MUNDIAL DE SURFE
Brasileiros campeões mundiais se impõem nas quartas e seguem com tudo na busca pelo título da etapa brasileira do Circuito Mundial. Os dois podem se encarar na final
Mineirinho caminha na areia do Postinho, nesta quinta (Foto: Thiago Correia/GloboEsporte.com)
- Estou muito satisfeito de ter passado para a semifinal. Davey é um adversário que respeito e estou feliz que consegui vencer. Eu sofri muita pressão no começo do ano e só tinha conseguido chegar às quartas. É muito importante, eu estar na semi - comentou Mineirinho.
+ Entenda como funciona o Circuito Mundial
+ Confira o ranking mundial de 2016
Aéreo de Gabriel Medina nas quartas de final
do Rio Pro (Foto: Reprodução)
Passados dez minutos de duelo, o australiano conseguiu a primeira nota um pouco melhor. Mas não passou de um 3,67 em uma direita com duas manobras simples. Mineirinho só precisava de 3,11 para assumir a dianteira e tinha a prioridade. Menos paciente, Cathels tratou de somar mais uma onda, agora um pouco melhor: 4,33. Assim, Adriano passava a buscar 6,93, faltando 15 minutos - sendo que ele somava apenas 1,30.
Mineirinho via que o tempo estava passando e tratou de surfar ondas. Ele pegou uma direita sem muito potencial e tirou nota 5,67. Na sequência, Adriano foi um pouco melhor. Com duas manobras fortes, ele descolou 6,50 e assumiu a liderança, com 12,17 contra 8,00 de Davey, faltando oito minutos. Mais solto, Adriano aumentou o seu somatório na reta final, com uma direita em que ele encaixou duas batidas e fechou bem no ponto crítico: 6.47. O campeão do mundo passou a somar 12,97, obrigando Cathels a buscar 7,30 nos dois últimos minutos. Não deu para ele, e Mineirinho foi à sua primeira semifinal em 2016.
Medina atropela Melling
Quando Gabriel Medina despontou na areia para fazer sua corrida em direção ao mar, o público na areia da Barra da Tijuca vibrou muito. Com grandes atuações nas fases inicias do Rio Pro, o astro carregava grande expectativa para o duelo contra o australiano Adam Melling.
A bateria de 30 minutos começou com o mar em uma condição complicada. Bastante vento e ondas com formação irregular precisavam ser domados por Gabriel. O campeão mundial de 2014 abriu a disputa dropando duas direitas e desistindo para somar 1,03 ponto (0,30 e 0,73). Adam respondeu com um 2,50 e um 1,60. Mas Medina estava esperto. Ele encontrou um tubo para a direita, chegou a ficar um pouco entocado, mas não conseguiu sair com perfeição e ganhou 7,17 dos juízes.
A onda empolgou Gabriel. E ele começou a dar um show de aéreos. No primeiro deles, ele fez uma rotação incompleta e aterrissou colocando a mão na água e recebeu 6,27. E no seguinte, com uma rotação 360 graus não muito alta, a nota foi 7,60. Assim, Gabriel passou a somar 15,77 pontos, deixando Melling em combinação.
A partir daí, coube a Medina administrar o resultado, tentar mais uma manobras radicais sem sucesso e comemorar à ida à sua primeira semifinal da temporada 2016. O próximo desafio será contra mais um aussie: Jack Freestone.
Miguel Pupo é eliminado por aussie Freestone
Se Mineirinho não chegava a uma semi desde o Pipeline Masters, no fim do ano passado, Miguel Pupo entrou nas quartas com a pressão de não atingir tal fase há 14 etapas. O adversário do paulista era o perigoso Jack Freestone, australiano que estreia na elite neste ano, mas tem no currículo o bicampeonato mundial júnior.
Carrasco de Italo Ferreira na quinta fase, o gringo abriu o duelo com uma nota 6,00. Miguel tentou responder com uma boa batida e um aéreo, mas não conseguiu aterrissar e levou apenas 2,83. Os dois não conseguiram encontrar boas ondas na primeira metade da bateria de 30 minutos, e Freestone vencia por 7,00 a 3,03, mas Miguel precisava de 4,18 para assumir a dianteira.
Com o mar mexido, chuva e vento irregular, Miguel ficou à espera de uma série, enquanto Jack tratou de pegar ondas. Em uma direita bem surfada, o aussie aumentou a sua vantagem com uma nota 6,50. Ele passou a somar 12,50 pontos contra 4,83, que passou a precisar de 9,67 para não ser eliminado. Restavam cinco minutos. Miguel conseguiu sua melhor onda, mas não passou de 4,50. Assim, com 7,33 pontos, ele passava a correr atrás de 8,00.
Na elite desde 2011, Miguel surfou uma boa esquerda quando restavam três minutos. Ele fez o que pôde na onda que não era das melhores. Encaixou boas manobras, girou a prancha, mas ganhou 6,43. Assim, nos dois minutos finais, ele buscava 6,08. O paulista pegou uma outra esquerda, um pouco suja, e aplicou rasgadas e uma finalização de bom nível. Ficou na mão dos juízes, que recebeu 5,17 e não conseguiu a virada, sendo eliminado.
BATERIAS DE QUARTA FASE
1. Filipe Toledo (BRA) 15,20 x John John Florence (HAV) 10,40 x Dusty Payne (HAV) 15,60
3. Italo Ferreira (BRA) 12,50x Miguel Pupo (BRA)12,73 x Adam Melling (AUS) 10,90
4. Jack Freestone (AUS) 7,77 x Michel Bourez (TAH) 7,90 x Gabriel Medina (BRA) 18,10
BATERIAS DE QUINTA FASE
1. John John Florence (HAV) 13,00 x Caio Ibelli (BRA) 10,17
3. Italo Ferreira (BRA) 10,10 x Jack Freestone (AUS) 16,43
4. Michel Bourez (TAH) 10,00 x Adam Melling (AUS) 10,80
BATERIAS DE QUARTAS DE FINAL
y Payne (HAV) 8,50 x John John Florence (HAV) 15,17
3. Miguel Pupo (BRA) 11,60 x Jack Freestone (AUS) 12,50
4. Gabriel Medina (BRA) 15,77 x Adam Melling (AUS) 6,00
BATERIAS DE SEMIFINAL
1. John John Florence (HAV) x Adriano de Souza (BRA)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/radicais/surfe/mundial-de-surfe/noticia/2016/05/mineirinho-elimina-algoz-de-filipinho-e-vai-sua-primeira-semi-do-ano-no-rio.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário