Publicitário paulista conhecido como Tião da Bandeira tem assinaturas de Bolt, Sharapova, Nadal, Ronaldo e Schumacher, entre outros, no pavilhão brasileiro
Na fila à espera de um autógrafo de Usain Bolt, Sebastião Pereira
carregava nos braços seu tesouro. Com 3,60m de comprimento por 2,80m de
largura, a bandeira brasileira comprada em 2007 reúne, nas duas faces,
mais de 300 assinaturas de medalhistas olímpicos, mundiais, recordistas e
líderes dos rankings de suas respectivas modalidades. Da viagem a
Barcelona para conhecer Rafael Nadal ao atropelamento que sofreu ao
correr atrás de Maria Sharapova, o publicitário paulista coleciona
histórias das peripécias que fez para ter o registro dos maiores ídolos
de cada esporte. E, enquanto aguarda a resposta de seu pedido para
figurar no Guinness Book, vai cercar Michael Phelps no Rio de Janeiro
nesta terça-feira, além de se preparar para as visitas de Roger Federer e
Novak Djokovic, que visitarão o Brasil até o fim deste ano.
- Eu faço isso por amor ao esporte. É um hobby, e minha filha e minha esposa costumam dizer que é meu gasta-pão. Eu tenho prazer em ir atrás dos caras, porque todos os que estão aqui realmente são referências absolutas naquilo que fazem. Estou em cima dessa agenda até o fim do ano, já me acertando para aumentar a lista de campeões aqui.
O paulista começou a coleção em novembro de 2007 e, desde então, passou a ser conhecido como “Tião da Bandeira”. O evento que batizou a peça foi o Grand Champions Brasil, torneio que reúne grandes nomes já aposentados do circuito profissional de tênis. Naquela edição, em São Paulo, participaram Guillermo Vilas, Sergi Bruguera, Henri Leconte, Mats Wilander, Bjorn Borg, entre outros. Tião, no entanto, não se recorda qual tenista foi o primeiro a autografar.
A capital paulista foi o palco de várias perseguições do publicitário.
Por Maria Sharapova, o colecionador deu plantão em um evento de um
patrocinador, mas foi impedido pelos organizadores de abordá-la ali.
Quando viu a tenista deixando o local, saiu em disparada em direção à
musa e foi atropelado por um carro na Rua Oscar. Apesar da pancada,
continuou correndo na chuva até fazer contato com o empresário da russa.
Ali recebeu a promessa de que ela desceria de seu quarto, após almoçar,
para realizar o desejo do torcedor.
- Insisti, briguei e, mesmo depois de o carro me derrubar, levantei e continuei gritando “Maria, Maria”. Os seguranças me barraram e queriam me prender, até que um homem sem o traje de segurança me reconheceu e falou que podiam me soltar. Era a minha musa, sou fã pelo tênis e pela beleza. Ela desceu no horário marcado só para me atender – lembrou.
Ronaldo foi outro que, mesmo sem saber, fez Tião suar. A primeira
tentativa de pegar um autógrafo do Fenômeno foi feita durante a
apresentação do atacante no Corinthians, no fim de 2008. No início do
ano seguinte, o publicitário foi até Itu, onde o time realizava a
pré-temporada, mas não teve sucesso. Assim como em várias vezes em que
foi a jogos do Timão, sempre barrado pela assessoria do clube, como
conta. Até que, em contato com um colega produtor, em maio de 2010,
recebeu a dica sobre a gravação de um comercial de um patrocinador.
- Contei para o produtor toda a história e a peregrinação. Ele ficou surpreso, pois disse que o Ronaldo era supergente boa e que não sabia que eu o estava procurando. Uma semana depois, ele me ligou informando onde o Ronaldo estaria. Fui até lá, ele assinou numa boa e disse que nunca soube de nada. Foram 18 meses para pegar o autógrafo.
