BRASILEIRÃO 2016
02ª RODADA
Com Cruzeiro mirando o mercado internacional, treinador português terá de esperar quase um mês para poder contar com jogadores vindos de fora do Brasil
LEIA TAMBÉM:
Paulo Bento elogia início de 1º tempo, ressalta reação, mas pede paciência
Coutinho concorda com vaias e se coloca à disposição do novo treinador
O grande mérito da Raposa foi a vontade durante boa parte do jogo, principalmente no segundo tempo, quando conseguiu a igualdade no placar. Mas ficou evidente que o treinador ainda terá de trabalhar bastante para arrumar deficiências e encontrar uma forma da equipe jogar melhor. Além disso, provou que faz-se, realmente, necessária a contratação de reforços. O departamento médico, com muitos jogadores, também prejudica o início de trabalho do estrangeiro.
Paulo Bento tem o desafio de superar
desfalques e não ter reforços (Foto:
Washington Alves/Light Press)
Será preciso ter paciência. Com o Cruzeiro de olho no mercado internacional, o time só poderá regularizar a situação desses atletas após 20 de junho, data em que se abrirá a janela de transferências do exterior para o Brasil. Até lá, Paulo Bento terá de se virar com o que tem em mãos e buscar resultados positivos, que façam o time pontuar no Campeonato Brasileiro e não fincar os pés na briga contra o rebaixamento.
Além disso, a equipe terá de superar os desfalques. O Cruzeiro tem um extensa lista de atletas no departamento médico. Estão lá o lateral Mayke, os zagueiros Dedé e Manoel, o meia Marcos Vinícius, e os atacantes Judivan e Rafael Silva. Os meias Robinho e Alisson seguem sob os cuidados da preparação física. O colombiano Riascos, que está de volta após ser emprestado ao Vasco, ainda será observado e não deve ganhar chances no primeiro momento.
Assim, em seu primeiro mês de trabalho, Paulo Bento vai ter de trabalhar com o grupo que tem, aquele que até agora não agradou ao torcedor cruzeirense. Nasce aí o desafio de fazer essa quantidade ganhar um futebol mais vistoso e organizado, além de resultados, mas com pouco tempo de treino.
Nos próximos 10 dias, por exemplo, o português terá quatro jogos pelo Campeonato Brasileiro
Raio-X do jogo
No primeiro tempo, algumas mudanças ou conceitos que Paulo Bento talvez pretenda implantar ficaram nítidos. O Cruzeiro explorou muito as laterais do campo, com Élber na esquerda, e Pisano na direita. Os dois tinham auxiliares. Na hora do ataque cruzeirense, o volante Federico Gino (improvisado na lateral direita) e Sanchez Miño (na esquerda) viraram praticamente pontas ofensivos, o que aumentava os pontos de atenção do Figueirense e também ampliavam o leque de possibilidades cruzeirense (confira na imagem abaixo). Entretanto, deixavam a defesa mais exposta. A cobrança principal de Paulo Bento era que a primeira linha defensiva ficasse sempre compacta.
Cruzeiro atacando o Figueirense, com os
dois laterais jogando como pontas (Foto:
Maurício Paulucci)
Por causa do avanço dos laterais, Henrique e Bruno Ramires ficavam mais no resguardo da marcação. Mas, quando era possível, um dos dois subia para ajudar na flutuação da bola entre os lados do campo. Sem espaço para infiltrar na defesa do adversário, o time arriscou chutes de fora da área, o que não era muito comum com Deivid. Gino acertou dois bons chutes e levou perigo. Élber e Pisano tentaram uma vez cada um. Confira na foto abaixo a disposição tática dos jogadores na primeira etapa.
Distribuição dos jogadores do Cruzeiro na
partida contra o Figueirense
(Foto: Maurício Paulucci)
Como ponto de atenção ficou a jogada de bola aérea, lance que o time tomou os dois gols de Rafael Moura. Outra situação, já mais antiga, é a objetividade nas jogadas. Apesar ter tido o controle da posse de bola, a Raposa teve muitas dificuldades de infiltração, mas evoluiu já ao tentar mais chutes de fora da área.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/cruzeiro/noticia/2016/05/analise-sem-reforcos-e-com-dm-cheio-bento-tera-de-tirar-leite-de-pedra.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário