domingo, 22 de novembro de 2015

Levir não esconde incômodo com indefinição do futuro no Atlético-MG


Após empate com o Goiás, treinador deixa claro que aguarda para resolver situação contratual com o Galo e diz que aguarda diretoria procurá-lo para conversar




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Belo Horizonte



O técnico Levir Culpi não escondeu o incômodo com o fato de ainda não ter a situação definida com o Atlético-MG. Após o empate em 2 a 2 com o Goiás (veja os principais lances no vídeo, clicando no LINK da FONTE no fim da matéria abaixo), neste domingo, no Independência, o treinador foi perguntado se a indefinição sobre sua continuidade ou não no comando do Galo para a próxima temporada o incomodava, bem como as especulações sobre possíveis nomes que podem substitui-lo (neste domingo o nome de Muricy Ramalho surgiu como um alvo da diretoria), e foi bem direto.

- De todas as formas incomoda. Lá no Japão, um mês antes já sabia se eu ia ficar ou não. Tenho uma relação de amizade no Atlético. Tenho até certo cuidado para não colocar algumas coisas publicamente aqui, porque estamos no meio de amigos, mas, profissionalmente, é outra situação. A renovação não depende só de mim. Não sei quando que eles vão me procurar.

Levir Culpi, técnico do Atlético-MG (Foto: Reprodução / Premiere)Levir Culpi segue com futuro indefinido no Atlético-MG (Foto: Reprodução / Premiere)

Culpi mostra que sabe que existe movimentação nos bastidores do clube, e diz que o presidente Daniel Nepomuceno e o diretor de futebol Eduardo Maluf é quem têm que definir o que é melhor para o Galo.

- Sabem quantas pessoas estão ligando para o presidente neste momento? Quantos agentes de técnicos e jogadores? Sabem quantas pessoas estão interessadas no meu lugar? Muitas. Quem tem que definir isso é o presidente e o diretor. Pode começar com quem vai ser nosso técnico? Qual a característica do técnico? É muito técnico, é mau caráter, trabalhador? Que perfil a gente quer para o Atlético-MG? O presidente e diretor têm que resolver.

Para encerrar o assunto sobre a renovação, o treinador, num único momento em que brincou na coletiva, falou sobre as opções que tem para o futuro, seja para seguir no Galo ou para deixar o comando do time.

- Se eu puder ficar no Brasil, o Atlético-MG é a melhor situação, pela continuidade. Se não houver essa possibilidade, eu vou ter de ir até Caiobá, que é a praia que temos em Curitiba e esperar.
Levir também não gostou dos questionamentos sobre uma possível falta de empenho dos jogadores do Atlético-MG.

De todas as formas incomoda. Lá no Japão, um mês antes já sabia se eu ia ficar ou não. Tenho uma relação de amizade no Atlético. Tenho até certo cuidado para não colocar algumas coisas publicamente aqui, porque estamos no meio de amigos, mas, profissionalmente, é outra situação. A renovação não depende só de mim. Não sei quando que eles vão me procurar.
Levir Culpi

- Eu discordo já de saída, não acho que tenha faltado empenho para ninguém. Faltou empenho? De quem? Todo mundo correu, fizemos mais de 500 passes. Pouquíssimos times fazem isso. O número de oportunidades foi quase o dobro, fomos muito superiores. Fizemos dois gols, tomamos dois também. O time jogou aberto, jogou para vencer. Não tenho muita queixa dos jogadores não. Seria o último jogo, praticamente, do Goiás. O que vocês esperavam do Goiás? Que a gente enfiasse 5 a 0 neles aqui? Contra o Figueirense nós vencemos aos 45 do segundo tempo. Aos 30 do segundo tempo estávamos vencendo o São Paulo. Porque o Corinthians meteu seis no São Paulo, a gente tinha que ter metido seis no São Paulo? Não vejo por esse lado. Está havendo um extremismo aí de alguns, como sempre, e eu sei que não vou também poder conter isso. Estou dando a minha opinião, ouvindo as perguntas e procurando responder.

O treinador alegou que, o fato de o time ter levado muitos gols nos últimos jogos, está diretamente relacionado ao fato de o Galo ter adotado uma postura de agredir mais os adversários.

- Nossa proposta é ofensiva. Nossa campanha é muito regular. Até hoje, nossa campanha no segundo turno era quase igual à do primeiro. Existe também a interpretação dos números. Mais de 500 passes hoje, fizemos dois gols. Não temos um timaço. Precisamos melhorar no sistema ofensivo e defensivo. Agora que a gente sabe mais ou menos a formação do time, que o torcedor sabe mais ou menos quem joga. É agora.


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