O desejo de ampliar a coleção fez o publicitário viajar de avião várias vezes. Na maioria delas, pegou a ponte aérea rumo ao Rio de Janeiro, mas outros destinos, dentro e fora do país, também renderam bons frutos. Em 2008, em Florianópolis, Tião ficou escondido embaixo de um carro esperando para driblar a segurança e abordar o heptacampeão de Fórmula 1 Michael Schumacher, que participava do Desafio das Estrelas na cidade. Reconhecido e ajudado pelo brasileiro Felipe Massa, ele conseguiu circular pela área vip para recolher a lembrança.
Em busca da assinatura de Rafael Nadal, o publicitário foi até outro
continente. Atrás do então número 1 do ranking da ATP, Tião viajou a
Barcelona, onde o espanhol disputava o ATP local. Foi o maior esforço
financeiro e de tempo que o torcedor fez por um autógrafo.
- Todas as buscas são difíceis e requerem uma ginástica muito grande.
Mas fico extremamente satisfeito quando consigo. E hoje em dia já é mais
fácil do que no começo, porque várias pessoas do meio esportivo, das
assessorias, acabaram me conhecendo, então quebram alguns galhos. Só
falta agora o pessoal do Guinness reconhecer esse esforço. Eu fiz a
inscrição e eles me deram a condição de único no mundo. No dia em que
eles acharem que ninguém vai fazer igual mesmo, quem sabe eu ganhe meu
nome lá.
- Eu faço isso por amor ao esporte. É um hobby, e minha filha e minha esposa costumam dizer que é meu gasta-pão. Eu tenho prazer em ir atrás dos caras, porque todos os que estão aqui realmente são referências absolutas naquilo que fazem. Estou em cima dessa agenda até o fim do ano, já me acertando para aumentar a lista de campeões aqui.
Ao lado da filha Ana Luísa, Tião exibe bandeira repleta de autógrafos (Foto: Helena Rebello/Globo.com)
O paulista começou a coleção em novembro de 2007 e, desde então, passou a ser conhecido como “Tião da Bandeira”. O evento que batizou a peça foi o Grand Champions Brasil, torneio que reúne grandes nomes já aposentados do circuito profissional de tênis. Naquela edição, em São Paulo, participaram Guillermo Vilas, Sergi Bruguera, Henri Leconte, Mats Wilander, Bjorn Borg, entre outros. Tião, no entanto, não se recorda qual tenista foi o primeiro a autografar.
Sharapova assina a bandeira após 'causar' o
atropelamento de Tião (Foto: Divulgação)
atropelamento de Tião (Foto: Divulgação)
- Insisti, briguei e, mesmo depois de o carro me derrubar, levantei e continuei gritando “Maria, Maria”. Os seguranças me barraram e queriam me prender, até que um homem sem o traje de segurança me reconheceu e falou que podiam me soltar. Era a minha musa, sou fã pelo tênis e pela beleza. Ela desceu no horário marcado só para me atender – lembrou.
Tião posa com Ronaldo após 18 meses tentando
encontro com o Fenômeno (Foto: Divulgação)
encontro com o Fenômeno (Foto: Divulgação)
- Contei para o produtor toda a história e a peregrinação. Ele ficou surpreso, pois disse que o Ronaldo era supergente boa e que não sabia que eu o estava procurando. Uma semana depois, ele me ligou informando onde o Ronaldo estaria. Fui até lá, ele assinou numa boa e disse que nunca soube de nada. Foram 18 meses para pegar o autógrafo.
O desejo de ampliar a coleção fez o publicitário viajar de avião várias vezes. Na maioria delas, pegou a ponte aérea rumo ao Rio de Janeiro, mas outros destinos, dentro e fora do país, também renderam bons frutos. Em 2008, em Florianópolis, Tião ficou escondido embaixo de um carro esperando para driblar a segurança e abordar o heptacampeão de Fórmula 1 Michael Schumacher, que participava do Desafio das Estrelas na cidade. Reconhecido e ajudado pelo brasileiro Felipe Massa, ele conseguiu circular pela área vip para recolher a lembrança.
Em 2008, Tião consegue assinatura de Schumacher após ser ajudado por Felipe Massa (Foto: Divulgação)
Com Rafael Nadal em Barcelona (Foto: Divulgação)
Tião recolhe a assinatura de Usain Bolt no Rio de Janeiro (Foto: Helena Rebello/Globoesporte.com)
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