corintians-RN (Foto: Jocaff Souza)O técnico do Palmeira é um velho conhecido do futebol potiguar. Tecy Ângelo, ex-jogador e ídolo do ABC, foi efetivado na última semana na equipe de Goianinha, após a demissão de Baltazar Germano. Em sua primeira experiência à frente de uma equipe profissional, ele sabe da responsabilidade e das cobranças que a função exige, mas conta que já está calejado.
- Já tenho uma experiência na área. Joguei por muito tempo, principalmente aqui no Rio Grande do Norte e estou calejado quanto à forma de jogo das equipes daqui. Agora tenho tudo para mostrar o que sei e vou me empenhar bastante para conquistar bons resultados - explicou o técnico do Palmeira.
Paixão dividida
Na arquibancada do Marizão, dois amigos e as mesmas paixões. Rafael Alves Silva, consultor de vendas, e Aldenyr Pereira Dantas, vigilante, ambos com 29 anos, torcem para o Corintians-RN e, diferentemente do que se possa imaginar, escolheram o Palmeiras paulista como clube de coração. Em meio aos poucos mais de 200 torcedores alvinegros que estiveram no estádio, Rafael era o único que vestia uma camisa verde - afinal, no mesmo horário, o Verdão fazia o clássico original com o Timão, em São Paulo.
Alcenyr e Rafael torcem para o Palmeiras em SP e para o Corintians no RN (Foto: Jocaff Souza)Alcenyr explica que a falta de um time de "peso" na região foi decisiva pela escolha do alviverde paulista.
- Sou torcedor do Galo aqui em Caicó, mas em São Paulo sou Porco. Assim como nós, muitos daqui da cidade torcem para outros clubes porque os times do Seridó não disputam muitas competições durante o ano e, consequentemente, não conseguem troféus - conta o vigilante.
Mesmo sem a presença de títulos, Rafael reitera a paixão pelo time da sua terra.
- Sempre vou torcer pelo Galo, mesmo que o time seja muito irregular, como o deste ano. Nós somos apenas torcedores, mas sabemos quando um time não está bem. O Corintians não consegue manter um equilíbrio e, quando tem a vitória na mão, sempre deixa escapar - lamenta o torcedor.
Situação complicada na tabela
A 'Fiel' do Corintians-RN levou pouco mais de 200 torcedores ao Marizão (Foto: Jocaff Souza)O resultado acabou não sendo bom para nenhum time. O Corintians ocupa a sexta colocação, com 12 pontos, e o time de Goianinha está logo atrás, na sétima posição, com 11 pontos.
Restando apenas três rodadas para o fim do primeira fase do Campeonato Potiguar, as duas equipes lutam pela classificação. Apenas os seis primeiros colocados avançam para se juntar a ABC e América-RN na segunda fase.
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