FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/le-monde-temer-e-presidente-zumbi
Alencastro: queda passa a ser viável
Reprodução: Ademir Furtado
Da Radio France International:
Temer vira "presidente zumbi", diz cientista político ao Le Monde
O jornal Le Monde desta quinta-feira (15) destaca em seu site as denúncias de Claudio Melo Filho, confirmadas por Marcelo Odebrecht, que provam o envolvimento de vários caciques do governo e do próprio presidente interino no esquema de corrupção da operação Lava Jato. Temer foi citado 43 vezes na delação de Melo Filho.
(...) A saída de Temer se tornou uma hipótese viável. De acordo com uma pesquisa da Datafolha, 63% dos brasileiros pedem sua demissão e a convocação de eleições antecipadas. Para isso, ele deve deixar o poder ou ser cassado – mas o Congresso já barrou a emenda que permitiria sua saída. Ele não parece disposto a sair por conta própria.
Para o politólogo Mathias de Alencastro, Temer se tornou um “presidente zumbi”. Se Temer deixar a presidência depois de janeiro de 2017, haverá a organização de eleições indiretas no Congresso, com candidatos potenciais como Nelson Jobim, ex-ministro da Defesa de Lula e Dilma ou Fernando Cardoso, que desmentiu a candidatura. Uma possibilidade que não entusiasma a oposição, já que um terço da Casa está envolvida em esquemas de fraude.
(...) “Seria o golpe de Estado do golpe de Estado”, diz Jean Wyllys (PSOL). A pressão então é para mudar a Constituição e convocar eleições antecipadas. Para o Le Monde, as recentes denúncias são “o início da descida aos infernos para o septuagenário”. O caso Renan Calheiros, mantido na presidência do Senado, depois do Supremo Tribunal Federal voltar atrás na decisão, assinalou a morte anunciada de Michel Temer, diz o jornal, demonstrando como o governo e a democracia são frágeis.
O Le Monde encerra a reportagem questionando se a rua “continuará muda” diante dos escândalos que se sucedem. “Os simpatizantes de direita se manifestam de maneira esporádica contra a corrupção. Os de esquerda protestam contra as reformas e a austeridade. Brasília tem tremedeira pensando que os dois movimentos se unam um dia contra um inimigo comum: Michel Temer.”
O jornal Le Monde desta quinta-feira (15) destaca em seu site as denúncias de Claudio Melo Filho, confirmadas por Marcelo Odebrecht, que provam o envolvimento de vários caciques do governo e do próprio presidente interino no esquema de corrupção da operação Lava Jato. Temer foi citado 43 vezes na delação de Melo Filho.
(...) A saída de Temer se tornou uma hipótese viável. De acordo com uma pesquisa da Datafolha, 63% dos brasileiros pedem sua demissão e a convocação de eleições antecipadas. Para isso, ele deve deixar o poder ou ser cassado – mas o Congresso já barrou a emenda que permitiria sua saída. Ele não parece disposto a sair por conta própria.
Para o politólogo Mathias de Alencastro, Temer se tornou um “presidente zumbi”. Se Temer deixar a presidência depois de janeiro de 2017, haverá a organização de eleições indiretas no Congresso, com candidatos potenciais como Nelson Jobim, ex-ministro da Defesa de Lula e Dilma ou Fernando Cardoso, que desmentiu a candidatura. Uma possibilidade que não entusiasma a oposição, já que um terço da Casa está envolvida em esquemas de fraude.
(...) “Seria o golpe de Estado do golpe de Estado”, diz Jean Wyllys (PSOL). A pressão então é para mudar a Constituição e convocar eleições antecipadas. Para o Le Monde, as recentes denúncias são “o início da descida aos infernos para o septuagenário”. O caso Renan Calheiros, mantido na presidência do Senado, depois do Supremo Tribunal Federal voltar atrás na decisão, assinalou a morte anunciada de Michel Temer, diz o jornal, demonstrando como o governo e a democracia são frágeis.
O Le Monde encerra a reportagem questionando se a rua “continuará muda” diante dos escândalos que se sucedem. “Os simpatizantes de direita se manifestam de maneira esporádica contra a corrupção. Os de esquerda protestam contra as reformas e a austeridade. Brasília tem tremedeira pensando que os dois movimentos se unam um dia contra um inimigo comum: Michel Temer.”
Em tempo: o Conversa Afiada entrevistou o cientista político Mathias de Alencastro, que falou sobre os recentes ataques terroristas na Europa e sobre a disputa entre China e Brasil por influência na África. Assista ao vídeo na TV Afiada.
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