quarta-feira, 8 de junho de 2016

Jairzinho lamenta atual geração: "Só Neymar jogaria na minha seleção"



"Tirando o Neymar, o resto não faz falta", diz Furacão da Copa de 1970. Para ele, seleção brasileira sofre crise técnica e pode não ir ao mundial da Rússia em 2018




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Ribeirão Preto, SP




Jairzinho (Foto: Reprodução EPTV)Jairzinho criticou o momento da seleção 
brasileira: "Tirando o Neymar, o resto 
não faz falta" (Foto: Reprodução EPTV)


O Furacão da Copa de 1970 está preocupado com o presente da Seleção. Para Jairzinho, campeão mundial pelo Brasil, o atual selecionado não empolga o torcedor e, segundo ele, apenas o atacante Neymar teria condições de vestir a camisa amarela.

- O Dunga vive um momento como treinador que eu não gostaria de viver. Quantos jogadores temos no futebol brasileiro? Tirando o Neymar, o resto não faz falta. Não desequilibram nos clubes deles. O Neymar é campeão com o Barcelona, quem mais foi campeão? Com o maior respeito aos jogadores que lá estão, mas só jogaria na minha seleção o Neymar - observou Jairzinho, que fez uma ressalva sobre o meia Phillipe Coutinho, do Liverpool, integrante do grupo convocado por Dunga.

- O Coutinho está numa crescente, sim, mas e os demais? O torcedor não gosta da Seleção porque não tem ninguém pra ele bater palma. O torcedor não sabe escalar a Seleção. É triste. Estou preocupado - completou.



jairzinho furacão copa de 70 (Foto: Agência O Globo)Com sete gols no mundial de 1970, Jairzinho virou o "Furacão da Copa" (Foto: Agência O Globo)


Artilheiro do Brasil na Copa de 1970 com sete gols, Jairzinho também afirmou haver um desinteresse dos atuais jogadores pela Seleção e pelo próprio grupo, que tem mudanças a cada convocação.

- Cada um joga em um país diferente, cada um em uma cultura, a maioria nem é titular no clube em que joga. Não existe integração, não tem relacionamento humano. O jogador tem que saber de que forma pode se comunicar com seu companheiro, fora e dentro de campo. Você tem que conhecer as características do seu colega, se chuta, cabeceia, pra onde dribla. Tudo isso você memoriza jogando junto. Eles se encontram, mas não jogam juntos. É o tempo que faz um grupo ser forte. Cada hora convoca um, não existe identidade. Em 1970, nós ganhamos, pois nos conhecíamos. Eu sabia do caráter do Pelé, do Rivelino, do Gerson - disse Jairzinho em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, onde busca parceiros para criar escolinhas de futebol.




Com pouca fé em uma conquista do Brasil na Copa América do Centenário, o Furacão ainda se mostrou preocupado com o futuro do time também nas Eliminatórias da Copa da Rússia em 2018 – atualmente em sexto lugar, com nove pontos, a Seleção estaria fora do mundial.
- Corremos o risco pela primeira vez em ficar de


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