Jogador lembra sua passagem pelo Flamengo, quando teve salários atrasados e não pôde comprar um presente melhor para o filho
Bastou um passeio pelo belo bairro de Boa Viagem, em Recife, para o
pequeno Marcelo escolher seu presente de aniversário. Para um filho de
jogador de futebol, uma bola seria um presente ideal. Mas não foi isso
que o caçula de Marcelinho Paraíba escolheu. Com o dedo apontado para a
vitrine, pediu um carrinho motorizado. E ganhou.
Sorriso no rosto do menino que completou 9 anos e no do pai. Há seis meses no Sport, Marcelinho Paraíba comemora a boa fase na carreira e, principalmente, a tranquilidade por saber que terá seu salário no fim do mês para satisfazer os desejos dos dois filhos. Um sentimento que ele não trocaria para voltar a jogar no eixo Rio-São Paulo, para onde foi após sua volta do Wolfsburg, da Alemanha, em 2008.
- Saí do Flamengo por conta de salários atrasados, pagamentos de luvas
que não foram cumpridos. Fiz um acerto para eles me liberarem. Eles
pagaram uma parte, e abri mão da outra para poder sair. Estava há oito
anos na Alemanha, acostumado a sempre receber correto. Quando voltei,
senti a diferença que dá não receber por dois, três meses. É complicado
jogar assim. Aqui no Sport, não. Agora tenho tranquilidade para comprar o
que eu quiser. É um clube sério, com diretoria que cumpre suas
obrigações - afirmou o meia do Leão.
Marcelinho teve uma saída conturbada do Flamengo, em 2009. Desgastado com a diretoria por conta de atrasos salariais, o jogador rescindiu seu contrato e foi para o Coritiba. Mas a passagem pelo Coxa também não deixou boas lembranças, e o meia acertou sua transferência para o São Paulo. Porém, a permanência no banco de reservas o levou a rever suas prioridades. Chegou a ser emprestado ao Sport para disputa da Série B de 2010 e em fevereiro retornou ao Leão em definitivo. Aos 36 anos, Marcelinho decidiu que era a hora de buscar novos desafios e começar a pensar mais na família.
- Estou em uma das melhores fases da minha carreira. Pela idade, por estar perto da minha casa. Estava no São Paulo, mas não estava sendo aproveitado. Sempre na reserva. Ainda tinha um ano de contrato lá, mas optei por vir para cá pelo projeto de voltar a jogar como titular e levar o Sport para a Primeira Divisão. O principal foi isso, mas a proximidade da casa dos meus pais (em Campina Grande-PB) também contou muito. A idade vai chegando, vamos ficando mais experientes e começamos a projetar mais o futuro - comentou.
Meia acredita na classificação do Sport à Série A
Os 17 anos de carreira já começam a pesar para Marcelinho, mas ele
ainda não pretende guardar as chuteiras no armário. Antes, elas precisam
ajudar a levar o Sport de volta à Série A. O Leão não vive um bom
momento na tabela. Com 23 pontos, na 12ª posição, soma três derrotas
consecutivas e acertou com o quarto técnico na temporada, Paulo César
Gusmão, que será apresentado aos jogadores contra o Paraná, neste
sábado, às 16h20m, no Durival de Britto. Mas o camisa 10 confia no time.
- É um campeonato mais difícil do que a Série A. Lá é mais cadenciado, aqui é correria. Não vai ser fácil, mas acredito que vamos conseguir - disse.
Marcelinho quer voltar a jogar como em 2001, quando foi campeão gaúcho e da Copa do Brasil com o Grêmio. A boa atuação o levou ao Hertha Berlin, da Alemanha, e à convocação para a Seleção Brasileira para disputar as eliminatórias da Copa do Mundo de 2002. Mas, aos 36 anos, o meia sabe que seu tempo com a amarelinha já passou, e a pretensão de chegar à marca de mil gols na carreira ficou longe.
- Não penso mais em Seleção, até pela idade também. Por mais que você esteja voando, fica complicado quando está mais velho. Acho que tenho uns 300, 400 gols no currículo. E vai parar nessa casa aí (risos) - brincou.
