Ginasta vê romance como incentivo e se concentra em disputa em Glasgow: "Ele não quer nada que atrapalhe minha cabeça antes de uma competição importante"
Dani coloca de lado planos de casamento com Fábio Castro por causa do Mundial de Glasgow (Foto: Reprodução / Instagram)
- O pedido ele quer fazer formalmente com a minha família e com a dele, mas ele não quer em momento algum atrapalhar o meu passo importante que é o Mundial, então ele está esperando isso passar. Ele não quer nada que atrapalhe minha cabeça antes de uma competição que ele sabe que é muito importante para mim. O foco total é na carreira agora. Ele quer que eu tenha uma única concentração: as Olimpíadas. É o meu objetivo. Isso me ajuda muito. Ele não quer que eu pense em nada a não ser naquilo que é importante para mim na ginástica - disse Dani.
O romance virou um incentivo a mais para a ginasta na preparação para o Mundial. O noivo, Fábio Castro, é professor de dança e bailarino do cantor Buchecha e tem uma rotina parecida com a da Daniele, cheia de ensaios e viagens para as apresentações. A distância não os afasta. Ela mora e treina em Curitiba e acaba encontrando o noivo mais nos períodos de treino da seleção, no Rio de Janeiro, onde ele mora.
Fotos de Ricardo Bufolin/CBG e Getty Images
A vida de Daniele realmente foi dedicada à ginástica e à seleção brasileira. São quase 20 anos à frente da equipe. E com orgulho. Não raras vezes ela escutou que deveria se aposentar, mas não deu ouvidos a ninguém além do seu coração e do seu corpo. Aos 31 anos, porém, a ginasta planeja se despedir das competições em um evento depois do Jogos do Rio 2016. Por isso, Dani está vivendo uma fase de despedidas. Em julho, disputou seu último Pan. Agora, entra em cena na Escócia para seu último Mundial.
- Estou tão concentrada em fazer o melhor para a equipe para que possamos fazer bonito nas Olimpíadas dentro de casa que, na verdade, não estou tendo muito tempo para pensar nisso de último Mundial. Está sendo que nem o Pan, que quando eu vi já tinha passado.
Dani tem uma longa trajetória em Mundiais. Desde a estreia em 1999, na cidade chinesa de Tianjin, foram 12 participações e nenhuma ausência antes da edição de Glasgow. No caminho, momentos marcantes como a prata do solo de Ghent, em 2001, a primeira medalha da história do Brasil na competição.
- Cada competição tem a sua importância. A primeira medalha da história do Brasil no Mundial de ginástica. Tive a grande honra de ser a pessoa que trouxe essa medalha. Sei que o atleta tem altos e baixos. Essa fase final da minha carreira está sendo importantíssima para mim, até para eu mostrar para as pessoas que o esporte não tem idade, tem vontade. Tem de seguir o que você acha que é melhor para você. Às vezes não é ganhar medalha que quer dizer que você está sendo vitorioso. O fato de estar com 31 anos de idade e conseguir fazer ginástica de alto rendimento podendo ainda contribuir com a seleção, isso já é uma vitória enorme do esporte. São poucas as ginastas que fazem tanto tempo de ginástica no alto rendimento fazendo as quatro provas, é claro que tem provas minhas que não são muito fortes, mas são notas que ajudam - disse a ginasta.
Sr. Pirueta, técnico insano, menina de ouro... conheça 15 astros do Mundial
Com foco na equipe, Arthur Zanetti mira metas inéditas em GlasgowDisciplina e trabalho: técnico russo faz estilo linha dura no comando do BrasilConfira a programação completa do Mundial de ginástica de Glasgow
Daniele Hypolito nos treinamentos em
Glasgow antes da estreia (Foto:
Ricardo Bufolin/CBG)
Mesmo com a chegada de jovens talentosas como Flávia Saraiva e Lorrane dos Santos, Daniele Hypolito ainda tem séries fortes para continuar como peça fundamental na equipe brasileira, que se apresenta já no primeiro dia do Mundial, na sexta-feira. A segurança e a regularidade são pontos a favor de Dani. Coordenadora da equipe feminina brasileira, Georgette Vidor sempre elogia a força mental da ginasta.
- Essa temporada foi desafiadora em tudo. Fui tentar me provar que o negócio não é a idade. Se você tem a preparação física forte, se você tem o corpo que aguenta, por que não arriscar? Eu não tinha nada a perder arriscando, pelo contrário, se as coisas saíssem, eu só tinha a ganhar. Foi isso que eu coloquei na cabeça.
Hypolito é referência para as promessas do
Brasil (Foto: Ricardo Bufolin/CBG)
FONTE:
Nenhum comentário:
Postar um comentário