quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Efeito Neymar: Brasil sub-20 estreia no Sul-Americano para repetir 2011

Equipe campeã há quatro anos tinha craque do Barcelona e outros nomes que hoje estão na Seleção principal. Time atual tem como objetivo curto estar na Olimpíada


Por Rio de Janeiro

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Se a última participação do Brasil num Sul-Americano sub-20 foi catastrófica, os meninos da atual seleção têm uma boa referência não tão distante para tentar seguir os passos na edição 2015 do torneio – a equipe estreia nesta quinta-feira, contra o Chile, às 20h (de Brasília), em Maldonado, com transmissão ao vivo do SporTV e acompanhamento em Tempo Real pelo GloboEsporte.com. Em 2011, um certo Neymar, acompanhado por Lucas, Oscar, Casemiro e outros, conduziu o time canarinho ao título da competição. Hoje, boa parte daquele elenco já teve passagem pela Seleção principal.


Neymar foi a grande estrela do torneio disputado no Peru e terminou a competição como artilheiro, com nove gols. Mas não foi só ele que brilhou: Lucas foi o fiel escudeiro do então craque do Santos e balançou as redes quatro vezes. Oscar seria a estrela no Mundial disputado no mesmo ano na Colômbia, quando fez os três gols na final contra Portugal. Outros nomes se firmaram nos anos seguintes e, atualmente, têm no currículo convocações para a Seleção: o goleiro Gabriel, os laterais Danilo e Alex Sandro, o zagueiro Juan e o volante Casemiro.

Neymar e Lucas comemoram o título Sul-Americano em Arequipa (Foto: Mowa Press)
Neymar e Lucas comemoram o título Sul-Americano 
em Arequipa (Foto: Mowa Press)


A atual equipe sub-20 não tem tantos jogadores badalados como há quatro anos. Os atacantes Gabriel, do Santos, e Malcom, do Corinthians, são os mais famosos, mas sequer estão garantidos na equipe titular – no último teste, um amistoso contra o Macaé, vencido por 3 a 2, foram reservas e deram lugar a Thalles e Kenedy, com Marcos Guilherme completando o setor. Ex-companheiro do craque no Peixe, Gabigol evitou comparações. 

- O Neymar não tem comparação com ninguém. Aqui não é o Gabriel que vai levar, e sim o grupo. Faço parte de um grupo muito bom, que tem craques. A gente espera se unir, sempre conversar, procurar um ajudar o outro, e assim o Brasil vai longe. Não é o Gabriel, o Kenedy ou o Thalles, e sim o grupo inteiro - ressaltou.

Mesmo com o perfil mais discreto, os atletas sabem que um bom Sul-Americano pode abrir portas para eles. Atualmente, o objetivo mais próximo é o Mundial da categoria, que acontece em maio, na Nova Zelândia – os quatro primeiros colocados do torneio continental se classificarão. Mas, no ano que vem, acontece a Olimpíada, no Rio de Janeiro, e o fato de Alexandre Gallo comandar tanto a equipe sub-20 quanto a olímpica é algo a se ter em conta.
Provável escalação do Brasil para
a estreia: 

Marcos, Auro, Marlon, Leo Pereira e Caju; Thiago Maia, Gerson e Nathan; Kenedy, Thalles
e Marcos Guilherme

- Eu almejo a Olimpíada, assim como os outros atletas. O Sul-Americano é um grande passo para ter uma chance na Olimpíada. Eu, particularmente, estou pensando no Sul-Americano. Penso em fazer um bom trabalho lá. O próximo torneio é o Mundial sub-20. Se surgir a oportunidade, vai ser de grande importância na minha carreira – disse o goleiro Marcos, titular durante a toda a preparação na Granja Comary.

Por outro lado, há aqueles que, de tão jovens, nem pensaram ainda na Olimpíada. É o caso de Malcom, de 17 anos, que despontou em 2014 e ainda não imaginou disputar a medalha de ouro no Maracanã. Mas, claro, agora quer aproveitar a chance.
- Não coloquei esta meta na minha carreira, mas se tudo der certo durante o ano... Se aparecer a chance, quero disputar essa Olimpíada e representar a nação brasileira.

Gabigol Brasil sub-20 (Foto: Divulgação)
Gabigol é um dos nomes mais conhecidos da 
atual seleção sub-20 (Foto: Divulgação)


Na equipe convocada para o Sul-Americano, apenas dois jogadores já tiveram oportunidades no time olímpico: o zagueiro Nathan Cardoso e o atacante Thalles. O centroavante do Vasco acredita que a linha de trabalho é a mesma.

- O trabalho está sendo o mesmo. O Gallo procura sempre trabalhar as duas categorias com o mesmo estilo de jogo.

Depois da Olimpíada, o passo natural para quem se destacar é a Seleção principal. Mas a projeção fica longa demais: a caminhada começa no Uruguai, no Sul-Americano. As lições estão à disposição dos garotos: o sucesso da geração de 2011 ou a decepção de 2013. Por via das dúvidas, Thalles quer é garantir o título.

- Estamos focados no Sul-Americano, vamos fazer um bom trabalho para chegar lá e ganhar o título.

alexandre gallo Treino Seleção brasileira Sub 20  (Foto: Alexandre Durão)
Gallo conversa com os jogadores durante 
preparação na Granja Comary 
 (Foto: Alexandre Durão)


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