domingo, 12 de junho de 2011

Em má fase, Atlético quer manter o tabu contra o Flamengo

      Elaine Felchacka
Allan Costa Pinto
Madson entra no time, pra Paulo Baier sair de cena no duelo de hoje na Arena da Baixada.
O Atlético pode se agarrar aos números positivos contra o Flamengo para conseguir a primeira vitória no Campeonato Brasileiro hoje, às 18h30, na Arena da Baixada. O time do Urubu não sabe o que é vencer dentro da casa atleticana desde a inauguração, em 1999. Mas o tabu é mais antigo. Já são 37 anos sem que o Flamengo vença o Furacão jogando como visitante. Trata-se de um dos maiores fregueses do time paranaense.

Não bastasse todo o retrospecto favorável, ano passado foi justamente o Flamengo quem reabilitou o Atlético. A partir da vitória por 1 x 0, na Baixada, ainda no 1.º turno do Campeonato Brasileiro, é que o Rubro-Negro iniciou a guinada que o levou ao 5.º lugar no final da temporada. Na ocasião, o time não vencia há três rodadas e estava figurando entre os rebaixados.

Os aspectos positivos, no entanto, não empolgam o técnico Adilson Batista. “Tem o lado bom, mas o jogo é dentro de campo. São outros jogadores, outro treinador, outro ano em início. Estamos com dois meses de trabalho e a tendência é melhorar”, disse, completando que é preciso ter paciência para vencer hoje: “A gente espera que consiga vencer o jogo para ter uma reabilitação, ganhar confiança e ter traquilidade. Há necessidade da vitória, mas sem loucura, sem entrar em desespero, organizado. Tem 90 minutos para ganhar o jogo e é isso que tenho pedido.”
A partir do jogo contra o Flamengo, desde que tudo dê certo e o Atlético consiga sustentar a histórica vantagem sobre o rival, o técnico Adilson Batista espera conseguir o “encaixe” do time para fixar uma escalação. Por enquanto, o técnico tem tido dificuldades para definir uma equipe. “Eu gostaria de definir um padrão, que a gente acha que é importante, ideal. Definirmos as peças, trocar poucas vezes. Mas acontece muita coisa”, reclamou.

Segundo o treinador, isso se deve ao pouco tempo à frente da equipe como um dos grandes vilões neste início de Brasileiro. “Acho o tempo [dois meses] curto para conhecer, implantar o jeito que você quer. Você nunca tem todo mundo à disposição. Está sempre chegando gente e muda a maneira de jogar em função deste ou daquele que está entrando”, acrescentou.

Por isso, novamente a torcida ganha importância. Adilson Batista não acredita que a pressão será contrária ao time, mas de incentivo para ajudar na busca a primeira vitória. “Claro que ela vai cobrar numa adversidade ou se o adversário estiver superior no jogo. Mas vejo que está tranquilo e precisamos do apoio deles, com calma, para daqui a pouco sair desta situação”, disse.
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