Artilheiros de Vasco e Botafogo vivem momentos parecidos na carreira
Com 12 gols, o atacante cruz-maltino divide a artilharia do Carioca com Somália, do Boavista. Loco Abreu tem nove e compartilha a terceira posição com o colega de equipe Herrera. Mas os números poderiam ser melhores não fossem os pênaltis desperdiçados. Alecsandro perdeu três seguidos, sendo um deles pelo Estadual (contra o Resende) e dois pela Libertadores (contra o Alianza Lima-PER). Já o uruguaio desperdiçou seis dos últimos sete tentados (assista acima). Três deles foram em jogos da fase de classificação do Carioca (contra Resende, Bangu e Boavista), dois em disputas de pênaltis (contra o Fluminense, na semifinal da Taça Guanabara, e contra o Treze-PB, na primeira fase da Copa do Brasil) e um no Brasileiro do ano passado (contra o Atlético-MG). A postura de ambos em relação a tal dificuldade, entretanto, é diferente.
Loco Abreu e Alecsandro vivem momentos parecidos (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
Em General Severiano, o panorama é outro. Mesmo com os seguidos pênaltis perdidos, Oswaldo de Oliveira continuou liberando Loco Abreu para cobrar. Porém, o treinador já avisou que isso pode mudar. Contra o Boavista, no último jogo da primeira fase, ele permitiu que o uruguaio cobrasse porque o time já estava classificado. Contra o Bangu, na semifinal da Taça Rio, a partida estava tranquila, e Loco já havia marcado três gols. Mas os erros em série do uruguaio levaram Oswaldo a garantir que outro atleta deve assumir a responsabilidade numa próxima oportunidade da marca da cal. Andrezinho e Herrera, se estiver em campo, são os principais candidatos.
Oswaldo vai fazer esta semana o que já virou hábito em seus treinos. As cobranças de pênalti serão fechadas à imprensa - para que não se divulgue como cada atleta decidiu chutar - e vão seguir um ritual como o de um jogo oficial. Os jogadores ficam no centro do campo e caminham até a marca da cal, onde esperam o apito do "juiz". Cada um bate apenas um, para evitar o desgaste. No Vasco, os jornalistas podem assistir ao treino, mas pede-se que as câmeras sejam desligadas. Cada atleta treina até achar que deve parar, sob o olhar do técnico Cristóvão Borges. Alecsandro, por exemplo, treinou 19 cobranças antes da semifinal contra o Fla.
Outra semelhança entre Alecsandro e Loco Abreu é o fato de ambos ainda inspirarem muito respeito nos advesários mesmo quando o assunto é a falta de eficiência na cobrança de pênaltis. Tanto em São Januário quanto em General Severiano há a certeza de que os artilheiros podem decidir o título para suas equipes. Gols em jogos decisivos são suas especialidades. Final da Copa do Brasil e semifinal e final de turno da competição regional já viram um desfile de seus gols (assista aos gols de Alecsandro no vídeo acima).
- Para mim, pênalti é mais do que bater na bola, pênalti é fator psicológico. Pode treinar e acertar todas as cobranças, mas no jogo errar. Nunca joguei com Loco. Não o conheço, mas pelo que vejo tem personalidade, tanto que continuou cobrando. É lógico que qualquer pessoa fica abalada com essa situação. Mas ele é um bom jogador e temos que ter cuidado - analisou o goleiro Fernando Prass.
- Não podemos achar que vai ser como naquele 3 a 1 (vitória do Botafogo na Taça Guanabara). O Vasco tem muitas qualidades, principalmente ofensivas, e vai vir diferente. Felipe, com quem joguei no Flamengo, tem um passe decisivo, todos conhecem, e Alecsandro está marcando muitos gols. O clima é diferente e precisamos nos precaver - afirmou Andrezinho.
O jogo decisivo entre Vasco e Botafogo será disputado no próximo domingo, no Engenhão, a partir das 16h (horário de Brasília). Quem triunfar, pega o Fluminense pelo título estadual.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/rj/futebol/campeonato-carioca/noticia/2012/04/alecsandro-e-loco-abreu-garantia-de-gols-e-de-problemas-na-marca-da-cal.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário