Presidente da entidade retira proposta de turno extra, e clubes poderão optar por pagar para escalar jogadores com três cartões amarelos
A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) arquivou
nesta terça-feira, em reunião do conselho arbitral, a principal proposta
de mudança no regulamento do Campeonato Carioca do ano que vem. A
sugestão do departamento técnico, que previa um turno extra, foi
retirada da pauta pelo presidente da entidade, Rubens Lopes, afirmando
ter ouvido argumentos "convincentes e pertinentes" dos quatro grandes
clubes do Rio.
Lopes anunciou a decisão depois de uma ampla apresentação, defendendo e
esclarecendo pontos polêmicos da proposta, como o suposto aperto do
calendário com a mudança. Mantido o formato dos últimos anos, o estadual
continuará sendo disputado em dois turnos, Taça Guanabara e Taça Rio,
com os vencedores disputando uma final em duas partidas. Se uma mesma
equipe vencer ambos, será automaticamente proclamada campeã estadual. A
competição começará no dia 19 de janeiro.
Foram feitas, no entanto, algumas modificações. A que causou mais polêmica foi a opção do pagamento de multa de R$ 500 para livrar atletas que teriam de cumprir suspensão automática por causa do terceiro cartão amarelo. Os quatro grandes foram contra, mas acabaram vencidos.
- É claro que tem essa questão de o jogador não se preocupar em levar cartões, de ser indisciplinado, mas por outro lado isso impede que uma final não tenha as principais estrelas das equipes, o que é muito ruim para o espetáculo. Impede também que um jogador fique fora de uma decisão por um erro de arbitragem, por exemplo - disse Rubens Lopes.
Presidente do Flamengo, Patricia Amorim explicou que foi contra o
pagamento da multa por achar que um time grande tem mais condições de
repor um desfalque e porque julga que a disciplina tem de ser premiada.
- Creio que os demais (os pequenos) votaram a favor (da mudança) por causa dessa primeira questão, a menor possibilidade de repor a perda de um jogador de peso - argumentou.
A multa anulará apenas o terceiro cartão amarelo, mantendo o jogador pendurado. No caso de receber novamente o terceiro amarelo, o valor da multa passa a ser dobrado. Maurício Assumpção, mandatário do Botafogo, considera que os times pequenos estão se prejudicando ao aprovarem essa mudança:
- Entendemos que, além de essa medida premiar a indisciplina, ela só beneficia os clubes grandes. Não sei se os clubes médios não entenderam o regulamento, mas acho que foi um tiro no pé deles. E teve clube que votou contra e depois mudou para a favor (Nova Iguaçu e Duque de Caxias). Imagina se antes da semifinal o Seedorf leva o terceiro cartão amarelo. Agora eu pago uma multa, e ele joga. E é isso o que vamos fazer, já que está no regulamento.
Inicialmente, o GLOBOESPORTE.COM havia publicado que a multa que anula o terceiro cartão só poderia ser paga em se tratando de suspensões para jogos decisivos. No entanto, posteriormente, ficou esclarecido que a multa vale para qualquer partida do campeonato.
O conselho arbitral aprovou também a inclusão de vantagem do empate em jogos decisivos para o time que somar mais pontos no turno - ou na soma dos turnos, no caso da decisão do estadual. Além disso, a Taça Guanabara passará a ser disputada em jogos cruzados entre os integrantes dos dois grupos, como antes acontecia na Taça Rio - que agora passará a ter partidas somente entre os times de cada chave.
A tabela da competição só será decidida em outra reunião a ser marcada. As mudanças aprovadas para 2013 valerão também para 2014, já que o Estatuto do Torcedor determina que o regulamento tem de ser mantido por no mínimo dois anos.
Foram feitas, no entanto, algumas modificações. A que causou mais polêmica foi a opção do pagamento de multa de R$ 500 para livrar atletas que teriam de cumprir suspensão automática por causa do terceiro cartão amarelo. Os quatro grandes foram contra, mas acabaram vencidos.
- É claro que tem essa questão de o jogador não se preocupar em levar cartões, de ser indisciplinado, mas por outro lado isso impede que uma final não tenha as principais estrelas das equipes, o que é muito ruim para o espetáculo. Impede também que um jogador fique fora de uma decisão por um erro de arbitragem, por exemplo - disse Rubens Lopes.
Patricia Amorim e Rubens Lopes no centro da mesa durante reunião (Foto: Vicente Seda / Globoesporte.com)
- Creio que os demais (os pequenos) votaram a favor (da mudança) por causa dessa primeira questão, a menor possibilidade de repor a perda de um jogador de peso - argumentou.
A multa anulará apenas o terceiro cartão amarelo, mantendo o jogador pendurado. No caso de receber novamente o terceiro amarelo, o valor da multa passa a ser dobrado. Maurício Assumpção, mandatário do Botafogo, considera que os times pequenos estão se prejudicando ao aprovarem essa mudança:
- Entendemos que, além de essa medida premiar a indisciplina, ela só beneficia os clubes grandes. Não sei se os clubes médios não entenderam o regulamento, mas acho que foi um tiro no pé deles. E teve clube que votou contra e depois mudou para a favor (Nova Iguaçu e Duque de Caxias). Imagina se antes da semifinal o Seedorf leva o terceiro cartão amarelo. Agora eu pago uma multa, e ele joga. E é isso o que vamos fazer, já que está no regulamento.
Inicialmente, o GLOBOESPORTE.COM havia publicado que a multa que anula o terceiro cartão só poderia ser paga em se tratando de suspensões para jogos decisivos. No entanto, posteriormente, ficou esclarecido que a multa vale para qualquer partida do campeonato.
O conselho arbitral aprovou também a inclusão de vantagem do empate em jogos decisivos para o time que somar mais pontos no turno - ou na soma dos turnos, no caso da decisão do estadual. Além disso, a Taça Guanabara passará a ser disputada em jogos cruzados entre os integrantes dos dois grupos, como antes acontecia na Taça Rio - que agora passará a ter partidas somente entre os times de cada chave.
A tabela da competição só será decidida em outra reunião a ser marcada. As mudanças aprovadas para 2013 valerão também para 2014, já que o Estatuto do Torcedor determina que o regulamento tem de ser mantido por no mínimo dois anos.
Trecho do regulamento que trata do pagamento de multa para anular suspensão (Foto: Vicente Seda)
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