A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
Nas arquibancadas do Engenhão, a torcida do Flamengo emplacou sua
versão para a música “Viva la Vida”, do grupo britânico Coldplay. Mas,
dentro de campo, foi na simplicidade de uma canelada que Hernane decidiu
o clássico contra o Botafogo. O Brocador, como se autodenominou, marcou
o gol único da partida logo no início e garantiu a vitória por 1 a 0 na
noite deste domingo.
O resultado dá uma série de benefícios ao vencedor. Depois de conquistar 19 dos 21 pontos que disputou, o Rubro-Negro garantiu a primeira posição do Grupo B uma rodada antes do fim da fase classificatória da Taça Guanabara – o Fluminense tem 15 pontos – e também se garantiu como time de melhor campanha geral. O status garante a vantagem de empate na semifinal e, se avançar, na decisão do primeiro turno.
- A equipe manteve a base, isso foi importante. E os jogadores que chegaram contribuíram para esse momento chegar. É fruto também do trabalho de dia a dia, e quem entra procura manter. E agora é dar continuidade que estamos no caminho certo - disse Léo Moura.
Apesar da derrota, o Botafogo não fez uma partida ruim. O time teve chances de empatar, acertou a trave, mas demonstrou deficiência nas finalizações. O principal jogador foi Seedorf. Por outro lado, a tática de Oswaldo de Oliveira de improvisar Júlio César na cabeça de área no primeiro tempo não funcionou, e a defesa deu espaços à dupla adversária Elias e Ibson.
- Foi um jogo equilibrado, momento de sorte do Flamengo decidiu. Temos que ficar de cabeça erguida e seguir trabalhando - analisou Seedorf.
O Alvinegro segue na liderança do Grupo A, com 14 pontos. O Vasco é o segundo, com 13.
Canela brocadora
Estreante do domingo e principal contratação do Flamengo em 2013,
Carlos Eduardo teve o primeiro contato com os torcedores rubro-negros
com um Engenhão com público razoável (pouco mais de 23 mil presentes).
Ele e Rafinha foram os mais festejados na entrada em campo. O
meia-atacante não jogava desde o dia 6 de dezembro, quando defendeu o
Rubin Kazan, na Liga Europa. A torcida do Botafogo não tinha um novo
jogador para conhecer. Mas, para quem tem Seedorf, celebrar a cada
partida o mesmo ídolo não é difícil. E assim foi feito.
A noite abafada no Rio de Janeiro não significou início de jogo em ritmo lento. Aos três minutos, o Flamengo abriu o placar. Após cobrança de escanteio de João Paulo da esquerda, González ganhou na cabeça de Bolívar sem sair do chão, a bola desviou nas costas de Fellype Gabriel e sobrou para Hernane, na pequena área, empurrar de canela para o gol. Os botafoguenses levantaram os braços pedindo impedimento, mas Júlio César deu condição e não acompanhou a movimentação do adversário.
O Botafogo encontrou um caminho aberto pela esquerda e fez duas jogadas semelhantes. Na primeira, Fellype Gabriel aproveitou corte mal feito da zaga e chutou no pé da trave. Logo depois, Seedorf driblou Wallace com facilidade e rolou para Vitinho bater por cima.
A partida continuou intensa. Ibson fez lindo passe para Rafinha. Ele entrou livre na área, mas Jefferson saiu bem, fechou o ângulo e defendeu com as pernas.
As chances se sucediam de lado a lado em ritmo frenético. Aos 12, foi a vez do Botafogo. Lodeiro roubou a bola de Ibson, Bolívar ajeitou, e Bruno Mendes chutou forte, mas em cima de Felipe. O goleiro espalmou e evitou o empate.
O Flamengo alternava marcação frouxa no meio-de-campo - Cáceres foi a exceção - com agilidade nos ataques. A movimentação de Ibson e Elias deu resultado novamente aos 15. Elias ajeitou, e Hernane, de primeira, finalizou rente à trave direita de Jefferson.
A força do Botafogo estava com os estrangeiros. Seedorf e Lodeiro revezaram-se na função de articulador de jogadas. O uruguaio também levou perigo em uma cobrança de falta. A jogada mais provável era o cruzamento, mas ele bateu no canto direito, e Felipe se esticou para defender.
A partida, enfim, diminuiu de velocidade a partir dos 25 minutos. Para
sorte de Carlos Eduardo, que sentiu o ritmo pesado e teve dificuldades
de movimentação. Ele saiu no intervalo para a entrada de Rodolfo. O
Botafogo foi levemente superior até o fim da primeira etapa, mas sem
perigo nas finalizações. Oswaldo de Oliveira percebeu a falta de
pontaria e trocou Bruno Mendes por Sassá.
Rodolfo: quase inacreditável
O equilíbrio do primeiro tempo permaneceu na fase final. O Flamengo insistiu com a velocidade de Rafinha, desta vez auxiliado por Rodolfo. Do outro lado, o Botafogo ameaçou pelo alto. Seedorf cobrou escanteio, Antonio Carlos subiu sozinho e testou para fora.
Aos 17, enfim, o Flamengo encaixou um contragolpe. Rafinha driblou no meio de campo e enfiou para Rodolfo nas costas da zaga. O meia entrou livre, cortou Jefferson e com o gol vazio, mas um pouco desequilibrado, chutou por cima do travessão.
Outra tabela entre Rafinha e Rodolfo quase terminou em gol de Hernane. O camisa 11 cruzou rasteiro, e o Brocador só não marcou o segundo dele no jogo porque Bolívar, de carrinho, colocou a escanteio. No lance, o artilheiro sentiu uma fisgada na coxa esquerda e foi substituído por Igor Sartori, filho de Alcindo, ex-jogador do Flamengo no fim da década de 80. Do lado de fora, começou o tratamento com gelo no local, mas, a princípio, não preocupa para as próximas partidas.
