Coelho pressiona, mas não consegue marcar e continua sem vencer. Para Figueirense, mesmo sem ganhar há quatro jogos, empate soa como vitóri
Na primeira etapa, equilíbrio e chances para as duas equipes, mas com o time de Florianópolis melhor. Nos últimos 45 minutos, domínio completo dos anfitriões, que atacaram de todas as maneiras, mas não conseguiram marcar o gol.
O Coelho, com o empate, chega aos sete pontos no Brasileirão, em 18º lugar. Já o Figueirense, que já frequentou o G-4, mas não ganha há quatro partidas, tem agora 16 pontos na tabela, ocupando a oitava posição.
Equilíbrio e Figueira com um a menos
Não foi a primeira etapa dos sonhos dos técnicos Antônio Lopes e Jorginho. Precisando do resultado, América e Figueirense fizeram um jogo morno nos primeiros 45 minutos em Sete Lagoas. Partida sem gols, mas com três ou quatro chances reais para a rede balançar.
O Figueira foi melhor nos 20 minutos iniciais, mais objetivo e criando jogadas que ameaçaram a equipe mineira. A primeira boa chance no jogo foi justamente dos catarinenses. Aos 11 minutos, Rhayner chutou forte da intermediária do América, a bola tocou primeiro no gramado e enganou o goleiro Neneca. "Por sorte", a bola acertou em cheio no rosto do goleiro e não entrou. O América só assustou o Figueira na marca dos 23 da primeira etapa, e mesmo assim por culpa do goleiro Wilson. Em escanteio cobrado por Thiago Carleto, o arqueiro da equipe de Florianópolis se atrapalhou com a bola, e o Coelho finalizou perigosamente na sequência, mas o árbitro já apontava falta de Léo, que tentou tirar a bola do goleiro.
Mas foi na sequência que o time mineiro teve a melhor chance de gol de todo o primeiro tempo e talvez de toda a partida. Caleb avançou pela direita e achou Fábio Júnior livre na marca do pênalti. O atacante ainda dominou a bola e escolheu o melhor canto para finalizar, mas chutou para fora, com toda a zaga do Figueirense batida no lance.
Num intervalo de quatro minutos - aos 39 e aos 43 minutos, o volante paraguaio do Figueirense, Wilson Pittoni, levou dois cartões amarelos e foi expulso. No segundo lance, o jogador parou um rápido contra-ataque do América-MG com Marcos Rocha.
O Figueirense começou o jogo melhor, mas o Coelho melhorou e deu indícios de que voltaria para a segunda etapa com outra postura.
Empate soou como goleada sofrida para o Coelho; Figueira celebra (Foto: Gustavo Andrade / Agência Estado)
A conversa com o técnico Antônio Lopes nos vestiários parece ter surtido efeito, e os jogadores do América voltaram para a segunda etapa buscando mais o gol e arriscando jogadas de ataque. O Figueirense, por sua vez, adotou a tática americana do primeiro tempo: com um jogador a menos, Jorginho promoveu a entrada de dois volantes - Jackson e Coutinho, nos lugares de Rhayner e Bruno Vieira, respectivamente.
E se o time de Florianópolis quis se fechar, o time de Belo Horizonte foi de vez para o ataque. Nos primeiros 20 minutos do segundo tempo, o América pressionou o Figueirense constantemente, atacou de todos os lados e finalizou com praticamente todos os jogadores de frente. E não só os atacantes. O auge da pressão americana foi aos 21 minutos: o volante Amaral teve liberdade, avançou da direita para o meio da intermediária do Figueira e chutou muito forte no travessão, assustando o goleiro Wilson.
Salvo lances isolados, o jogo no segundo tempo só se desenvolveu no campo de defesa do Figueira. O América conseguiu roubar a bola no meio-campo por diversas oportunidades e subir rapidamente para o ataque, com muito perigo, mas faltava o gol.
Se não vai em chutes, vai de bicicleta
O América tentou de vários jeitos marcar no meio do segundo tempo. De cabeça, chute de longe pela direita, pela esquerda, jogada treinada em tabelinhas, mas nada. Então, em cruzamento de Marcos Rocha, a bola sobrou para o atacante Kempes, no meio da área, e o jogador do Coelho arriscou de bicicleta. Mas a bola saiu reta e ficou fácil para o goleiro Wilson.
Nos últimos dez minutos o América seguiu bombardeando o goleiro Wilson, mas sem sucesso. A zaga do time de Florianópolis, liderada por Roger Carvalho, se fechou bem e segurou o empate.
Com um jogador a menos, o empate sem gols saiu para o Figueirense como uma vitória. Para o América, soa mais como outra goleada sofrida.
Menor público
O empate sem gols entre América e Figueirense foi o jogo de pior público de todo o Campeonato Brasileiro 2011. Apenas 752 torcedores compareceram à Arena do Jacaré para ver o 0 a 0 entre as equipes. O Coelho já detinha esse índice anteriormente, na partida de estreia contra o Bahia - única vitória do time na competição: 1.253 pagantes.
Neneca; Willian Rocha, Micão e Amaral; Marcos Rocha, Dudu (Leandro Ferreira), China, Caleb (Luciano) e Carleto; Fábio Jr. (Kempes) e Léo. | Wilson; Bruno Vieira (Coutinho), João Paulo, Roger Carvalho e Juninho; Ygor, Pittoni, Maicon e Fernandes (Wellington Sousa); Rhayner (Jackson) e Aloísio. |
Técnico: Antônio Lopes. | Técnico: Jorginho. |
Público: 752 pagantes Renda: R$ 10.140,00 | |
Cartões amarelos: Léo, Willian Rocha, Carleto (América-MG) Rhayner, Pittoni, Roger Carvalho, Wellington Sousa (Figueirense). Cartão vermelho: Pittoni (Figueirense) | |
Arbitragem: Jailson Macedo Freitas-BA, auxiliado por José R. Dias da Hora-BA e Adnilson da Costa Pinheiro-MS | |
Data: 23/07/2011 Motivo: 11ª rodada do Brasileirão 2011 Local: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG) FONTE: http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2011/07/america-mg-nao-aproveita-figueira-com-10-e-times-empatam-sem-gols.html |
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