Botafogo define situação do atacante até sexta-feira. Jogador está em Brasília com a mãe e espera receber uma nova chance do clube
Consciente de seu histórico negativo, Jobson passou quase todo o tempo de inatividade em Brasília, onde tem residência fixa. Lá, ele está acompanhado da mãe, Maria de Lourdes, e morando perto do filho Victor Leandro, de dois anos, com quem passa a maior parte do tempo livre. Para manter a forma, conta com a ajuda do fisioterapeuta Cid Felix, com quem trabalhou no Brasiliense.
- Eu me arrependo de várias coisas. Mas muitas aconteceram pelo meu histórico. Tenho muita vontade de jogar pelo Botafogo. Se isso for possível, podem fazer as condições que quiserem. Eu aceito. Quero estar no meio e fazer o que puder para ajudar. Não sou diferente de muitos que estão voltando ao futebol. Está certo que vou mudar muitas coisas, pois não quero repetir esses erros novamente. Só não vou chegar como pastor. Não nasci para ser santo. Quero jogar e arrebentar - afirmou Jobson.
Jobson comemora o único gol que marcou este ano pelo Botafogo (Foto: Ide Gomes / Ag. Estado)
- Conversei com o Elkeson. Ele me deu apoio, queria saber como estava minha situação com o Avaí. Acho que ele está indo bem como atacante, resolvendo, fazendo gols. Pode ser que um ou dois não gostem de mim. Talvez, os evangélicos possam falar alguma coisa. Mas o restante não tem como dizer nada - afirmou o atacante, que marcou apenas um gol na temporada, com a camisa do Botafogo, na vitória por 2 a 0 sobre o Duque de Caxias, pelo Campeonato Carioca (veja o vídeo).
Mesmo sem jogar, Jobson segue recebendo seus salários do Botafogo, segundo o próprio jogador, em dia. Mais um motivo para ele querer retribuir ao clube o tratamento concedido a ele, apesar de todos os problemas que causou. Sua situação precisa ser resolvida rapidamente, já que o prazo para encerrar a inscrição no Campeonato Brasileiro termina no dia 21.
- Acho um desperdício para mim e para o Botafogo. Não quero receber sem jogar. Isso não adianta. Minha mãe fica preocupada, quer ligar para o Botafogo, mas eu digo para ela ter paciência, que as coisas não são assim - comentou Jobson, elogiando o técnico Oswaldo de Oliveira. - Para mim, é um paizão. Se eu fiz algumas coisas graves, não posso reclamar dele. Sempre me deu oportunidades e tenho certeza de que o mesmo aconteceria agora.
Se voltar ao Botafogo, Jobson já se comprometeu a procurar o médico Roberto Hallal, que o acompanhou durante boa parte de sua passagem pelo Botafogo este ano. O contato entre os dois não acontece há mais de dois meses.
- Acho que nos falamos pela última vez quando decidi sair do Barueri. Eu estava um pouco triste e precisava de alguém para conversar, pois não era para ter saído do Botafogo na época. Fiquei arrependido. Ele me ajudou com muitas coisas e vou procurá-lo.
Com o discurso repetido de quem já recebeu chances de Botafogo, Bahia, Atlético-MG e Barueri desde a sua suspensão por doping, Jobson garantiu estar em paz. Ele só quer voltar a jogar futebol.
- Aqui (em Brasília) fico em casa. Ficar na noite não dá. O ano vai acabar e eu ainda não joguei. Estou na minha. Quando apronto todo mundo sabe. Afinal, é o Jobson - brincou o jogador, que tem contrato com o Botafogo até junho de 2015.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/09/jobson-e-possivel-volta-nao-nasci-para-santo-quero-jogar-e-arrebentar.html
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