segunda-feira, 27 de março de 2017

Loco lembra com carinho de seu tempo no Botafogo: "Jamais imaginei"




BANGU



Atacante do Bangu reencontra nesta tarde seu ex-clube. Em conversa com o Esporte Espetacular ele lembra detalhes desta relação íntima com o clube alvinegro



Por
Rio de Janeiro



O local da entrevista estava prontinho à espera de El Loco. E o número treze na cadeira tira qualquer ar de mistério. O atacante uruguaio Loco Abreu mesmo longe do Botafogo há quase cinco anos se sentiu em casa no estádio Nílton Santos. Antes do papo com o Esporte Espetacular, o atacante do Bangu posou pra fotos na nova loja, que até vende um livro com o momento mais marcante dele no clube  "A cavadinha muito louca" e reencontrou funcionários que ele diz serem os heróis ocultos do futebol. (vea no vídeo clicando no LINK da FONTE no final da matéria abaixo  e confira a reportagem de Eric Faria)

Loco Abreu em entrevista para o Esporte Espetacular (Foto: Renata Amaral)Loco Abreu em entrevista para o Esporte Espetacular (Foto: Renata Amaral)


 - Tudo o que você constrói no clube, tem a ver com a simpatia e com a raça pra trabalhar, que o pessoal, o massagista, o roupeiro, tem sempre pra passar pra nós – conta o uruguaio.

Loco Abreu é diferente dos demais jogadores, não apenas pela longevidade já que tem 40 anos, ou pela carreira com mais de 20 times no currículo, mas por ser um cara com muita personalidade. Os microfones da imprensa nunca o intimidaram, pelo contrário, os repórteres é que ouvem poucas e boas. Certa vez, o repórter Kiko Menezes, ficou meio temeroso se deveria após um gol perdido, oferecer a camisa do Inacreditável Futebol Clube, do Globo Esporte. Ele perguntou e ouviu a invertida. Será que hoje em dia, a resposta seria diferente?

 - Não, igual, aceitaria se o jornalista que tá falando comigo tivesse jogado – dispara Abreu.

Até por esse jeitão, Loco rapidamente caiu nas graças dos alvinegros. A recepção, a camisa entregue por Zagallo e a confiança que passou para todo mundo. O Botafogo vinha, na ocasião, de sucessivas derrotas para o Flamengo em decisões.

Loco Abreu dando entrevista para Eric Faria (Foto: Renata Amaral)
Loco Abreu dando entrevista para Eric Faria 
(Foto: Renata Amaral)


- O que eu perguntei o que vem acontecendo, a gente não aguenta mais perder final pra esses caras, então vamos pega-los na final e vamos ganhar - explica o atacante.

O Botafogo ganhou e aquela cavadinha virou título de livro e o Botafogo foi campeão carioca vencendo os dois turnos, mas o começo de Loco não foi bom. O atacante estreou na goleada de seis a zero para o Vasco.

 - Tomamos de seis, né. Eu achei que o primeiro jogo ia ser o ultimo – lembra ele.

Loco Abreu em entrevista para o Esporte Espetacular (Foto: Renata Amaral)
Loco Abreu em entrevista para o Esporte 
Espetacular (Foto: Renata Amaral)


Depois de sair no intervalo no primeiro jogo, com o tempo ele mostrou serviço. Só no estádio Nílton Santos, onde aconteceu a reportagem, são 41 gols em 63 partidas, números que o colocam na posição de maior artilheiro do estádio e com muita história para contar.

- Jamais imaginei quando cheguei em 2010 que ia acontecer o que aconteceu com a minha vida dentro do Botafogo – reflete Loco.

Logo mais, o reencontro com o Botafogo será em Moça Bonita e não no seu palco predileto, o Nílton Santos, o que seria bom pra aumentar as estatísticas e se distanciar de Fred, que é o segundo jogador que mais fez gols no estádio do Engenho de Dentro.

- Pode acontecer que daqui a pouco o Fred faça três gols aqui e passe a ser o maior artilheiro do Nílton Santos, mas pelo Botafogo o maior artilheiro vai continuar sendo eu – encerra o banguense.


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