Entidade decide não dialogar com operários sobre a cessão de melhorias trabalhistas e aciona TRT. Obras no estádio ficarão cinco dias paradas
Diante da reação negativa dos operários, que decidiram manter a greve nas obras do Maracanã,
em assembleia na manhã desta sexta-feira, o Consórcio Maracanã Rio 2014
decidiu encerrar as conversas com o Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias da Construção Intermunicipal do Rio de Janeiro (Sitraicp) e
avisou, em nota oficial, que o caso já foi levado à Justiça do Trabalho,
sob o pedido de instauração de dissídio coletivo.
A audiência de conciliação, inclusive, foi marcada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para a próxima segunda-feira, às 11h. Segundo os membros da entidade responsável pela reforma, a medida é a única saída contra a paralisação, que vai atingir cinco dias na data destacada. Não há sequer uma resposta sobre se os reclamantes poderão entrar no estádio enquanto houver o impasse.
Os funcionários demandam melhores condições de trabalho, como segurança
no dia a dia, refeições de mais qualidade, extensão do plano de saúde
(concedido individualmente) à família e, principalmente, o aumento da
cesta básica de R$ 110 para R$ 300 - foi oferecido o valor de R$ 120. O
Consórcio rebate, alegando que houve entendimento nas reuniões da última
quinta-feira e que o acordo atual foi alinhavado até janeiro de 2012.
Confira abaixo o comunidado do Consórcio:
"O Consórcio Maracanã Rio 2014 informa que aceitou estabelecer negociações com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro, apesar de estar em vigência convenção coletiva assinada com essa mesma entidade em abril passado e válida até janeiro de 2012. Nessa negociação, que terminou na noite do dia 18 de agosto, o Consórcio e o Sindicato chegaram a um protocolo de entendimento, no qual o Consórcio atendeu reivindicações apresentadas pelo Sindicato, de forma a não prejudicar o andamento dos trabalhos executados na reforma do Maracanã. Sobre os pontos em que não houve consenso, houve disposição do Consórcio em colocá-los como pauta para negociação na próxima convenção coletiva.
Contrariando esse protocolo de entendimento, que demonstra a disposição do Consórcio para um acordo, o Sindicato, durante assembléia promovida com os trabalhadores na manhã do dia 19, decidiu pela permanência da paralisação dos trabalhos. Diante dessa posição, só resta ao Consórcio pedir a instauração de dissídio coletivo pelo Tribunal Regional do Trabalho.
As principais reivindicações atendidas pelo Consórcio, mediante o compromisso de retorno ao trabalho no dia 19, foram:
- Implantação de plano de saúde individual para os trabalhadores a partir de 1° de setembro. Hoje, o Consórcio mantém serviço médico e atendimento ambulatorial no canteiro de obras, serviços que serão mantidos.
- Aumento de 9,2% na Cesta Básica, passando para R$ 120,00, o que é uma bonificação de incentivo à freqüência dos trabalhadores ao serviço. Esse mesmo benefício já havia sido aumentado em 37,5%, na convenção coletiva em abril passado. A alimentação dos trabalhadores, durante o trabalho, é realizada em restaurante mantido no canteiro de obras.
- Abono das horas não-trabalhadas, durante a paralisação dos dias 17 e 18.
Sobre as informações do Sindicato a respeito das condições de segurança no canteiro de obras, o Consórcio reafirma que segue rigorosamente os padrões da legislação trabalhista, o que é regularmente fiscalizado pelo Ministério do Trabalho. O acidente ocorrido na manhã do dia 17 foi um evento isolado. O ajudante de produção acidentado, Carlos Felipe da Silva Pereira, foi prontamente atendido pelo serviço médico do Consórcio, estando atualmente em plena recuperação. As causas do acidente estão sendo apuradas."
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2011/08/consorcio-maracana-rio-2014-rebate-grevistas-e-avisa-que-caso-vai-ao-trt.html
A audiência de conciliação, inclusive, foi marcada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para a próxima segunda-feira, às 11h. Segundo os membros da entidade responsável pela reforma, a medida é a única saída contra a paralisação, que vai atingir cinco dias na data destacada. Não há sequer uma resposta sobre se os reclamantes poderão entrar no estádio enquanto houver o impasse.
Nesta sexta, funcionários da obra se reuniram no Maracanã (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Confira abaixo o comunidado do Consórcio:
"O Consórcio Maracanã Rio 2014 informa que aceitou estabelecer negociações com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro, apesar de estar em vigência convenção coletiva assinada com essa mesma entidade em abril passado e válida até janeiro de 2012. Nessa negociação, que terminou na noite do dia 18 de agosto, o Consórcio e o Sindicato chegaram a um protocolo de entendimento, no qual o Consórcio atendeu reivindicações apresentadas pelo Sindicato, de forma a não prejudicar o andamento dos trabalhos executados na reforma do Maracanã. Sobre os pontos em que não houve consenso, houve disposição do Consórcio em colocá-los como pauta para negociação na próxima convenção coletiva.
Contrariando esse protocolo de entendimento, que demonstra a disposição do Consórcio para um acordo, o Sindicato, durante assembléia promovida com os trabalhadores na manhã do dia 19, decidiu pela permanência da paralisação dos trabalhos. Diante dessa posição, só resta ao Consórcio pedir a instauração de dissídio coletivo pelo Tribunal Regional do Trabalho.
As principais reivindicações atendidas pelo Consórcio, mediante o compromisso de retorno ao trabalho no dia 19, foram:
- Implantação de plano de saúde individual para os trabalhadores a partir de 1° de setembro. Hoje, o Consórcio mantém serviço médico e atendimento ambulatorial no canteiro de obras, serviços que serão mantidos.
- Aumento de 9,2% na Cesta Básica, passando para R$ 120,00, o que é uma bonificação de incentivo à freqüência dos trabalhadores ao serviço. Esse mesmo benefício já havia sido aumentado em 37,5%, na convenção coletiva em abril passado. A alimentação dos trabalhadores, durante o trabalho, é realizada em restaurante mantido no canteiro de obras.
- Abono das horas não-trabalhadas, durante a paralisação dos dias 17 e 18.
Sobre as informações do Sindicato a respeito das condições de segurança no canteiro de obras, o Consórcio reafirma que segue rigorosamente os padrões da legislação trabalhista, o que é regularmente fiscalizado pelo Ministério do Trabalho. O acidente ocorrido na manhã do dia 17 foi um evento isolado. O ajudante de produção acidentado, Carlos Felipe da Silva Pereira, foi prontamente atendido pelo serviço médico do Consórcio, estando atualmente em plena recuperação. As causas do acidente estão sendo apuradas."
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2011/08/consorcio-maracana-rio-2014-rebate-grevistas-e-avisa-que-caso-vai-ao-trt.html
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