Time, que tem números piores sem o volante, pode ser escalado com um jogador mais defensivo ou ser montado com esquema altamente ofensivo
Uma torção no tornozelo ainda no primeiro tempo da semifinal da Taça
Rio contra o Bangu causou um dilema no Botafogo. O jogador que saiu
machucado de campo foi Renato,
considerado pelos especialistas sem um substituto com as mesmas
características no elenco alvinegro. Por isso, enquanto espera que seu
camisa 8 melhore, o técnico Oswaldo de Oliveira pensa na melhor maneira
de montar sua equipe sem ele. Pode optar por colocar Lucas Zen na função
e, com isso, ter um jogador com características mais defensivas do que o
titular, ou utilizar a mesma tática empregada contra o time de Moça
Bonita: recuar Fellype Gabriel e colocar Maicosuel. Nesse contexto,
teria uma equipe ofensiva, com quatro meias de origem.
Após a partida, Oswaldo despistou e disse que ainda vai pensar no
melhor esquema. Mas deve mesmo levar a dúvida até a véspera do jogo, já
que aguardará até o último instante para saber se poderá contar com o
volante mais experiente do grupo, que não foi desfalque em 2012 ainda.
Na verdade, desde que chegou ao Botafogo, no meio do ano passado, Renato quase não saiu mesmo da lista de relacionados. Em apenas cinco jogos o camisa 8 não esteve em campo.
Neles, o time obteve duas vitórias, um empate e duas derrotas. O aproveitamento de 46,6% é inferior aos 56,4% com ele: o Glorioso venceu 23 jogos, empatou 14 e perdeu apenas 12.
- O Botafogo não tem substituto para o Renato no elenco. Ele fecha o meio de campo com o Marcelo Mattos. Mesmo sem ter tanta pegada na marcação, ele tem qualidade no passe para sair jogando. Sem ele, o time perde em organização, em tranquilidade, já afunila mais com jogadas individuais do Elkeson, Maicosuel. Com o Renato, o jogo fica mais pensado. Contra o Bangu, funcionou com o Fellype Gabriel, mas as chances do Oswaldo repetir a formação são pequenas. A opção deve ser o Lucas Zen, que não vai fazer nem de perto o que faz o Renato. Falta um jogador com as mesmas características no elenco. Se houvesse um, mesmo que com menos qualidade, o desfalque seria menos sentido. Se for Marcelo Mattos e Zen, o time ganha em marcação, mas perde qualidade no meio. Ficaria mais quadradão, com praticamente dois
primeiros volantes, já que o Mattos não assume a função do Renato - analisou o comentarista Raphael Rezende.
Opinião parecida tem o também comentarista André Loffredo. Para ele, Oswaldo não tem um substituto que faça as mesmas funções que Renato e, por isso, um possível desfalque do volante seria uma perda considerável para uma decisão.
- Vejo no Renato técnica, liderança e experiência. Ele chama a bola o tempo inteiro, sai para o jogo, é bom no primeiro passe. Considero a dupla de volantes Marcelo Mattos e Renato uma das melhores do Brasil. O Botafogo tem jogadores mais jovens, e pode pesar perder a experiência do Renato. Por mais que o Bangu tivesse crescido, é diferente usar uma formação dessa (com Maicosuel no lugar de Renato) no clássico, e ainda desde o início. Se não me engano, o Lucas Zen não estava nem no banco na semifinal (ficaram os mais jovens Gabriel e Jadson). Ou seja, o Oswaldo não tinha peça defensiva - salientou Loffredo, complementando em seguida.
- Foi uma decisão muito mais por falta de opção. Com o Lucas Zen, não mudaria muito taticamente a equipe. Até tenho visto que o Oswaldo acaba trocando as peças sem mexer muito no esquema. Faz diferença na qualidade técnica. O Lucas não apresentou ainda tanta qualidade para que a torcida pudesse acreditar nele, ainda falta experiência. Ele tem muito empenho na função de marcação, tem alguma qualidade na saída de bola, mas precisa desenvolver muito ainda. Com o Maicosuel já mudaria o sistema tático. Ele precisaria de um empenho maior do Fellype Gabriel na marcação, do Maicosuel fechando os lados do campo, além de que a marcação terá que começar mais na frente para suprir a falta de pegada de um volante. E o Loco não vai começar marcando - acredita.
Apostas diferentes
Embora concordem na análise do time e na falta que Renato pode fazer, André Loffredo e Raphael Rezende discordam sobre o
melhor esquema a ser adotado para a final contra o Vasco, caso o volante realmente não possa jogar.
- Eu faria o que o Oswaldo fez contra o Bangu. Tentaria com o Fellype Gabriel, quem sabe segurando um pouco mais o Andrezinho, deixando o Maicosuel e o Elkeson mais abertos. O Fellype Gabriel voltou muito bem taticamente. Se conseguir manter a posse de bola, não tem problema o Fellype não marcar tão forte - disse Rezende.