O Botafogo começou a pressionar a partir dos 30. Sassá bateu de fora e Felipe defendeu em dois tempos. Logo depois foi a vez de Lucas driblar na ponta direita e chutar de bico para defesa do goleiro adversário. Mas, recuado, o líder resistiu e garantiu a vitória.
O resultado dá uma série de benefícios ao vencedor. Depois de conquistar 19 dos 21 pontos que disputou, o Rubro-Negro garantiu a primeira posição do Grupo B uma rodada antes do fim da fase classificatória da Taça Guanabara – o Fluminense tem 15 pontos – e também se garantiu como time de melhor campanha geral. O status garante a vantagem de empate na semifinal e, se avançar, na decisão do primeiro turno.
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A vitória reforça a importância de Hernane no início de temporada. Ele
marcou oito dos 14 gols do time no ano e lidera com folga a artilharia
do Carioca – os vice-líderes têm quatro. O atacante ofuscou a estreia de
Carlos Eduardo, que jogou por 45 minutos e foi discreto.- A equipe manteve a base, isso foi importante. E os jogadores que chegaram contribuíram para esse momento chegar. É fruto também do trabalho de dia a dia, e quem entra procura manter. E agora é dar continuidade que estamos no caminho certo - disse Léo Moura.
Apesar da derrota, o Botafogo não fez uma partida ruim. O time teve chances de empatar, acertou a trave, mas demonstrou deficiência nas finalizações. O principal jogador foi Seedorf. Por outro lado, a tática de Oswaldo de Oliveira de improvisar Júlio César na cabeça de área no primeiro tempo não funcionou, e a defesa deu espaços à dupla adversária Elias e Ibson.
- Foi um jogo equilibrado, momento de sorte do Flamengo decidiu. Temos que ficar de cabeça erguida e seguir trabalhando - analisou Seedorf.
O Alvinegro segue na liderança do Grupo A, com 14 pontos. O Vasco é o segundo, com 13.
Canela brocadora
Hernane comemora gol do Flamengo contra o Botafogo (Foto: Rudy Trindade / VIPCOMM)
A noite abafada no Rio de Janeiro não significou início de jogo em ritmo lento. Aos três minutos, o Flamengo abriu o placar. Após cobrança de escanteio de João Paulo da esquerda, González ganhou na cabeça de Bolívar sem sair do chão, a bola desviou nas costas de Fellype Gabriel e sobrou para Hernane, na pequena área, empurrar de canela para o gol. Os botafoguenses levantaram os braços pedindo impedimento, mas Júlio César deu condição e não acompanhou a movimentação do adversário.
O Botafogo encontrou um caminho aberto pela esquerda e fez duas jogadas semelhantes. Na primeira, Fellype Gabriel aproveitou corte mal feito da zaga e chutou no pé da trave. Logo depois, Seedorf driblou Wallace com facilidade e rolou para Vitinho bater por cima.
A partida continuou intensa. Ibson fez lindo passe para Rafinha. Ele entrou livre na área, mas Jefferson saiu bem, fechou o ângulo e defendeu com as pernas.
As chances se sucediam de lado a lado em ritmo frenético. Aos 12, foi a vez do Botafogo. Lodeiro roubou a bola de Ibson, Bolívar ajeitou, e Bruno Mendes chutou forte, mas em cima de Felipe. O goleiro espalmou e evitou o empate.
O Flamengo alternava marcação frouxa no meio-de-campo - Cáceres foi a exceção - com agilidade nos ataques. A movimentação de Ibson e Elias deu resultado novamente aos 15. Elias ajeitou, e Hernane, de primeira, finalizou rente à trave direita de Jefferson.
A força do Botafogo estava com os estrangeiros. Seedorf e Lodeiro revezaram-se na função de articulador de jogadas. O uruguaio também levou perigo em uma cobrança de falta. A jogada mais provável era o cruzamento, mas ele bateu no canto direito, e Felipe se esticou para defender.
Fellype Gabriel na sobe para cortar de cabeça pelo Botafogo (Foto: Fernando Soutello / Agif)
Rodolfo: quase inacreditável
O equilíbrio do primeiro tempo permaneceu na fase final. O Flamengo insistiu com a velocidade de Rafinha, desta vez auxiliado por Rodolfo. Do outro lado, o Botafogo ameaçou pelo alto. Seedorf cobrou escanteio, Antonio Carlos subiu sozinho e testou para fora.
Aos 17, enfim, o Flamengo encaixou um contragolpe. Rafinha driblou no meio de campo e enfiou para Rodolfo nas costas da zaga. O meia entrou livre, cortou Jefferson e com o gol vazio, mas um pouco desequilibrado, chutou por cima do travessão.
Outra tabela entre Rafinha e Rodolfo quase terminou em gol de Hernane. O camisa 11 cruzou rasteiro, e o Brocador só não marcou o segundo dele no jogo porque Bolívar, de carrinho, colocou a escanteio. No lance, o artilheiro sentiu uma fisgada na coxa esquerda e foi substituído por Igor Sartori, filho de Alcindo, ex-jogador do Flamengo no fim da década de 80. Do lado de fora, começou o tratamento com gelo no local, mas, a princípio, não preocupa para as próximas partidas.
O Botafogo começou a pressionar a partir dos 30. Sassá bateu de fora e Felipe defendeu em dois tempos. Logo depois foi a vez de Lucas driblar na ponta direita e chutar de bico para defesa do goleiro adversário. Mas, recuado, o líder resistiu e garantiu a vitória.
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