Um coelho abusado que invade um estádio, uma nutricionista
atraente, um técnico interino com bom aproveitamento. O que têm em comum? Todos
tiveram seus momentos. Seja por coincidência, bons resultados, pela boa
aparência ou por ser insólito. Em 2014, alguns personagens no futebol
brasileiro usufruíram dos seus 15 minutos de fama.
Estão longe de ter o prestígio dos grandes craques ou das
grandes equipes nacionais, mas conseguiram algum destaque. O GloboEsporte.com
faz uma lista com exemplos que se encaixam neste perfil. Alguns têm chance de
voltar a brilhar. Outros terão que percorrer um longo caminho para chegar a
algum lugar. Veja a lista:
nutricionista boa de samba
Rossana Torales saiu de Assunção, no Paraguai, para cursar
Nutrição no Rio de Janeiro e mal sabia que a atividade poderia lhe render ainda
mais. A paraguaia se tornou nutricionista do modesto Boavista, de Saquarema-RJ,
mas a boa forma e a beleza chamaram atenção. Seus posts em redes sociais
repercutiram com os internautas, e Rossana chegou a desfilar pela Mangueira no carnaval
da Sapucaí. Após o estadual, a nutricionista deixou o Boavista, mas já acertou
novo vínculo para o Campeonato Carioca de 2015. Mais uma chance de voltar aos
holofotes.
Os jogos do Paranaense disputados no Ecoestádio
Janquito Malucelli, em Curitiba, tiveram uma atração a mais. Um espectador
inusitado invadiu um dos gols do campo na partida entre Atlético-PR e
Operário-PR: um coelho. Mas não era um coelho qualquer. Era Ozir, morador do
Ecoestádio. Ele ainda seria visto no duelo entre JMalucelli e Vitória, pela
Copa do Brasil, quando Bruno Batata se preparava para cobrar um pênalti.
Entretanto, no jogo do Furacão com o mesmo JMalucelli, a administração do estádio
tratou de prendê-lo. O próximo jogo no estádio será em 1º de fevereiro, entre o Jotinha e o Rio Branco-PR, pelo estadual.
No dia 5 de abril, a dramaturgia e o cinema
brasileiro perderam um de seus maiores nomes: o ator José Wilker, que morreu
após infarto. No mesmo dia, um jovem atleta do Avaí teve destaque por uma
simples coincidência ligada ao seu nome. O atacante Wilker, aos 20
anos, fazia, contra o Marcílio Dias, sua segunda partida pelo Leão catarinense. Marcou um dos gols do empate por 2 a 2, o seu primeiro - e até agora único - na carreira. A
ligação com o ator não está apenas no nome. Ele também sofreu com um
problema no coração, mas passou por cirurgia e se recuperou.
Maíra
Americano Labes não esperava que, após trabalhar no
jogo Juventus-SC x Chapecoense, pelo Catarinense, chegaria até ao
"Programa do Jô". A auxiliar, de 26 anos (nove de carreira), ouviu do
técnico Celso Teixeira, do
Juventus, um recado após ser expulso pelo árbitro Paulo Henrique de
Godoy
Bezerra: “Vou sair, sua gostosa”. O relato foi
registrado na súmula, e o caso repercutiu. O treinador se defendeu, e
Maíra
amenizou o episódio. Disse que “não teve malícia” no comentário de Celso. A
bandeirinha pertence ao quadro da Federação Catarinense e ainda não
trabalhou em jogos da elite do futebol brasileiro - somente do Campeonato
Brasileiro Feminino.
O
Tanabi, da segunda divisão paulista – correspondente à
quarta divisão – já havia tido seus momentos de notoriedade em 2013 com
as
passagens de Viola e Túlio Maravilha. Em 2014 foi a vez de Cabañas e
Gessé. O paraguaio estava
afastado do futebol desde 2010, quando levou um tiro após uma briga em
um bar
no México, onde atuava pelo América. Em abril, o presidente do Tanabi,
Irineu Alves, foi até o Paraguai para convencê-lo a jogar. Seu contrato
era de três partidas, mas só atuou em um amistoso contra o Barueri e
ainda perdeu pênalti.
O acreano Gessé chamou atenção por causa de um golaço do meio-campo pelo
Atlético-AC. O Tanabi segue na quarta divisão paulista.
gonçalense e o estádio cata-vento
Projeto ambicioso do estádio Catarinão, do
Gonçalense (Foto: Divulgação)
O
Gonçalense Futebol Clube foi fundado em 2013 e
disputará a Série B do Campeonato Carioca em 2015. Chamou atenção neste
ano por causa de um ambicioso projeto de
estádio, o Catarinão (ou Cata-Vento). Tem design ousado e com capacidade
para 43 mil
pessoas, colocando-o no terceiro posto entre os maiores do Rio. O
planejamento é que seja finalizado em 2017, mas sendo aproveitado já a
partir de março, em versão reduzida, para 5 mil pessoas. O
gramado foi instalado, e cabines de TV e rádio foram construídas.
A
luta contra o rebaixamento não era realidade no início do Brasileiro
para o Palmeiras, que chegou a ficar em quarto lugar na sexta rodada.
Após a saída
de Gilson Kleina, o interino Alberto Valentim ficou no cargo até a
chegada do argentino Ricardo Gareca e surpreendeu. Venceu
quatro jogos seguidos, três pelo Brasileiro e um pela Copa do Brasil. No
entanto, a boa fase foi passageira. Foi
derrotado em seus dois últimos jogos no comando do Palmeiras antes da
Copa do
Mundo, quando cederia lugar a Gareca. Valentim ainda treinaria o Verdão
na
derrota por 2 a 0 diante do Atlético-MG, pela Copa do Brasil, após a
saída do
argentino.
O Santa Rita sequer estava em uma das quatro divisões do
Campeonato Brasileiro. Conseguiu uma vaga na Copa do Brasil somente após fusão
com o Corintihans-AL, participando pela primeira vez de um torneio nacional. E
mesmo assim conseguiu ter seus 15 minutos de fama. Ou melhor, suas
duas semanas de fama, quando enfrentou o Cruzeiro, que já dominava o futebol
brasileiro. O time alagoano - com folha salarial de R$ 120 mil - passou por Guarani, Potiguar e Santa Cruz até
encarar a Raposa nas oitavas. Aí a realidade falou mais alto: perdeu por 5 a 0 no Mineirão e por 2 a 1 em
Arapiraca.
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