Técnico revela que tem "metas internas", mas evita detalhar planos da equipe.
Em dez partidas no Brasileiro, Carpegiani conquistou 60% dos pontos possíveis
Técnico comemorou jogo contra América-MG,
mas fez críticas ao time: "Bem longe do ideal"
(Foto: Divulgação/Coritiba)
O Coritiba, que ainda busca pontuação para se afastar mais da zona de rebaixamento, já começou a sonhar. São cinco pontos que separam o Alviverde da degola e seis do grupo de seis times classificados para a Libertadores. No meio da tabela, na 12ª colocação, Carpegiani já vislumbra metas palpáveis para a equipe.
– A partida contra o América-MG era o divisor de águas. Temos jogos importantes e estamos aí, querendo fazer os resultados, querendo entrar na competição um pouco mais tranquilos. Para isso, temos que vencer. Tenho metas internas, que falei aos meus jogadores. Não quero expressar para vocês, mas se nos afastarmos mais da zona de rebaixamento, podemos tentar comprar um binóculo um pouco maior também. Os jogadores sabem as metas. A partir do momento que abriu vaga de tudo que é jeito, nós temos que ter ambição. Não vou dizer quantos pontos, mas fui bastante ambicioso – escondeu o técnico.
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De volta à analogia do binóculo, que, segundo Carpegiani, permite enxergar o horizonte do time, o técnico agora se mostra menos receoso em pensar mais além. Ele diz que os confrontos contra Internacional, em Porto Alegre, Figueirense, no Couto Pereira, Atlético-PR, com mando do rival, e Fluminense, em Curitiba, vão definir a ambição do Coxa na competição. São dois confrontos diretos com a parte inferior da tabela e dois embates decisivos contra times que lutam pela vaga na Libertadores.
– Tracei uma meta com o pessoal para os próximos quatro jogos. Temos meta, sim, vamos buscar isso, ainda mais que abriu vagas. Vamos pensar no Internacional e talvez depois possamos comprar o binóculo maior. Talvez no próximo a gente já possa pensar – teoriza Carpegiani.
O suspense para falar sobre a meta sofre influência da situação que o Coritiba ainda tenta se desvencilhar. Quando o técnico assumiu a equipe, contra a Ponte Preta, o Coxa passou algumas horas na zona de rebaixamento. Pelos adjetivos empregados, Carpegiani não planeja repetir a experiência.
– Um dia, eu tive essa experiência na minha vida, de pertencer ao Z-4. São 500 quilos nos ombros. Tive essa experiência no Coritiba. Foram horas que estávamos no Z-4, aí teve um gol na rodada e saímos. É um peso terrível. Somente quem vive, quem está naquele momento, sabe o que é pertencer ao Z-4. É pavor, pavor e pavor. Simplesmente horrível – relembrou.
A expressiva vitória contra o América-MG pode ter contribuído para os planos ávidos de Carpegiani, mas o técnico "perfeccionista", como ele mesmo se define, não deixou de pontuar críticas à estrutura da equipe em campo. Para ele, falta muito ao Coritiba para ser considerado "ideal".
– Foi uma vitória justa, mas taticamente deixamos a desejar. São situações de momento, jogos. Individualmente, alguns se destacaram, mas a parte coletiva, que é mais importante, em alguns momentos deixamos a desejar. Ainda estamos bem longe do que é ideal nos times de futebol. A gente está tentando buscar aquilo que eu acho que é o ideal com o que temos. A vontade e a determinação dos jogadores, acho que é o responsável por esse momento – analisou o treinador.
Na busca pela misteriosa meta de pontos de Carpegiani, o Coritiba encara o Internacional na quinta-feira. Em Porto Alegre, as equipes se enfrentam a partir das 19h30 (horário de Brasília).
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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/pr/futebol/times/coritiba/noticia/2016/10/com-rendimento-de-g-6-carpegiani-fala-em-ambicao-para-o-coritiba.html
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