quinta-feira, 9 de junho de 2016

De testemunhas de defensores do impeachment, metade foi contra



FONTE:
http://jornalggn.com.br/luisnassif



Jornal GGN - A Comissão Especial do Impeachment no Senado ouviu, na noite desta quarta-feira (08), as testemunhas solicitadas pelos defensores da saída definitiva de Dilma Rousseff. Os dois primeiros depoentes detalharam o que consideraram irregularidades no governo da presidente afastada, na assinatura de quatro decretos de créditos suplementares sem a autorização do Congresso e na realocação de recursos para o Plano Safra, caracterizado como "pedalada fiscal". Já os dois seguintes desconstruíram a tese de que as irregularidades permaneceram em 2015.
 
Pelo impeachment
 
Para o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira, a presidente Dilma sabia que estava violando as leis orçamentárias e de responsabilidade fiscal. E acredita que há relação direta entre a atual crise econômica do país com as irregularidades, uma vez que o governo utilizou artifícios para aumentar os gastos fiscais, o que causou aumento da dívida pública, omitido pelo Banco Central.
 
"[A omissão] implicou em perda de confiança dos agentes econômicos, dos investidores, das pessoas físicas nos números da economia e no futuro da economia; além da perda do grau de investimento no Brasil pelas agências de classificação de risco e uma percepção de que o Brasil não era um país que cumpria com uma meta fixada em lei", disse aos senadores da Comissão.
 
Ao ser questionado se houve algum tipo de alerta ao Executivo de que as ações nas contas foram irregulares, em 2015, Júlio Marcelo lembrou que houve um julgamento, mas admitiu que não foi um alerta, apesar de o TCU ter condenado a prática e determinar a sua correção.

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