A expectativa de Marcelinho é jogar por mais três temporadas. Em seguida, o ramo de empresário de jogadores pode ser seu destino.
- Hoje me sinto bem fisicamente. Nunca tive contusões sérias. O objetivo é subir para a Série A e jogar lá para cumprir meu contrato até o final. Depois, vou continuar no meio, com certeza. Afinal, para quem está no futebol há tanto tempo, largar assim é difícil demais. Vou ficar por aí, de olho. Um dia eu apareço - concluiu.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/sport/noticia/2011/08/bordo-do-carro-do-filho-marcelinho-paraiba-celebra-estabilidade-no-sport.html
Sorriso no rosto do menino que completou 9 anos e no do pai. Há seis meses no Sport, Marcelinho Paraíba comemora a boa fase na carreira e, principalmente, a tranquilidade por saber que terá seu salário no fim do mês para satisfazer os desejos dos dois filhos. Um sentimento que ele não trocaria para voltar a jogar no eixo Rio-São Paulo, para onde foi após sua volta do Wolfsburg, da Alemanha, em 2008.
Marcelinho Paraíba dá passeio com presente do filho pela Ilha do Retiro (Foto: Reprodução)
Marcelinho teve uma saída conturbada do Flamengo, em 2009. Desgastado com a diretoria por conta de atrasos salariais, o jogador rescindiu seu contrato e foi para o Coritiba. Mas a passagem pelo Coxa também não deixou boas lembranças, e o meia acertou sua transferência para o São Paulo. Porém, a permanência no banco de reservas o levou a rever suas prioridades. Chegou a ser emprestado ao Sport para disputa da Série B de 2010 e em fevereiro retornou ao Leão em definitivo. Aos 36 anos, Marcelinho decidiu que era a hora de buscar novos desafios e começar a pensar mais na família.
- Estou em uma das melhores fases da minha carreira. Pela idade, por estar perto da minha casa. Estava no São Paulo, mas não estava sendo aproveitado. Sempre na reserva. Ainda tinha um ano de contrato lá, mas optei por vir para cá pelo projeto de voltar a jogar como titular e levar o Sport para a Primeira Divisão. O principal foi isso, mas a proximidade da casa dos meus pais (em Campina Grande-PB) também contou muito. A idade vai chegando, vamos ficando mais experientes e começamos a projetar mais o futuro - comentou.
Meia acredita na classificação do Sport à Série A
Marcelinho planeja atuar por mais três temporadas
(Foto: Divulgação / Site Oficial do Sport)
(Foto: Divulgação / Site Oficial do Sport)
- É um campeonato mais difícil do que a Série A. Lá é mais cadenciado, aqui é correria. Não vai ser fácil, mas acredito que vamos conseguir - disse.
Marcelinho quer voltar a jogar como em 2001, quando foi campeão gaúcho e da Copa do Brasil com o Grêmio. A boa atuação o levou ao Hertha Berlin, da Alemanha, e à convocação para a Seleção Brasileira para disputar as eliminatórias da Copa do Mundo de 2002. Mas, aos 36 anos, o meia sabe que seu tempo com a amarelinha já passou, e a pretensão de chegar à marca de mil gols na carreira ficou longe.
- Não penso mais em Seleção, até pela idade também. Por mais que você esteja voando, fica complicado quando está mais velho. Acho que tenho uns 300, 400 gols no currículo. E vai parar nessa casa aí (risos) - brincou.
A expectativa de Marcelinho é jogar por mais três temporadas. Em seguida, o ramo de empresário de jogadores pode ser seu destino.
- Hoje me sinto bem fisicamente. Nunca tive contusões sérias. O objetivo é subir para a Série A e jogar lá para cumprir meu contrato até o final. Depois, vou continuar no meio, com certeza. Afinal, para quem está no futebol há tanto tempo, largar assim é difícil demais. Vou ficar por aí, de olho. Um dia eu apareço - concluiu.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/sport/noticia/2011/08/bordo-do-carro-do-filho-marcelinho-paraiba-celebra-estabilidade-no-sport.html
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