Copa América seria primeira competição sem o jogador na Seleção desde 2006, mas corte de Danilo traz "dono da posição" de volta e boa lembrança ao parceiro Fabinho
Daniel Alves usa camisa de Neymar em festa do título do Barça na Liga dos Campeões (Foto: AFP)
Carlos Alberto Parreira levou ao Mundial da Alemanha o veterano Cafu, capitão da Seleção, e Cicinho, que vinha de duas temporadas excelentes no São Paulo. Dunga assumiu logo depois do fiasco e deu a primeira chance a Daniel Alves, ainda jogador do Sevilla. Na Copa América do ano seguinte, em 2007, ele e Maicon começaram a reinar na posição.
A dupla esteve naquela competição e na de 2011, nas Copas do Mundo de 2010 e 2014, e na Copa das Confederações de 2009. Só em 2013 que Jean, do Fluminense, conseguiu desbancar Maicon na Copa das Confederações sob o comando de Luiz Felipe Scolari.
Dunga voltou ao cargo em agosto do ano passado disposto a colocar um fim no duplo reinado. Convocou Danilo, sua grande aposta para os próximos anos, e Maicon para lhe dar suporte no início da transição. Decepção. O veterano se atrasou na reapresentação nos Estados Unidos depois da primeira partida. Afastado, nunca mais voltou.
A comissão técnica abriu mão de um jogador mais experiente na posição. "Promoveu" Danilo e deu chance a outros jovens como Mário Fernandes e Fabinho, que, pela idade olímpica, acabou sendo o escolhido para a reserva. Mas o destino agiu... Danilo sofreu uma entrada dura do mexicano Güemez e precisou ser cortado. Daniel Alves, de ótima temporada e astral lá em cima pelo novo compromisso de dois anos com o Barcelona, voltou. Ressurgiu das cinzas para ocupar a posição que já tem até uma plaquinha com seu nome.
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– Na Seleção têm que estar os melhores, e no momento o Dani é um dos melhores – resumiu Fabinho, que, provavelmente, voltará para o banco com a chegada do "novo" integrante.
Fabinho, aliás, tinha 13 anos em 2007, quando Daniel Alves, no meio-campo, depois de entrar no lugar de Elano, fez um dos gols da vitória brasileira por 3 a 0 sobre a Argentina, na final da Copa América. Lembrança vaga, mas boa de quem foi herói e agora será seu companheiro.
– Eu estava assistindo ao jogo na minha casa e me lembro que ele fez um gol na final. Será uma experiência muito boa, vou aprender coisas muito boas com ele – disse o jovem, que, entretanto, não quer entregar facilmente a condição de titular.
– Vai ter briga não só nessa posição, mas em todas. Darei meu melhor para poder jogar.
Daniel Alves em entrevista coletiva durante a
Copa do Mundo do ano passado
(Foto: Gaspar Nobrega / Vipco
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