Ginasta diz que oportunidade de estar nos Jogos é única e ressalta determinação da equipe feminina na luta por classificação: "Muita gente querendo coisas positivas"
- A gente tem que ter
prioridades. Neste ano, infelizmente, nós não poderemos aproveitar o
Carnaval como a gente gostaria, mas pela causa muito importante. Então a
gente acaba não ligando muito para a perda. Estamos ganhando de outro
lado. Uma oportunidade única, temos que ir até o final. Eu e as
meninas não tivemos férias por conta dessa competição, porque ela é um
pouco mais cedo. E, como eu retornei da lesão do joelho, eu não competi
muitas vezes no ano no individual geral, que são os quatro aparelhos. É
uma competição para obrigar a gente a entrar em forma mais rápido, até
com umas séries novas - disse Jade Barbosa.
Jade
conseguiu se recuperar de cirurgia no joelho esquerdo e ir ao Mundial
de Glasgow. Meses antes, foi reserva do time nos Jogos Pan-Americanos.
Na Escócia, o time brasileiro ficou a menos de meio ponto da conquista
da vaga olímpica no torneio por equipes. Diante do baque, a ginasta
acredita que o momento é de se resguardar e pensar somente no coletivo.
Ela ressalta a importância de se preparar no CT Time Brasil, que fica
dentro da Arena que será utilizada nos Jogos. Caso o Brasil não consiga a
classificação, apenas uma ginasta representará o país nas Olimpíadas.
- Estamos visando o evento-teste. É pensar como equipe primeiro. Depois que você tiver tempo e respirar, então vai pensar o que quer de Olimpíadas. O foco é estar lá primeiro. A gente tem uma oportunidade muito boa de treinar onde a gente provavelmente vai se aquecer para as Olimpíadas. O país que vai sediar tem que ter alguns benefícios. Eu já tive oportunidade de competir Pan aqui no Rio. Eu sei o quanto é mágico, especial. Tem gente que treina a vida inteira e não tem oportunidade que a gente está tendo. Vai ser um grande passo para a ginástica e poderemos mostrar o quanto o nosso esporte está em alta - afirmou.
Desde
2007, Jade está na seleção brasileira. Competiu no Pan do Rio de
Janeiro e traz experiências que podem ajudar as demais companheiras.
Apesar do ano difícil em 2015, ela admite que sabe lidar melhor com a
pressão e que foca somente no apoio que as atletas brasileiras se dão,
em busca da vaga olímpica. Ela também lembra a importância de colocar o
país nos Jogos justamente em um momento que a ginástica artística
cresce, segundo ela. Assim, seria retribuir aos brasileiros o carinho
recebido na longa trajetória.
- É uma pressão a mais, mas também tem muita gente querendo coisas positivas juntas. A gente está sendo bem respaldada pelo Comitê Olímpico. A gente treina aqui e fica muito focado em treinar, treinar. Essa questão de a gente estar treinando para classificar, ter sempre o 0,40 (pontuação que faltou para o Brasil garantir vaga antecipada nos Jogos), coloca a gente para treinar mais e ficar mais focada. Falta muito pouco, e a gente não quer perder tudo o que a gente deixou aqui. Toda a pessoa que assiste à ginástica tem muito carinho pela gente. É um esporte muito especial, que junta coordenação, força e elegância. Acho que encanta muito. A gente tenta mostrar que o que é complicado parece fácil. As pessoas têm muito carinho e mostram isso pela gente - finalizou a atleta.
A proximidade do evento-teste é tratada de fato como prioridade. Coordenadora do time feminino, Georgette Vidor reafirmou que não trabalha com a hipótese de a vaga não vir em abril. Apenas as equipes classificadas entre a nona e a 16ª colocação no Mundial de Glasgow poderão brigar pelas quatro vagas restantes.
- Eu não quero nem pensar em plano B. Acho que a gente passa a um patamar de estar entre os 12 do mundo para o nada. É um fracasso total, uma coisa que não quero nem pensar. Tenho a certeza de que não será fácil. Temos de treinar duro, com um grupo muito unido. Temos feito um trabalho de não pensar em resultado individual - disse Vidor.
Além de Jade, o Brasil contará em Houston com Lorrane dos Santos, Maria Cecília Cruz e Carolina Messia Pedro, que até o ano passado competia entre as juvenis e se integrou à seleção adulta neste ano.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/ginastica-artistica/noticia/2016/01/com-foco-em-vaga-jade-abdica-de-carnaval-causa-muito-importante.html
Jade Barbosa no treinamento no Rio de Janeiro
neste começo de ano (Foto: Ricardo Bufolin/CBG)
- Estamos visando o evento-teste. É pensar como equipe primeiro. Depois que você tiver tempo e respirar, então vai pensar o que quer de Olimpíadas. O foco é estar lá primeiro. A gente tem uma oportunidade muito boa de treinar onde a gente provavelmente vai se aquecer para as Olimpíadas. O país que vai sediar tem que ter alguns benefícios. Eu já tive oportunidade de competir Pan aqui no Rio. Eu sei o quanto é mágico, especial. Tem gente que treina a vida inteira e não tem oportunidade que a gente está tendo. Vai ser um grande passo para a ginástica e poderemos mostrar o quanto o nosso esporte está em alta - afirmou.
Jade Barbosa prevê ano de trabalho duro até os Jogos (Foto: Ricardo Bufolin/CBG)
- É uma pressão a mais, mas também tem muita gente querendo coisas positivas juntas. A gente está sendo bem respaldada pelo Comitê Olímpico. A gente treina aqui e fica muito focado em treinar, treinar. Essa questão de a gente estar treinando para classificar, ter sempre o 0,40 (pontuação que faltou para o Brasil garantir vaga antecipada nos Jogos), coloca a gente para treinar mais e ficar mais focada. Falta muito pouco, e a gente não quer perder tudo o que a gente deixou aqui. Toda a pessoa que assiste à ginástica tem muito carinho pela gente. É um esporte muito especial, que junta coordenação, força e elegância. Acho que encanta muito. A gente tenta mostrar que o que é complicado parece fácil. As pessoas têm muito carinho e mostram isso pela gente - finalizou a atleta.
A proximidade do evento-teste é tratada de fato como prioridade. Coordenadora do time feminino, Georgette Vidor reafirmou que não trabalha com a hipótese de a vaga não vir em abril. Apenas as equipes classificadas entre a nona e a 16ª colocação no Mundial de Glasgow poderão brigar pelas quatro vagas restantes.
- Eu não quero nem pensar em plano B. Acho que a gente passa a um patamar de estar entre os 12 do mundo para o nada. É um fracasso total, uma coisa que não quero nem pensar. Tenho a certeza de que não será fácil. Temos de treinar duro, com um grupo muito unido. Temos feito um trabalho de não pensar em resultado individual - disse Vidor.
Além de Jade, o Brasil contará em Houston com Lorrane dos Santos, Maria Cecília Cruz e Carolina Messia Pedro, que até o ano passado competia entre as juvenis e se integrou à seleção adulta neste ano.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/ginastica-artistica/noticia/2016/01/com-foco-em-vaga-jade-abdica-de-carnaval-causa-muito-importante.html
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