- Para esse tipo de jogo, o Lucas Zen seria o substituto, a princípio, mais indicado. Tem a responsabilidade de não começar tão exposto, poderia ser um risco. Depois, durante a partida, a substituihttp://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/04/duvida-para-final-renato-gera-dilema-no-botafogo.htmlhttp://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/04/duvida-para-final-renato-gera-dilema-no-botafogo.htmlção com o Maicosuel poderia até ser utilizada - aponta Loffredo.
Vasco e Botafogo se enfrentam no próximo domingo, no Engenhão. O jogo será disputado a partir das 16h (horário de Brasília) e vale vaga na decisão do estadual, contra o Fluminense.
Clique aqui e assista a vídeos do Botafogo
FONTE:
Renato conta com o carinho dos torcedores na recuperação (Foto: André Casado / Globoesporte.com)
Na verdade, desde que chegou ao Botafogo, no meio do ano passado, Renato quase não saiu mesmo da lista de relacionados. Em apenas cinco jogos o camisa 8 não esteve em campo.
Neles, o time obteve duas vitórias, um empate e duas derrotas. O aproveitamento de 46,6% é inferior aos 56,4% com ele: o Glorioso venceu 23 jogos, empatou 14 e perdeu apenas 12.
- O Botafogo não tem substituto para o Renato no elenco. Ele fecha o meio de campo com o Marcelo Mattos. Mesmo sem ter tanta pegada na marcação, ele tem qualidade no passe para sair jogando. Sem ele, o time perde em organização, em tranquilidade, já afunila mais com jogadas individuais do Elkeson, Maicosuel. Com o Renato, o jogo fica mais pensado. Contra o Bangu, funcionou com o Fellype Gabriel, mas as chances do Oswaldo repetir a formação são pequenas. A opção deve ser o Lucas Zen, que não vai fazer nem de perto o que faz o Renato. Falta um jogador com as mesmas características no elenco. Se houvesse um, mesmo que com menos qualidade, o desfalque seria menos sentido. Se for Marcelo Mattos e Zen, o time ganha em marcação, mas perde qualidade no meio. Ficaria mais quadradão, com praticamente dois
primeiros volantes, já que o Mattos não assume a função do Renato - analisou o comentarista Raphael Rezende.
Opinião parecida tem o também comentarista André Loffredo. Para ele, Oswaldo não tem um substituto que faça as mesmas funções que Renato e, por isso, um possível desfalque do volante seria uma perda considerável para uma decisão.
- Vejo no Renato técnica, liderança e experiência. Ele chama a bola o tempo inteiro, sai para o jogo, é bom no primeiro passe. Considero a dupla de volantes Marcelo Mattos e Renato uma das melhores do Brasil. O Botafogo tem jogadores mais jovens, e pode pesar perder a experiência do Renato. Por mais que o Bangu tivesse crescido, é diferente usar uma formação dessa (com Maicosuel no lugar de Renato) no clássico, e ainda desde o início. Se não me engano, o Lucas Zen não estava nem no banco na semifinal (ficaram os mais jovens Gabriel e Jadson). Ou seja, o Oswaldo não tinha peça defensiva - salientou Loffredo, complementando em seguida.
- Foi uma decisão muito mais por falta de opção. Com o Lucas Zen, não mudaria muito taticamente a equipe. Até tenho visto que o Oswaldo acaba trocando as peças sem mexer muito no esquema. Faz diferença na qualidade técnica. O Lucas não apresentou ainda tanta qualidade para que a torcida pudesse acreditar nele, ainda falta experiência. Ele tem muito empenho na função de marcação, tem alguma qualidade na saída de bola, mas precisa desenvolver muito ainda. Com o Maicosuel já mudaria o sistema tático. Ele precisaria de um empenho maior do Fellype Gabriel na marcação, do Maicosuel fechando os lados do campo, além de que a marcação terá que começar mais na frente para suprir a falta de pegada de um volante. E o Loco não vai começar marcando - acredita.
Fellype Gabriel pode ser improvisado na função de
Renato (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)
Renato (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)
Embora concordem na análise do time e na falta que Renato pode fazer, André Loffredo e Raphael Rezende discordam sobre o
melhor esquema a ser adotado para a final contra o Vasco, caso o volante realmente não possa jogar.
- Eu faria o que o Oswaldo fez contra o Bangu. Tentaria com o Fellype Gabriel, quem sabe segurando um pouco mais o Andrezinho, deixando o Maicosuel e o Elkeson mais abertos. O Fellype Gabriel voltou muito bem taticamente. Se conseguir manter a posse de bola, não tem problema o Fellype não marcar tão forte - disse Rezende.
- Para esse tipo de jogo, o Lucas Zen seria o substituto, a princípio, mais indicado. Tem a responsabilidade de não começar tão exposto, poderia ser um risco. Depois, durante a partida, a substituihttp://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/04/duvida-para-final-renato-gera-dilema-no-botafogo.htmlhttp://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/04/duvida-para-final-renato-gera-dilema-no-botafogo.htmlção com o Maicosuel poderia até ser utilizada - aponta Loffredo.
Vasco e Botafogo se enfrentam no próximo domingo, no Engenhão. O jogo será disputado a partir das 16h (horário de Brasília) e vale vaga na decisão do estadual, contra o Fluminense.
Clique aqui e assista a vídeos do Botafogo
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